Um grupo de turistas passou um mês vivendo em uma caverna durante a quarentena por causa do coronavírus. Sem dinheiro para se hospedar em hotel e com voos cancelados, seis turistas – três homens e três mulheres, abrigaram-se em uma caverna nos arredores de Rishikesh, na Índia, para não ser punidos pelo governo local.

De acordo com reportagem do “Hindustan Times”, os turistas, dois da Ucrânia; um dos EUA; um da Turquia; um da França e um no Nepal, tinham pouco dinheiro e usaram para comprar alimentos. A água que eles bebiam era proveniente do Rio Ganges, conhecido pelo seu grave nível de poluição e por receber cinzas de humanos após cremação, mas que, na região de Rishikesh, apresenta-se limpo.

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“Eles estavam cozinhando a comida usando fogueira feita com gravetos”, disse Rakendra Singh Kataith, porta-voz da polícia de Lakshman Jhula. A polícia chegou ao grupo após receber a informação de um morador.

O policial disse que todos os seis haviam chegado a Rishikesh cerca de dois meses atrás e haviam mudado para a caverna pouco antes do início da primeira fase do bloqueio. Agora, os turistas foram levados a um abrigo em Swarg Ashram, onde permanecerão em quarentena por 14 dias. Nenhum deles tem sintoma de Covid-19. A doença já atingiu 17.656 pessoas na Índia, com 559 mortos. O país de 1,3 bilhão de habitantes realiza a maior quarentena do planeta.

Rishikesh ficou famosa após visita dos Beatles. Os integrantes da banda foram para lá em 1968, para estudar meditação transcendental com o Maharishi Mahesh Yogi. Durante este período, eles escreveram muitas canções célebres, lançadas no Álbum Branco e Abbey Road. Após os meses de meditação, os Beatles regressaram à Inglaterra. Desde então, a cidade ficou conhecida como capital mundial do ioga, e é bastante visitada por ocidentais, que buscam a mesma inspiração dos rapazes de Liverpool.