Ryan Robinson está detonando no highline no mundo todo

Por Redação

ryan robinson highline

Ryan Robinson manda muito no highline. Na verdade, além de talentoso, ele é um dos mais ambiciosos atletas da modalidade. Ele tem feito alguns dos highlines mais desafiadores do mundo, seja pela altura, força dos ventos ou outras condições extremas. O Highline é modalidade de slackline bastante desafiadora: o esporte consiste em equilibrar-se em uma fita ancorada no mínimo mais de 10 metros de altura e pode ser feito entre formações rochosas, canyons e prédios.

Corta para a costa da Austrália. Ryan Robinson encarou um highline em dos penhascos marinhos mais altos do hemisfério sul – o Cape Pillar da Tasmânia, um local conhecido por suas colunas marinhas de diábase que se elevam a quase 300 metros da água. É um lugar conhecido por seus ventos fortes: os uivos do mar e do vento dificultam o equilíbrio e a concentração. Sem falar nos leões marinhos uivando em uma ilha próxima.

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Dá para sentir um pouco da vertigem de Ryan: depois de checar os equipamentos – cadeirinha, solteira e mosquetões – ele sobe na fita, equipado com uma GoPro presa ao boné. Entre respirações profundas, ele cuidadosamente coloca um pé na corda. Depois o outro. E começa a caminhada precária para o outro lado, a cerca de 200 metros de distância. Um pouco depois da metade do caminho ele cambaleia. Mas se segura.

Ele conta que foi a primeira vez na vida que sentiu agorafobia, com sensação de pânico. A travessia leva seis minutos. Ao terminar, ele comemora com um grito, que ecoa nas paredes rochosas. Ele foi o primeiro a fazer este highline, em 2015.

Foi o primeiro recorde de muitos. Além do highlining, Robinson fez um teste para o American Ninja Warrior e completou mais de 100 corridas, incluindo competições completas de Ironman pela metade. Até o momento, a linha alta mais longa que ele já percorreutinha 883 metros de comprimento. Ryan Robinson fez também uma linha de 214 metros de comprimento vendado e estabeleceu um recorde mundial para o highline mais longo entre duas pontes, com quase 609 metros de comprimento.

 Como um atleta profissional de aventura, que cresceu em Sacramento, este é um dia bastante típico para ele – marcando outro superlativo geográfico da lista enquanto estabelece alguns novos recordes. Aos 38 anos, ele já viajou em aventuras outdoor por todo o planeta – de partes remotas da China a cadeias de montanhas no Brasil e cachoeiras violentas em Yosemite – na última década.

Durante esse tempo, seu único foco foi se destacar. Mas para ser bom nisso, ele teve que investir tempo para dominar as habilidades do montanhismo, como escalada, ascensões técnicas, ancoragem e trabalho com corda. E ele arrumou tempo para isso morando em uma van por seis anos. Hoje ele tem patrocinadores e projetos alimentados pela fama que construiu.

Ele também faz manobras no slack, subindo o nível do jogo. “Pular a linha de um lado para o outro é uma das minhas coisas favoritas a fazer”, diz ele. “Chamamos isso de surf porque é como se eu estivesse surfando de um lado para o outro. Os movimentos são super poderosos e é preciso uma quantidade incrível de calma e força para não sair voando da linha.”

 Outra coisa surpreendente é que, ao contrário do que pode parecer, ele tem medo de altura e muitas vezes se sente desconfortável em um highline. O truque mental dele é imaginar o ambiente de treino em que ele se sente mais confortável: a grama, onde costuma fazer os treinos de rotina. Quando começou, passou cerca de um ano fazendo slackline, perto do chão. Mas a meta sempre foi o highline: é nas alturas que ele acha o sentido da vida.







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