Redemoinho gigante de poeira assusta moradores em SP

Redemoinho gigante de poeira assusta moradores em SP
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por decorrência do tempo seco, do calor e dos ventos, um fenômeno acontecido com frequência neste fim do inverno na região de Ribeirão Preto: redemoinho de poeira. A meteorologista Maria Clara de Oliveira Carneiro Sassaki, do Climatempo, contou que essas condições são favoráveis à formação da espiral.

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Apesar de ser um fenômeno “comum”, alguns acabaram chamando mais atenção que outros, que é o caso o redemoinho gigante flagrado no domingo (22) por moradores de Morro Agudo (SP). A poeira que tocava o chão acabou se transformando em uma grande coluna larga no ar. O redemoinho foi formado na zona rural e acabou surpreendendo trabalhadores. Um deles conseguiu registrar a cena e ficou muito impressionado.

Há mais de uma semana Morro Agudo vem registrando incêndios devastadores por conta da estiagem e precisou decretar calamidade pública para produtores rurais atingidos tenham como diminuir os danos.

Por conta da falta de chuva, a umidade do ar tem atingido índices ruins, o que acaba colaborando não só para os incêndios se alastrarem por regiões com mato seco, mas também para a formação de redemoinhos.

“Quando o sol está muito quente, o ar logo acima aquece de forma rápida e forma um minicentro de baixa pressão, que faz com que o ar suba em forma de espiral, levando poeira junto e formando o redemoinho”, disse Maria Clara.

Os incêndios, de acordo com a especialista, também podem favorecer o aparecimento, mas não são uma condição necessária.

O que mais impactou no registro do trabalhador rural é o tamanho do redemoinho. Geralmente, eles são vistos com um diâmetro menor e se desfazem com bastante facilidade. Mas a especialista Maria Clara afirma que, formatos dessa magnitude são mais comuns do que pensamos.

“É normal, sim, acontecerem redemoinhos com essa proporção. Tudo depende da pressão do centro de baixa pressão que se forma com o contraste da temperatura. Quanto menor o valor da pressão, mais rápida é a velocidade do vento no entorno.”