Na última sexta-feira (22), um remador lituano ficou preso e parcialmente submerso entre as pedras no rio Franklin, na Tasmânia. O homem de 65 anos estava de caiaque com um grupo de outras 10 pessoas quando escorregou ao explorar uma área.
Sua perna ficou presa em uma fenda entre rochas, enquanto seus amigos observavam impotentes da margem. Cerca de uma hora depois, por volta das 15h30, as autoridades foram alertadas sobre a situação.
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Apesar do difícil acesso à área, equipes de emergência conseguiram chegar ao local. O rio Franklin percorre 130 km de um terreno montanhoso na região central da Tasmânia. Ele foi nomeado em homenagem a John Franklin, um governador da Tasmânia mais conhecido por sua desastrosa expedição ao Ártico em 1845.
Embora não seja tão remoto quanto a Passagem Noroeste no Ártico, o rio é suficientemente desafiador para que mortes e situações quase fatais não sejam incomuns. Além disso, grande parte do rio atravessa florestas densas, dificultando os resgates.
Medidas drásticas
Como a perna do remador lituano estava firmemente presa, várias tentativas de resgate falharam. Com o passar das horas, os socorristas tentaram manter o homem, que falava pouco inglês, o mais confortável possível, fornecendo comida e água.
Um médico lituano, que também fazia parte do grupo de caiaqueiros, atuou como tradutor. A equipe médica permaneceu com ele durante toda a noite. Na manhã seguinte, uma nova tentativa de resgate também não teve sucesso.
Com a condição do homem se deteriorando, os resgatistas tomaram uma decisão extrema. Tanto a vítima quanto os socorristas concordaram que a única chance de salvar sua vida era amputar a perna presa.
O homem foi sedado, e sua perna foi amputada acima do joelho. Em seguida, ele foi libertado e transportado de helicóptero em estado crítico para o Hospital Real de Hobart no sábado (23), onde permanece internado.
“Este resgate foi o pior dos piores cenários possíveis”, admitiu a equipe de resgate.