Como é o corredor brasileiro? Pesquisa histórica responde

Por Redação

corredor brasileiro
Foto: BRSK Photos

O Strava, a maior plataforma de participação esportiva do mundo, anunciou na última terça-feira (18), o lançamento do maior estudo global sobre a motivação dos corredores em todos os tempos, o “Why We Run” (“Porque Corremos”, em tradução livre para o português), incluindo o perfil do corredor brasileiro. Confira o infográfico interativo com os resultados (que está muito legal, por sinal) aqui.

Ficar motivado é o desafio mais antigo relacionado à saúde e exercícios físicos. Pensando nisso, o Strava reuniu dados de uma pesquisa global com 25 mil corredores para explorar as reais motivações que fazem alguém começar e continuar correndo. Os entrevistados de nove países da América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa demonstraram que os corredores em todo o mundo compartilham muitos traços em comum, mas as motivações e recompensas dos atletas diferem entre as regiões.

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“A corrida de rua é um fenômeno no Brasil, com um número crescente de provas e participantes. A pesquisa Why We Run mostra alguns dos motivos disso. Como a questão da saúde, que é muito importante por aqui. Outro dado muito interessante entre os brasileiros é que somos o país que mais ama o momento de cruzar a linha de chegada”, afirma Rosana Fortes, Country Manager do Strava no Brasil.

Como é o corredor brasileiro?

O brasileiro se destaca em diversos aspectos em relação à média global. Por aqui, as pessoas amam planejar suas rotas (27% versus 22% da média global), acordam empolgadas com o despertador (17%, contra 8% do resto do mundo), e amam a primeira milha (1,6km) percorrida mais do que os demais países pesquisados (15% versus 11%). A metade da corrida é uma parte que os brasileiros amam tanto quanto o resto dos povos, com 21%, e as subidas são menos amadas aqui do que lá fora (13% versus 17%).

Why We Run pesquisa do Strava
Reprodução Why We Run

O brasileiro também ama a parte final da corrida (50% versus 37% da média global). E adora ainda mais a linha de chegada (70% – a média global é de 63%). Altamente sociável, o brasileiro também dá mais Kudos (os likes do Strava) do que os outros usuários: 30% dos atletas do Brasil amam receber os Kudos, já a média global é de 25%.

Why We Run: tipos de corredores

Dos resultados da pesquisa “Why We Run”, o Strava identificou cinco perfis de corredores e motivações principais para cada um deles que passam por atenção à saúde e zelo pela imagem do corpo, além do aspecto social — ou seja, se gostam de correr sozinhos ou em grupo e se curtem participar de (e compartilhar) provas. O perfil mais comum é o de “corredores relutantes” (28%) seguidos dos “corredores fitness” (22%). No meio deste gráfico estão os “corredores aplicados” (20%) e, a medida que o rendimento aumenta o percentual diminui, “corredores conscientes” (16%) e “corredores apaixonados” (14%).

Outros destaques da pesquisa

  • A saúde é a principal preocupação e motivador dos corredores de todo o mundo;
  • Mais de 80% cita pelo menos uma motivação física quando perguntado por que eles começaram. Como ser mais saudável, ficar mais forte ou ter mais energia;
  • Para outros, a saúde mental foi o maior fator para colocar o pé no asfalto;
  • Problemas de saúde: 22% dos brasileiros citaram um problema de saúde como o motivo pelo qual começaram a correr (contra apenas 2% nos EUA);
  • Imagem do corpo: 30% dos participantes do mundo citaram a melhora da imagem corporal como motivo para começarem a correr. Os alemães se destacaram, com 47%, e o Brasil apareceu em um surpreendente quinto lugar, com apenas 32%;
  • Ficar mais forte: Quase metade dos entrevistados nos EUA (48%) disse que tornar-se mais forte era um motivo essencial para correr. O Brasil ficou em último, neste quesito, dentre os países pesquisados, com 21%;
  • Combate à ansiedade: 15% dos japoneses pesquisados dizem que correm porque isso ajuda a sentir menos ansiedade e depressão. No Brasil foram 5% e na Alemanha 3%.
  • 55% dos brasileiros gostam de correr pela manhã, contra 48% da média global. Nos fins de semana essa média cresce para 76% no Brasil, contra 67% no mundo.
  • Metas motivam mais do que a culpa. Metas (41%) e planos de treinamento (41%) motivam os corredores mais do que a culpa (15%), e também de tirar uma responsabilidade da lista (12%).
  • Corredores amam e odeiam diferentes aspectos do esporte. Os homens adoram correr ladeiras acima (19% amam, 2% odeiam) mais do que as mulheres (10% amam, 8% odeiam);
  • Quase três vezes mais corredores (34%) disseram que toleram a primeira milha(1,6 km) do que amam (11%).