O sul-africano Zirk Botha bateu um novo recorde mundial ao chegar ao Rio de Janeiro no domingo, ao cruzar o Atlântico Sul em 70 dias. Zirk enfrentou uma jornada solo de 7,2 mil quilômetros a remo saindo da Cidade do Cabo

Ele completou sua aventura transatlântica sem nenhuma ajuda em seu barco ‘Ratel’, construído por ele mesmo e que foi sua casa por mais de dois meses de viagem.

Após dois anos de preparação, o ex-velejador de 59 anos iniciou a viagem no dia 19 de dezembro na Cidade do Cabo, capital da África do Sul. Na manhã do dia de 28 de fevereiro ele chegou ao Iate Clube Cabo Frio, município litorâneo do Rio de Janeiro.

Com isso, Zirk se torna mais um remador a atravessar sozinho o oceano Atlântico e bate o recorde da travessia, que é de 92 dias, e foi realizada pela dupla sul-africana, Braam Malherbe e Wayne Robertson, em 2017. Zirk precisou de 22 dias a menos para fazer a rota.

Em 1984, o brasileiro Amyr Klink cruzou o Atlântico sul em um barco de madeira em 100 dias da Namíbia à Bahia (3700nm). “Hoje quero saudar esta lenda [Amyr]. Minha rota da Cidade do Cabo ao Rio em 2020-2021 (70 dias) foi um pouco diferente e mais longa a 4000 nm, e eu tenho um barco mais avançado tecnologicamente. Tenho a honra de seguir os passos desta lenda viva”, escreveu sul-africano em um post no Facebook.

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De acordo com a agência de notícias EFE, horas antes de chegar ao destino que havia proposto, Zirk já havia tocado em terras brasileiras ao chegar em Búzios, localizada a cerca de 24 quilômetros de Cabo Frío, sua última parada.

“Quando comecei a planejar essa viagem, há dois anos, as pessoas diziam que eu era louco. Eu quero encorajar todos a sonhar grande, sonhar grande e nunca deixar ninguém te desencorajar. A vida é uma grande aventura “, disse Botha, ao chegar a Búzios, em nota.

What a day! Arriving in Cabo Frio! Incredible welcome from the Brazilians … more photos to follow!
Photo credit: Gonzalo Arselli

Publicado por Zirk Botha – Live a Great Adventure em Domingo, 28 de fevereiro de 2021

Para bater o recorde, o sul-africano remava em média catorze horas por dia, com intervalos intercalados para descanso e sob condições adversas, explicou.

“Embora eu tivesse condições climáticas quase perfeitas para facilitar uma travessia recorde, foi intenso, com apenas dois dias calmos durante toda a viagem. A natureza implacável do clima tem sido física e mentalmente exaustiva. Não estava preparado para esse tipo de desafio ”, disse ele.

Na viagem, ele próprio se encarregava de dessalinizar a água e sua dieta era à base de alimentos desidratados. Ele levou mantimentos para 120 dias caso ocorressem imprevistos na viagem, mas também pescava para complementar suas fontes de proteína. No entanto, ele perdeu cerca de 10 quilos de peso.







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