Para simular as condições de Marte, o próximo destino da humanidade, cientistas das agências especiais treinam seus astronautas, testam veículos e equipamentos em lugares aqui na Terra que mais parecem paisagens marcianas.
Deserto do Atacama, Chile
Nada melhor para simular as paisagens desérticas do planeta vermelho do que um deserto andino. Quase nada cresce por lá, a chuva é muito rara, o terreno pedregoso e o frio é intenso em algumas épocas do ano.
A Nasa já pesquisou o Atacama para entender como pequenos organismos conseguem viver naquele lugar, o que daria pistas para encontrar vida no planeta vizinho.
Lago Vostok, Antártida
O lago é uma massa de água líquida detectado por instrumentos a impressionantes 4.000 metros abaixo do gelo.
Uma missão russa trabalhou por décadas para perfurar a superfície e chegar ao lago de fato e poder recolher amostras e baixar instrumentos em busca de vida.
Essa é a aposta para a existência de vida em Marte, que ela esteja guardada sob um grande camada de gelo -as temperaturas chegam a -60℃ por lá-, o mesmo vale para Europa, a lua de Júpiter que os cientistas apostam que pode nos servir de casa um dia.
Pico de Orizaba, México
Esse vulcão dormente de 5.675 metros intriga os cientistas mexicanos há anos. Lá é possível encontrar árvores há mais de 4.000 m de altitude, onde só deveria se encontrar gramíneas.
Entender como estes pinheiros ocorrem em um lugar tão inóspito e difícil pode, num futuro distante, ajudar a desenvolver vegetação para sustentar as colônias em Marte.
Vale da Morte, Estados Unidos
Outro cenário capaz de transportar os turistas para o inferno marciano, o Vale da Morte quase não tem vegetação crescendo entre arenitos e rochas.
A Nasa achou o lugar perfeito para testar o seu jipe Curiosity, que agora dá seu rolê em Marte coletando amostras e mandando imagens para a Terra.
O único detalhe é que a temperatura média em Marte é de -5℃, no Vale da Morte, ela chega a incríveis 50℃, o lugar mais quente do hemisfério ocidental.
Além de treinar as habilidades de direção do Curiosity, o deserto californiano tem um tipo de rocha formada por vida microbiana há milhares de anos. Saber reconhecê-las lá em Marte pode ajudar a ciência.
Devon Island, Canada
No Canadá, essa ilha inabitada tem mais de 55 mil km2 sem nenhuma alma viva, apenas pedras e muito frio.
O que seduz os cientistas a um ambiente não tão agradável como este é uma cratera de 24 km de largura, formada há 23 milhões de anos. Perfeito para treinar astronautas no manuseio de equipamentos, é um ambiente assim que vão encontrar por lá.
A Nasa conduz testes de veículos e pessoal no permafrost desde a década de 1990. No verão, a temperatura média é de 5℃, no inverno, -29℃.