Primeira edição do BikingMan no Brasil exige muita raça no pedal

Por Redação

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BikingMan tem percurso desafiador de 1.000 km e 18.000 metros de altimetria acumulada. Foto: @cesardelongphoto.

Uma das provas mais desafiadoras do ultraciclismo mundial, o BikingMan foi encerrado no último sábado (6) em Taubaté, interior paulista. Pela primeira vez, o tradicional evento de longa distância foi realizado em solo brasileiro.

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A disputa reuniu 67 competidores, de diversos países como Bélgica, França, Inglaterra, Alemanha, Suíça e Venezuela, em um trajeto desassistido de 1.000 km. Os 18.500 mil metros de altimetria acumulada também exigiram muito esforço dos atletas.

Com sol, chuva, calor e umidade – condições típicas da Mata Atlântica – quem levou a melhor foram os ciclistas brasileiros. Todos tiveram até 120 horas (cinco dias) para completar o percurso, que não possuía sinalização.

O paulista Fernando Zogaib ficou com o título da prova ao cruzar a linha de chegada em primeiro com o tempo de 66 horas, 2 minutos e 46 segundos. Juliano Gehrke (66:42:50) e Leandro Oliveira (79:46:23) ficaram na segunda e terceira posição, respectivamente.

Ao longo do trajeto, os ciclistas também tiveram que superar algumas das subidas mais duras do Brasil, como a de Paraty a Cunha, que vai de 0 a 1.600 metros de altitude. Tudo em meio às paisagens alucinantes das serras do Mar e Mantiqueira, com largada e chegada em Taubaté.

“É uma prova bem diferente. Estávamos desde 2017 tentando trazer para o Brasil e desta vez deu tudo certo. Foi um sucesso”, conta Vinicius Martins, organizador e também o diretor de prova da edição tupiniquim. “Tivemos cinco vezes mais interações e audiência nas redes sociais que todos os outros campeonatos já realizados pela franquia da BikingMan”, afirma.

A prova intercalou estradas de terra e estradas de asfalto vicinais, com pouco movimento. Vinicius destaca que os competidores com melhor desempenho foram aqueles que optaram por bikes do estilo gravel.

“Tivemos dois ciclistas de speed, alguns de mountain bike e a maioria de gravel. Todos os speed quebraram e quase todos os mountain bikes também. Nos primeiros 500 km praticamente a metade era de terra, e aquela terra brasileira que conhecemos, o que exigiu muito esforço das bikes e também dos ciclistas”, conta Vinicius.

Mesmo com experiência em provas de ultraciclismo, a advogada paulistana Victória de Sá foi uma das que exaltaram os desafios da BikingMan Brazil. Uma das cinco mulheres inscritas, ela mandou muito bem e alcançou a sétima colocação no ranking geral.

“Estou quebrada, mas muito feliz. Acho que nunca subi tanto na minha vida (risos)”, brinca Victoria, que tem no currículo outros desafios completados no ultraciclismo como Everesting e Inca Divide.

“Essa experiência do Inca Divide no Peru me ajudou bastante, porque lá ainda tem a questão da altitude. Você fica muito tempo em alta altitude. Aqui foi no quintal de casa, então já tinha feito algumas partes do percurso em outras viagens. Mas nesse formato foi inédito, muito desafiador e muito legal”, complementa Victoria.

Victória de Sá:

Fernando Zogaib:

O BikingMan foi criado em 2015 e é realizado em várias partes do mundo. As provas são conhecidas por não possuir nenhuma assistência externa aos ciclistas, só em caso de questões que envolvem a segurança dos competidores.

A temporada de 2021 também contou com etapas em lugares como França, Portugal, Córsega, País Basco e Omã.

Para saber mais, siga o perfil @bikingman_ultra no Instagram.







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