Relatos selvagens: a história de um crime de violência doméstica no Chile

violência doméstica
Em viagem à Patagônia chilena, Brenda Marques relata cenário de total desamparo após testemunhar caso de violência doméstica. Foto: Arquivo Pessoal / @viajabre.

A fotógrafa e montanhista Brenda Marques é nômade há quatro anos e vivia seu sonho quando parou para ajudar uma amiga vítima de violência doméstica. Agora ela própria sofre ameaças e as consequências de um sistema que culpabiliza e desconfia das vítimas

Por Brenda Marques

Vivenciei na pele a dura realidade da violência de gênero e da ineficácia dos sistemas de proteção. Após auxiliar uma amiga a escapar de um relacionamento abusivo, me vi sendo alvo de diversas ameaças por parte do agressor dela. O medo passou a ditar minha vida nômade, transformando minha rotina de viajante em um jogo de esconderijos e incertezas constantes. Hoje, estou escondida; minha mente, em estado constante de alerta e vigilância.

Meu nome é Brenda Marques, sou brasileira, mineira de Juiz de Fora. Tenho 29 anos, estudei Artes e Design na UFJF e trabalho há 10 anos com fotografia nas mais diversas áreas, de casamentos e shows, a esportes de montanha. No final de dezembro de 2020, após já ter feito algumas viagens sola de moto pelo Brasil e pela América Latina, escolhidas a dedo, decidi viver na estrada de forma nômade. Vendi e doei meus móveis, minhas roupas, livros e quadros que tinha na parede. Fiquei apenas com uma moto e duas mochilas.

Brenda Marques é fotógrafa, montanhista e viajante profissional. Fotos: Arquivo Pessoal / @viajabre.

Mais recentemente, entre dezembro e março de 2024, passei uma temporada de montanha no verão em Puerto Natales, minha segunda temporada na cidade. Sou montanhista e passei esse período subindo várias montanhas na região, fotografando e trabalhando como guia no parque, planejando outras montanhas pela Patagônia, trabalhando com aluguel de equipamento de montanha, me especializando, treinando, aprendendo mais e voltando minha fotografia para os esportes de montanha. Estava realizando meu sonho. Terminei a temporada na cidade, me despedi dos meus amigos, devolvi o domo de madeira que tinha alugado na cidade onde morei por meses. Tinha já comprado o bilhete de barco para Puerto Willians, cidade mais austral na América do Sul, com a qual sonhei por anos e onde planejei fazer uma travessia em solitário na trilha mais austral do mundo, no circuito Dientes de Navarino. Infelizmente, porém, essa expedição precisou ser interrompida. Em questão de 48 horas, minha vida mudou bruscamente.

Nunca entrei no meu barco para esta travessia. Nesta janela, sofri ameaças e violências, fui a múltiplas casas policiais para fazer denúncias, e recebi pouca – quase nenhuma – ajuda do sistema no Chile. Fui alvo de machismo e de xenofobia por parte tanto dos órgãos públicos chilenos quanto da pessoa que me ameaçava. Assim, fugi. Perdi o bilhete que já tinha comprado, abandonei os planos que tinha na montanha, mudei a rota e, por medo, estou em outro país. Escondida.

O Resgate
Vista aérea da cidade de Puerto Natales, porta de entrada para o famoso Parque Nacional Torres del Paine. Foto: Shutterstock.

O início de toda essa situação se deu quando fui colocada frente a frente com a experiência de violência sofrida por uma outra mulher, minha amiga que, para proteger sua identidade, chamarei de Lina neste relato. Lina é uma mulher chilena que vivia em Puerto Natales com seu filho pequeno e companheiro, pai deste filho e seu agressor, que vou chamar aqui de Leo. Vale ressaltar que Puerto Natales não é a cidade natal de Lina, e que a mesma vivia muito distante de sua família consanguínea, sem ter qualquer tipo de rede de apoio em Natales. Conheci Lina e Leo em janeiro, pouco depois de chegar a Puerto Natales, por intermédio de um amigo em comum, e, durante os meses que se seguiram, convivemos intensamente: fazendo trilhas e passeios de aventura nas montanhas juntos, indo a comemorações e reuniões sociais, entre tantas outras atividades – diversas vezes, com a presença de Leo; em diversas outras, apenas com Lina e seu filho.

Nesses meses, apesar da convivência harmoniosa com a família, não pude deixar de perceber (e comentar com o amigo que nos apresentara) uma questão que estava evidente e gerava problemas: o alcoolismo de Leo. A busca pelo álcool fazia com que Leo estivesse constantemente fora de casa – deixando esposa e filho sozinhos, perdendo trabalhos e a confiança de amigos, para quem pedia empréstimos, sem pagar. Até então, porém, não havia motivos para suspeitarmos de que Lina estava em perigo, pois apesar desses problemas, Leo agia de forma carinhosa com a esposa e o filho na minha presença. Algumas semanas depois, contudo, presenciei Leo agredir Lina verbalmente – e eis aqui um ponto de atenção. No momento, apesar de a situação ter me deixado desconfortável, não me colocou em alerta, devido às normalizações que tendemos a fazer sobre brigas de casais.

No início de março, eu já estava de partida para Puerto Williams – sonho que realizaria com a ajuda de Leo, que eu considerava um amigo e que dispunha de diversos contatos na minha cidade de destino. Ele já havia vivido e guiado em Puerto Willians. Meus preparativos para a viagem estavam prontos, e eu buscava me despedir de todas e todos que estiveram comigo durante minha temporada em Natales. Infelizmente, após algumas tentativas, não consegui me despedir de Leo, de Lina nem de seu bebê.

Em 12 de março, já em Punta Arenas (de onde eu pegaria o barco para Puerto Williams), recebi uma mensagem de Leo, me informando que a família estava naquela cidade em visita aos pais do mesmo e sugerindo que nos reuníssemos para uma despedida – inclusive, se oferecendo para me buscar na casa de nosso amigo em comum, onde eu estava hospedada. No trajeto até a casa da família dele, a forma como ele falava de Lina me colocou, finalmente, em alerta, e fez com que eu ligasse os pontos, percebendo o perigo que minha amiga estava correndo.

Em seu discurso, Leo tratava a esposa como alguém sem valor, causadora de todos os seus problemas, dizia que não a aguentava mais e que se separaria. Este tratamento, somado à situação de vulnerabilidade financeira da família, ao quadro de depressão de Lina e à sua licença do trabalho desde o nascimento do filho (de um ano e meio de idade), ao alcoolismo e à situação profissional de Leo – que, apesar de ser um guia de renome na região, quase nunca estava trabalhando – , me fez perceber a necessidade de conversar com Lina o quanto antes, para averiguar sua situação e incentivá-la a buscar algum tipo de ajuda para sair deste relacionamento.

“Nunca entrei no meu barco para esta travessia. Nesta janela, sofri ameaças e violências, fui a múltiplas casas policiais para fazer denúncias, e recebi pouca – quase nenhuma – ajuda do sistema no Chile. Fui alvo de machismo e de xenofobia por parte tanto dos órgãos públicos chilenos quanto da pessoa que me ameaçava. Assim, fugi. Perdi o bilhete que já tinha comprado, abandonei os planos que tinha na montanha, mudei a rota e, por medo, estou em outro país. Escondida.”

Ao chegarmos na casa, no momento do encontro com Lina, seu filho e sua sogra, Leo se retirou, nos dando a oportunidade de brincar um pouco com o bebê e sair para um passeio, durante o qual Lina me relatou as experiências de violência que vinha vivendo com o agora ex-esposo, as quais culminaram em uma agressão física, ocorrida em 07 de março – quando eu ainda estava em Natales, tentando entrar em contato com eles para me despedir. Escutei. Acolhi. A gente sabe dos dados, a gente sabe do machismo social no Brasil, na América Latina, no Chile, no mundo como um todo. A gente sabe que os números são altos, que muitas mulheres sofrem ou sofreram violência doméstica. Ainda assim, quando ela começou a me contar, me vi surpreendida pelo que ela dizia.

Durante toda nossa conversa, eu reforçava que ela não deveria viver isso, que ela não era culpada de nada, que o que ele estava fazendo não era inédito, que vários homens faziam mulheres passar por essas situações, que isso estava errado, que ela não deveria aceitar.

Compartilhei com ela experiências do meu passado, para que ela não se sentisse só em sua posição de vítima. Choramos juntas. Ela me relatou que experiências como a que eu tinha vivido com Leo no carro, a caminho de encontrá-la, eram constantes, que ele falava sobre ela daquela forma inclusive na frente dos amigos, deixando-a vulnerável e envergonhada, sempre diminuindo seu valor. Me senti desesperada. É isso o que homens como ele fazem para diminuir tanto uma mulher incrível a ponto de serem capazes de controlá-la.

Neste dia, voltamos para a casa da família de Leo, e o amigo na casa de quem eu estava hospedada me buscou. Ao entrar no carro, eu disse a ele que algo muito ruim havia acontecido – e sua resposta imediata foi: “ele bateu nela, não foi?”. Já havia uma expectativa de todos ao redor de que essa era uma possibilidade.

Ao chegarmos em casa, entramos em contato com a Casa de Proteção à Mulher no Chile, por meio do número que está por todo lado, orientando mulheres em situação de violência que denunciem e peçam ajuda. Pedimos ajuda, foi o que fizemos. Questionamos sobre as possibilidades de ela ir com o bebê para perto de sua família consanguínea, sobre como fazer a denúncia, sobre possíveis tentativas da parte dele de tirar a guarda dela. Em seguida, tentamos contato com ela, convidando-a para jantar, apenas ela. Após várias tentativas e do intermédio de Leo, ela respondeu ao convite com alegria, mas solicitando que marcássemos um almoço para o dia seguinte.

“Durante toda nossa conversa, eu reforçava que ela não deveria viver isso, que ela não era culpada de nada, que o que ele estava fazendo não era inédito, que vários homens faziam mulheres passar por essas situações, que isso estava errado, que ela não deveria aceitar. Compartilhei com ela experiências do meu passado, para que ela não se sentisse só em sua posição de vítima. Choramos juntas.”

Na manhã deste dia, fui ao encontro de Lina na casa da família de Leo, e saímos sozinhas, sem o bebê. Após estarmos a alguma distância da casa, Lina começou a relatar os acontecimentos violentos daquela mesma manhã. Informei a ela que eu e nosso amigo em comum havíamos acessado a Casa de Mulheres, nos informado sobre possibilidades para ela e concordou que precisava sair da casa da família de Leo, que gostaria de entrar em contato com sua família e buscar refúgio junto aos seus. Assim, após um primeiro contato com sua irmã, encaminhamos tudo o que era possível para irmos à Casa da Mulher para que ela tirasse suas dúvidas e para que, em seguida, Lina saísse para um passeio despretensioso com seu filho e pudesse pegar um avião rumo à casa de sua irmã.

Não sei quantas horas passamos na Casa da Mulher; mas em dado momento, após ler um poster sobre as diversas formas de violência contra a mulher, ela olhou pra mim e disse: “Bingo. Me lo hacía todo”. Na Casa da Mulher, fomos orientadas que ela fosse embora o quanto antes, apenas com a roupa do corpo se necessário; e assim encaminhamos, voltando à casa da família apenas para buscarmos o bebê, que se encontrava sob os cuidados da avó paterna, a documentação necessária para que mãe e filho viajassem, e alguns itens essenciais.

Apesar do esforço para mantermos nossas interações com sua sogra o mais naturais possíveis, dando a entender que sairíamos apenas para um passeio, percebemos a desconfiança da mesma, que falava ao telefone com o filho no momento em que saímos. Com medo, apertamos o passo até o ponto de encontro com nosso amigo, que nos levou ao aeroporto.

De nossa chegada até o embarque de Lina, estivemos mais apreensivas a cada segundo. Fizemos os procedimentos para a inclusão do bebê na passagem e nos escondemos em diversos locais do aeroporto até o momento do embarque – banheiro, cafés, mesas pouco visíveis. Neste ínterim, eu recebia mensagens constantes de Leo, em tom agressivo, ameaçando minha vida e a de Lina. Nunca antes senti tanto medo. A cada vez que a porta do aeroporto se abria, ficávamos sobressaltadas, na expectativa da chegada de Leo – que, graças às Deusas, nunca chegou. Foram horas aguardando até o momento em que Lina passou do portão de embarque até que, talvez percebendo a situação delicada, uma funcionária voltou-se para mim e informou: “sua amiga embarcou”. Nesse momento, eu chorei, de alívio por ela e de medo por mim.

Experiência com os Órgãos Públicos

Depois de embarcar Lina, continuei recebendo mensagens ameaçadoras de Leo. Tomei um tempo para me recompor e para pensar em rotas para me proteger – uma vez que meus planos de ir para Puerto Williams estavam condicionados a me encontrar com conhecidos e amigos do homem que me ameaçava, o que significava um risco para minha segurança. Entrei, então, em contato com um amigo de longa data que vivia em outro país, que já havia me convidado para conhecer sua casa, relatei a situação e pedi ajuda. Ele me orientou, informando o nome da cidade para a qual eu deveria ir, onde ele iria me buscar.

“Isso não vai terminar bem.” Prints mostram mensagens ameaçadoras de Leo. Foto: Reprodução.

Saí do aeroporto, voltei sozinha para a casa do amigo que estava me hospedando e que havia nos ajudado naquela situação. Passamos a noite em alerta, com medo da possibilidade de Leo aparecer. Durante a noite, tive contatos com Lina, para saber se estava bem e para que ela não se sentisse sozinha naquela situação, em fuga com seu bebê nos braços na escala entre um voo e outro. Na manhã seguinte, após saber que minha amiga estava segura e com sua família, já a caminho de fazer uma denúncia, entrei em contato com a polícia chilena, que enviou dois agentes à casa onde eu estava para coletar meu depoimento. Ao verem as mensagens de Leo, me informaram que as mesmas não eram passíveis de denúncia, e não registraram meu depoimento, sugerindo até mesmo, sempre num tom de voz elevado, que eu seguisse tranquilamente meus planos de viagem, que embarcasse para Porto Willians e chamasse a polícia caso o agressor aparecesse.

Acessei, então, o Consulado Brasileiro, onde fui atendida também com grosseria e descaso para com minha situação de vulnerabilidade, me informando que eu deveria ir à PDI e que deveria ter registrado a origem dos dois agentes que vieram à casa, que eu mesma não estava colaborando com o próprio resguardo da minha vida. Fui, então, à Policia de Investigaciones de Chile – Brigada de Investigación Criminal Punta Arenas, onde precisei insistir muito para que registrassem meu depoimento, sob a categoria de ‘otros hechos’ (em espanhol, ‘outros assuntos’, e não especificamente como um caso de ameaça e violência contra a mulher).

Minhas tentativas de buscar segurança nos órgãos policiais em um país estrangeiro revelaram um cenário de desamparo, com tintas de silenciamento, violência e xenofobia. Frases como ‘este não é o seu país’ ou ‘as coisas funcionam diferente aqui’ foram ditas de forma recorrente nos diferentes locais onde busquei ajuda e espaço para fazer uma denúncia, sendo utilizadas como justificativas para a inércia e a falta de proteção efetiva. Minhas tentativas de denúncia foram recebidas com descaso e desinteresse, deixando-me completamente vulnerável. A sensação de estar sozinha em meio a um sistema que deveria oferecer salvaguarda é angustiante e revoltante. A violência contra a mulher transcende fronteiras e culturas, mas a falta de empatia e a negligência institucional são inaceitáveis.

Tentativas de buscar apoio das autoridades locais foram em vão. Foto: Arquivo Pessoal / @viajabre.

Neste cenário, foram oito tentativas de registrar uma denúncia até que os policiais aceitassem ouvir meu depoimento. Quando consegui que me ouvissem, por pouco não saio da delegacia de mãos abanando: “não podemos fazer cópia do boletim de ocorrência para você levar”. Após muita insistência, consegui pelo menos um documento atestando minha presença na delegacia naquele dia e horário, informando brevemente o motivo que me levou a tal, e uma cópia do meu depoimento. Saí sozinha e sem nenhuma ajuda real ou proteção até a rodoviária, onde peguei um ônibus para a cidade indicada por meu amigo na noite anterior. Foi uma viagem de cinco horas, sem qualquer tipo de salvaguarda ou defesa, recebendo mensagens e ameaças constantes por telefone.

“Neste momento, encontro-me escondida em outro país, enfrentando o temor constante, após adotar medidas para minha segurança diante das ameaças, que seguem acontecendo por parte deste homem, que atua profissionalmente como guia turístico na cidade de Puerto Natales, no Chile. As ameaças me forçaram a alterar meus planos, a fugir do Chile, país onde me encontrava vivendo desde dezembro por toda a temporada de montanha fazendo várias travessias, fotografando e trabalhando como guia de montanha; a abrir mão da viagem com a qual eu sonhava há anos.”
Contexto atual
Com o sonho interrompido, Brena agora está refugiada em outro país. Foto: Arquivo Pessoal / @viajabre.

Neste momento, encontro-me escondida em outro país, enfrentando o temor constante, após adotar medidas para minha segurança diante das ameaças, que seguem acontecendo por parte deste homem, que atua profissionalmente como guia turístico na cidade de Puerto Natales, no Chile.

As ameaças me forçaram a alterar meus planos, a fugir do Chile, país onde me encontrava vivendo desde dezembro por toda a temporada de montanha fazendo várias travessias, fotografando e trabalhando como guia de montanha; a abrir mão da viagem com a qual eu sonhava há anos. As ameaças deste homem me fizeram perder a passagem que eu já havia comprado para uma viagem de barco de 32 horas desde Punta Arenas para Puerto Willians, me impediram de realizar o Circuito de Dientes de Navarino, a travessia mais Austral do Mundo, para a qual vinha me planejando há quase dois anos.

Mas eu não quero viver com medo. Não quero viver escondida. Quero a liberdade que eu tenho na estrada, que batalhei para construir e conquistar. Quero a liberdade de poder viajar e trabalhar com fotografia, ocupando minhas redes sociais como ferramenta para meu trabalho, e não como canal para ameaças. Quero poder ter a liberdade de subir no barco e ir pra montanha que eu escolhi, sonhei, planejei, investi o dinheiro suado que ganhei, e fazer uma travessia. Sem medo.

Relato da viajante brasileira em caso de violência doméstica pode incentivar outras mulheres a buscarem ajuda. Foto: Arquivo Pessoal / @viajabre.

A propaganda de apoio à mulher e de combate à violência de gênero são essenciais e ajudam sim a salvar vidas; porém, não podemos ignorar os desafios enfrentados pelas mulheres que buscam ajuda e justiça. Muitas vezes, o processo de denúncia é uma batalha árdua, com obstáculos que enfrentamos nos órgãos públicos. Ser mulher, viajante e montanhista em uma sociedade machista é viver com o peso do medo e da incerteza.

Que minha narrativa seja um eco fervoroso em busca de justiça, um grito de liberdade para que eu não precise mais me esconder, um chamado para unir nossas vozes e lutar por um amanhã onde cada mulher possa viver sem temor, longe da violência.

“Abafaram nossa voz, mas esqueceram de que não estamos sós”

Se você sofre violência doméstica ou presenciou algum tipo de crime contra a mulher, não hesite. Denuncie. Ligue para 180. Sua ligação pode salvar vidas.







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