O fotógrafo Kristian Laine estava mergulhando recentemente próximo a Grande Barreira de Corais, na Austrália, fotografando o fundo do mar quando uma rara e bela raia manta rosa passou perto dele. Naquele instante, Kristian tinha certeza que sua câmera estava com defeito. Mas, não, a raia cor-de-rosa era real e única no mundo.

“Na verdade, eu pensei que meus estroboscópios (dispositivo óptico que permite estudar e registrar o movimento contínuo ou periódico de elevada velocidade de um corpo, com o objetivo de o fazer parecer estacionário) estavam fazendo a raia parecer rosa”, comentou o fotógrafo, que viu o animal em meio a um grupo de outras sete raias.

 

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Uma publicação compartilhada por Kristian (@kristianlainephotography) em 9 de Fev, 2020 às 10:07 PST

A raia em questão inclusive tem nome e foi vista pela primeira vez nas águas da ilha Lady Elliot, na Austrália, no final de 2015. O animal de dois metros e meio foi batizado como Inspetor Clouseau, do desenho da “Pantera Cor-de-Rosa”.

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De acordo com cientistas do grupo de pesquisa australiano Project Manta, acredita-se que sua cor distinta da raia manta seja causada por algum tipo de mutação genética que afeta a cor de sua melanina, um pigmento da pele. O processo que causa isso pode ser semelhante ao albinismo em humanos. As raias mantas tendem a aparecer em três cores diferentes: preto, branco e uma combinação dos dois.

 

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Uma publicação compartilhada por Kristian (@kristianlainephotography) em 22 de Jan, 2020 às 9:45 PST

Entre raias mantas, porém, a condição de Clouseau é a primeira e uma exceção dentro da típica escala de cinza. Muitas raias têm costas pretas e barriga branca como dupla camuflagem. Isto faz com que elas consigam desaparecer nas águas sombrias abaixo quando vistas de cima, enquanto se misturam na superfície iluminada pelo sol quando vista de baixo.

Apesar da coloração rosa, os cientistas afirmam que a raia não corre mais risco que os outros em relação à predadores. Devido ao seu tamanho gigantescos, predadores não a atacam.