Surfista morre em acidente com barco de pesca no Chile

Por Redação

Foto: Reprodução / La Cuarta.

Na última sexta-feira (24) uma surfista foi atropelada por um barco de pesca na Playa de la Rinconada, na cidade de Cobquecura, Chile. A vítima, identificada como Javiera Ortiz, de 34 anos, não resistiu aos ferimentos.

Um vídeo do acidente, que circula nas redes sociais, mostra um barco de pesca se aproximando da costa em alta velocidade para encalhar na areia. Segundos antes de atingir a margem, a embarcação colidiu com Ortiz, que estava surfando. Autoridades locais informaram que uma investigação está em andamento para apurar o caso.

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“Este acidente gerou muita comoção e tristeza na comunidade, além de nos lembrar da importância de tomar precauções extremas nas atividades aquáticas”, declarou o Clube de Surf Rinconada de Taucú em nota oficial. “Pedimos que surfistas e condutores de embarcações respeitem as normas de segurança e estejam atentos ao ambiente ao seu redor para evitar acidentes.”

“A comunidade do surfe reafirma nosso compromisso com a segurança na água e solicita uma melhoria substancial nas regras de entrada e saída de embarcações no mar”, continua o comunicado. “Que este trágico acidente sirva como um chamado à reflexão e prevenção para evitar novas perdas no futuro.”

O caso gerou um intenso debate entre as comunidades de surfistas e pescadores. O presidente do sindicato local dos pescadores, Palmire Bastías, culpou os surfistas pelo acidente.

“Os surfistas são muito teimosos”, afirmou Bastías. “Os barcos dão todos os sinais, ficam circulando para que possam ser vistos, mas (os surfistas) ignoram tudo. Infelizmente, quando veem uma onda, eles simplesmente vão, sem se importar se um barco está chegando para encalhar na praia.”

“Neste caso, o pescador não viu nada”, acrescentou Bastías. “Quando um pescador está pegando uma onda, é impossível enxergar alguém na água. Mas (o surfista) pode ver o barco, porque a embarcação é enorme em comparação com ele. Mesmo assim, eles não respeitam.”

Javiera Ortiz, natural de Rancagua, Chile, mudou-se para Cobquecura há dois anos, onde se tornou uma surfista entusiasta. Ela tinha uma forte presença nas redes sociais, com 61 mil seguidores no Instagram, onde compartilhava seu trabalho com tricô e seu estilo de vida.

“Não sou surfista profissional nem nada do tipo”, escreveu ela em 2022. “Para mim, surfar é enfrentar meu medo da água todos os dias e continuar superando isso. Às vezes temos medo de muitas coisas, mas precisamos pular na piscina e continuar remando.”