A 15 mil km de Paris, como o surf trouxe duas medalhas para o Brasil

Por Redação

Tati Weston-Webb faz história nas ondas de Teahupoo. Foto: William Lucas/COB.

Bem longe da capital francesa, nos tubos afiados de Teahupoo, no Tahiti, o Brasil viveu um dia memorável na última segunda-feira (5) com o surf olímpico dos Jogos de Paris 2024.

Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb foram os representantes brasileiros no dia decisivo da modalidade e ambos trouxeram medalhas na bagagem.

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Derrotado pelo australiano Jack Robinson na semifinal, Medina atropelou o peruano Alonso Correa na disputa pelo bronze e alcançou a sua primeira medalha olímpica.

O alívio no rosto do tricampeão mundial era visível após ter perdido em uma semifinal praticamente sem ondas para Robinson.

“Esse era meu objetivo ao vir aqui, eu realmente queria conseguir a medalha e hoje tive duas oportunidades. Foi algo difícil de lidar após a semifinal, mas estou feliz com isso. Dei o meu melhor”, afirmou o brasileiro.

Já Tatiana Weston-Webb fez história ao conquistar a primeira medalha para o surf feminino do Brasil em Jogos Olímpicos.

Na semifinal, Tati não tomou conhecimento da costa-riquenha Brisa Hennessy. Na disputa pelo ouro, ela foi derrotada por apenas 0.18 pontos no duelo contra a norte-americana Caroline Marks.

Orgulhosa com a prata no peito, a surfista brasileira de 28 anos comemorou sua performance em Teahupoo.

“Que honra poder surfar na minha onda favorita. Passei tanto tempo aqui, especialmente nos últimos meses. Que bênção”, disse Tati.

Enquanto a norte-americana Caroline Marks ficou com o título entre as mulheres, a medalha de ouro no masculino foi para o atleta local de Teahupoo, Kauli Vaast.

Kauli representou a França nos Jogos, mas é taitiano e foi o responsável pela primeira medalha de ouro olímpica da história do arquipélago.

“É um sonho realizado,” disse Vaast. “Não consigo acreditar nisso agora. Acabei de fazer história. Para mim, para todos os taitianos, para o surfe na Polinésia e na França. Não poderia estar mais orgulhoso de representar o Taiti e a França em casa. Estou simplesmente super feliz. Foi um dia longo, duas baterias, uma Final louca. Eu tive o mana o tempo todo. Super, super animado”, comemorou a atleta de apenas 22 anos.

A cobertura completa do surf nos Jogos Olímpicos está na Hardcore.