Testamos: G-Shock GBD-H2000

Por Andrea Estevam

Bom para corridas longas ou de vários dias na montanha: testamos o GBD-H2000, novo modelo da G-Shock. Foto: Divulgação.

Já tive uma fase G-Shock, pré-corrida, quando curtia o estilão dos relógios da marca japonesa Casio. Conforme fui me apaixonando pelos esportes, me afastei desses modelos e passei a usar smartwatches que compunham com meu look atleta e me entregavam mil dados sobre desempenho. Agora, com o modelo GBD-H2000, da linha G-Squad, a Casio volta a unir meu eu pós-adolescente com o meu eu corredora adulta. Estilo e personalidade se unem à performance num combo superinteressante.

Esse novo G-Shock é até que pequeno para os padrões clássicos da linha. Me surpreenderam a leveza e o conforto – a pulseira plástica de biomassa (que usa materiais vegetais e biodegradáveis em vez de petróleo) se ajusta super bem no punho. Tudo isso com a resistência que é marca registrada da G-Shock, com seus modelos indestrutíveis.

Veja também
+ Como seu corpo reage ao calor extremo
+ Jogo permite explorar a Amazônia por meio de simulação em 3D
+ Por que o trekking foi proibido nesta famosa geleira da Patagônia?

Como a maioria dos relógios modernos, o GBD-H2000 tem mais funções do que a maioria de nós consegue usar. Frequência cardíaca, nível de oxigênio, barômetro, termômetro, bússola, acelerômetro, termômetro, alertas de mensagens via Bluetooth, giroscópio, acompanhamento de vários tipos de exercícios… a lista é grande.

GBD-H2000 se recarrega com energia solar, uma grande vantagem para expedições longas e sem acesso à energia elétrica. Foto: Divulgação.

Recebi o modelo para teste e logo depois de baixar o app da Casio e me entender com os botões, percebi aquele que seria o único ponto negativo do modelo para mim: ele não tem interface com apps de corrida e seu app próprio só permite acompanhar os dados durante o treino e analisá-los depois (super bem, diga-se de passagem). Porém, não é possível “montar” o treino no app e transferi-lo para o relógio – uma função que eu amo. Acho muito cômodo programar o treino na véspera e, na hora da corrida, só obedecer aos bips para acelerar, desacelerar ou manter certo ritmo.

No feriado, porém, subi a Serra da Mantiqueira e vi que é no trail run que esse G-Shock relógio brilha. Primeiro, porque algumas de suas funções são ótimas para as trilhas, como barômetro (que detecta alterações de pressão atmosférica que podem indicar mudanças de clima, e indica também altitude e desníveis). Quando se sabe que será preciso subir 500 metros de desnível em uma montanha, é muito bom acompanhar em que ponto do morro estamos e ver o suor se traduzir em metros verticais vencidos. Pena que o GBD-H2000 não permite estabelecer waypoints nem tem função “go back”. Se tivesse, seria um ótimo equipamento para navegação.

O que mais curti nesse modelo só dá para aproveitar sob o sol: a bateria, que já tem boa duração, se recarrega com energia solar enquanto está ali no pulso mesmo. Se você se exercitar durante o dia duas ou três vezes por semana, não vai precisar plugá-lo nunca na tomada (uma super vantagem para expedições longas e sem acesso à energia elétrica).

Ok, talvez ele não seja o melhor parceiro para os treinos intervalados no parque. Mas é um ótimo companheiro para corridas em que queremos só apertar o start e o stop, curtindo tudo o que acontece entre esses dois comandos, de preferência no meio da natureza.

Preço: R$ 4.999
Site: https://gshock.casio.com/br/







Acompanhe o Rocky Mountain Games Pedra Grande 2024 ao vivo