Primeiro brasileiro a escalar o Everest cria Reserva Ambiental no Paraná

Primeiro brasileiro a escalar o Everest cria Reserva Ambiental no Paraná
Paraná ganha Reserva Natural do Alpinista, em homenagem a Waldemar Niclevicz. Foto: Pedro Menck/IAT

O Paraná ganhou uma nova Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) licenciada pelo Instituto Água e Terra (IAT). O paranaense Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o Everest, inaugurou nesta quarta-feira (12), dia do seu aniversário, a área de proteção ambiental de 34 hectares em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A Reserva Natural do Alpinista integra uma propriedade particular de Niclevicz, com 116 hectares de área total.

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A reserva foi constituída com base em três pilares: restauração florestal com a reintrodução da Araucária (Araucaria angustifólia), árvore-símbolo do Paraná, e outras espécies nativas; proteção e introdução dos polinizadores, principalmente as abelhas nativas, para manutenção da biodiversidade; e a proteção de rios, já que a RPPN está encravada na junção de dois rios, Açungui e Palmital, em um espaço com cerca de 30 nascentes.

“Estamos tentando sensibilizar a sociedade a tomar atitudes para reverter esse caos ambiental que se encontra o planeta. A Reserva Natural do Alpinista é um instrumento e uma ferramenta para atingirmos as pessoas”, ressaltou Niclevicz. “O foco é a educação ambiental, atuando como suporte para alunos de escolas públicas e particulares para promover conscientização”, acrescentou.

Waldemar, natural de Foz do Iguaçu, tem 59 anos e foi o primeiro brasileiro a escalar o Monte Everest, em 1995, o K2 e os Sete Cumes. Ele já escalou 7 das 14 montanhas com mais de 8 mil metros, o Everest duas vezes, e mais de 300 das principais montanhas do mundo, entre elas todos os 82 “Quatro Mil dos Alpes”.

Reserva Natural

Já considerando a Reserva Natural do Alpinista, o Paraná conta atualmente com 334 RPPNs, configurando uma área de 55.541,92 hectares de vegetação nativa preservada. Elas estão divididas entre as categorias municipal (64), estadual (246) e federal (24).

A diferença entre as classificações é apenas o local onde a reserva foi inscrita. As estaduais são reconhecidas pelo IAT, as municipais pelas respectivas prefeituras e as federais pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio).

“São iniciativas que partem da sociedade civil, seja de pessoas jurídicas ou físicas, que colocam à disposição áreas particulares para proteção e conservação da biodiversidade”, explicou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto. “O Estado é apoiador e incentivador desses projetos ambientais de manutenção e conservação dessas áreas, ações com impacto direto para toda a população paranaense”.