Rally Mongol: conheça a corrida peculiar vivida por brasileiros

Por Redação

Rally Mongol: conheça a corrida peculiar vivida por brasileiros
Imagem: Reprodução/UOL/Arquivo pessoal

O documentarista Raphael Erichsen, de 42 anos, experimentou o Rally Mongol, uma corrida sem regras que sai da Inglaterra e vai até a Mongólia. O brasileiro foi atrás da aventura com mais três amigos.

Ao contrário dos rallys comuns, o Rally Mongol não preza por um bom carro — pelo contrário. “A gente associa à velocidade, mas neste circuito é o oposto disso. Quem chega primeiro é o grande perdedor. E o mais curioso é que quanto pior o seu carro, melhor é”, contou Raphael rindo ao UOL.

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Outra característica do evento é a customização dos carros com “fantasias”. Os participantes podem colocar pelúcias, adesivos e outros acessórios nos veículos.

Cerca de 300 carros saem da Inglaterra participando da prova.

E qual é o prêmio do Rally Mongol? Nenhum! Não há recompensa para quem consegue terminar a viagem — mas tudo é feito por uma boa causa. O intuito é levar carros ingleses até a Mongólia e doar os veículos para a instituição de caridade Lotus Charity.

Como funciona

O Rally Mongol não tem muitas regras. “Não há rota definida e cada time faz o roteiro que quiser. A meta é chegar até a Mongólia”, explicou Raphael. Ele e seus amigos fizeram o trajeto em 45 dias.

Como não existe um prazo, muitas pessoas aproveitam para conhecer vários países enquanto realizam a prova. Alguns participantes chegam a viajar por meses e acabam nem chegando no destino final.

O trajeto escolhido pelos brasileiros foi a “rota do meio”, que seguia pela Eurásia, passando pela Turquia, Rússia, Armênia, Cazaquistão, até chegar na Ásia. Raphael conta que quando eles chegaram na Turquia, o Google Maps não os localizava mais. “Eu liguei para organização do evento e o cara me falou ‘não tem rota e rapidamente você vai se acostumar'”, disse.

Mas isso não é problema. Muitos participantes fazem amizade com outros motoristas que participam da prova e estão sempre cruzando os caminhos.

História que virou livro

Após alguns ‘perrengues’ na viagem, o grupo conseguiu chegar na Mongólia. Eles tiveram o carro guinchado e, para chegar até a capital, eles alugaram uma van russa e ficaram mais de 40 horas dentro do veículo. “A gente veio embora o mais rápido possível. Ficamos só dois dias lá e depois voltamos de avião.”

Mesmo com todos os problemas da viagem, Raphael conta que a aventura foi uma experiência que gerou frutos profissionais e pessoais, além de memórias e histórias incríveis.

Depois da aventura, Raphael lançou o livro “Tudo Errado” (Editora Impossível) e uma série documental em um canal fechado.







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