5 motivos para fazer uma prova de bike no Rocky Mountain Games

Por Redação

Fazendão de Juquitiba, palco da segunda etapa do Rocky Mountain Games, conta com 70 km de trilhas cercadas pela Mata Atlântica. Foto: Marcelo Maragni / RMG.

No próximo dia 14 de junho, o Rocky Mountain Games volta ao Fazendão de Juquitiba, um verdadeiro refúgio dos esportes outdoor, para a sua segunda etapa da temporada.

Localizado no entorno do Parque Estadual Jurupará, a pouco mais de 80 km de São Paulo, o Fazendão reúne 70 km de trilhas sombreadas pela Mata Atlântica, muitas delas coladas na represa Cachoeira do França — um cenário perfeito para suar a jersey e curtir a natureza ao mesmo tempo.

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E o maior festival de esportes e cultura de montanha do Brasil traz mais uma vez um cardápio generoso para quem ama correr, nadar ou pedalar.

As modalidades em disputa são: Trail Run (6 km, 12 km, 21 km), Trekking Experience (6 km), Canicross, Aquathlon, que combina natação e trail run, Desafio Rocky: (trail run 12 km + MTB 25 km), além do retorno da Natação em Águas Abertas, com as distâncias de 750m, 1.500m e 3.000m

O percurso de gravel foca em trazer uma experiência perfeitamente encaixada a tudo que essa modalidade tem de bom para oferecer. Foto: Divulgação / RMG.

Já para os ciclistas, a prova promete muita adrenalina, natureza e diversão nas modalidades MTB (25 km e 50 km), Gravel (40 km) e e-MTB, a novidade da etapa, dividida nas categorias Turbo Pro (50 km) e Super Light (25 km). Como é de praxe, o RMG Juquitiba foi pensado para todos os estilos no pedal — do iniciante ao mais experiente. É o tipo de prova em que você pode buscar performance ou apenas curtir o rolê em meio à natureza.

Mas não se engane com o visual bucólico do Fazendão: o Rocky Mountain Games é, sim, uma prova técnica. Muitos percursos atravessam bosques fechados, margeiam a represa Cachoeira do França e exigem atenção redobrada — com subidas duras, descidas rápidas e trechos que colocam à prova a pilotagem de qualquer um. “Tudo é pedalável, mas não quer dizer que seja fácil”, alerta o experiente Wagner Quirino, atual vice-campeão no MTB de Juquitiba, em depoimento no vídeo abaixo:

Para José Roberto de Carvalho Pupo, mais conhecido como Zé Pupo, que conhece como poucos os atalhos do Fazendão, o pedal no RMG entrega uma trilha cheia de desafios para os experientes, mas também é um ótimo batismo para quem está começando. “O mais legal é que a estrutura está no ponto: trilhas bem cuidadas, sinalização caprichada e uma organização que realmente pensa no atleta. Dá pra acelerar ou curtir no seu ritmo, sem pressão”, afirma o diretor de percurso.

Mountain Bike é dividido nas categorias 25 km e 50 km, com desafios para todos os níveis. Foto: Divulgação / RMG.

Modalidades do pedal em Juquitiba

MTB

O Mountain Bike em Juquitiba terá características de cross country, bem diferente das etapas de Campos do Jordão e Atibaia. São muitos singletracks, cheio de descidas e retomadas, que exigem técnica e atenção constantes, tanto para garantir um melhor desempenho, quanto para evitar quedas. “A altimetria – 1.500 metros nos 50km e 750m nos 25km – é desafiadora, enquanto nas outras provas você tem um subidão e depois a descida, aqui são muitas variações e as ações são bem mais dinâmicas”, explica Pupo. Segundo o diretor de percurso, a retirada do loop utilizado nos primeiros anos separa melhor as provas de 50km e 25km, o que evita problemas de ultrapassagens tanto para os líderes como para os retardatários, e ainda permite passar por duas vezes, no caso dos 50 km, em algumas das melhores trilhas para a modalidade.

Gravel

Na etapa de Juquitiba, o percurso de gravel foca em trazer uma experiência melhor e perfeitamente encaixada a tudo que essa modalidade tem de bom para oferecer. O percurso será contínuo e quase exclusivo: ou seja, as trilhas quase não coincidem com o percurso do MTB, especialmente no início da prova, compartilhando apenas um trecho de na última parte, quando os atletas já tiveram a dispersão natural. Isso deixará a galera da gravel mais à vontade para desfrutar e entregar tudo na competição. Combinando várias trilhas na parte oeste do Fazendão, o traçado teve também um incremento no trecho de asfalto do começo, deixando a prova mais fluida, competitiva, divertida e ágil.

Não importa se você está começando ou é um colecionador de medalhas, o Rocky Mountain Games tem diversão para todos. Foto: Divulgação / RMG.
e-MTB

O e-MTB chega para ampliar o leque de modalidades com uso bicicletas de pedal assistido. Ele será disputado nos mesmos percursos do MTB nas distâncias de 25 km e 50 km, em duas divisões: na Turbo Pro não há limite para potência máxima do motor, nem para consumo máximo de bateria, enquanto a velocidade máxima assistida vai até 32 km/h. Na Super Light (SL), a potência do motor é de 350 watts ou até 55 Nm de torque, com capacidade máxima da bateria de 400 watts/hora e velocidade máxima assistida: até 25 km/h.

Se você ainda precisa de um empurrãozinho para se inscrever, listamos cinco bons motivos para pedalar no RMG em Juquitiba. As inscrições para a etapa de Juquitiba seguem abertas e podem ser feitas diretamente aqui.

Mais informações no site oficial do Rocky Mountain Games.

e-MTB estreou em Campos do Jordão e veio para ficar no maior festival de esportes e cultura de montanha do Brasil. Foto: Divulgação / RMG.

1. Porque há uma prova para cada tipo de ciclista

Não importa se você é iniciante, entusiasta ou colecionador de medalhas. A etapa de Juquitiba é construída para acolher — e desafiar — todos. A organização, reconhecida pela excelência em logística e cuidado com o atleta, desenhou percursos com graus distintos de exigência, mas todos com uma característica em comum: são pedaláveis e em meio à natureza.

O MTB 25 km, por exemplo, é ideal para quem está começando e quer experimentar uma prova em um terreno técnico, mas fluido. Já o MTB 50 km exige mais preparo, mas entrega em troca trechos longos por entre bosques e áreas de sombra, com subidas que testam as pernas e descidas que pedem atenção e domínio. E o melhor: é possível curtir o trajeto sem pressa, absorvendo a paisagem como quem percorre um caminho ancestral.

2. Porque o Fazendão é mais do que um local de prova — é uma experiência

Imagine um lugar com 1.150 hectares de Mata Atlântica preservada, à beira da represa Cachoeira do França, com trilhas que serpenteiam entre árvores e revelam, a cada curva, um novo tipo de natureza. Esse é o Fazendão, área de entorno do Parque Estadual do Jurupará, um dos últimos grandes respiros verdes a menos de 80 km de São Paulo.

Os percursos passam por trechos margeando a represa, zonas de reflorestamento, e trechos de mata densa. Em dias quentes, as antas descem para beber água no final da tarde. Há quem diga que é quase impossível passar pela represa sem ver ao menos um bicho. E não qualquer bicho: tem anta, lontra, capivara, tamanduá, tatu… O Fazendão é um santuário onde a natureza resiste.

3. Porque gravel é a mistura perfeita entre aventura e leveza

Se o mountain bike exige robustez e técnica, e o ciclismo de estrada pede potência e cadência, a gravel é o ponto de encontro entre os dois mundos. Modalidade que só cresce no Brasil, ela permite fluir com velocidade em estradas de terra, trilhas abertas e descidas de cascalho — o tipo de terreno que Juquitiba oferece.

É como se o Fazendão tivesse sido desenhado com uma gravel em mente. São dezenas de quilômetros de trilhas e estradões, conectando subidas suaves e trechos de puro embalo. Pedalar de gravel por ali é viver a sensação rara de se mover rápido em meio ao mato sem abrir mão da sensação de pertencimento ao ambiente. É uma prática que celebra o caminho tanto quanto o destino.

4. Porque a e-MTB é mais do que praticidade — é inclusão

Há quem torça o nariz para as bicicletas elétricas. Mas basta uma volta no Fazendão com uma e-MTB para entender: esse tipo de bike não rouba o esforço, apenas redistribui. Democratiza o acesso a trilhas mais desafiadoras, permite que mais gente explore percursos técnicos, e estende a aventura para quem talvez não encarasse 50 km de subidas com as próprias pernas.

No Rocky Mountain Games, a categoria e-MTB é tratada com o mesmo cuidado das demais. O trajeto é praticamente o mesmo das bikes convencionais, o que significa que os desafios continuam existindo — só que com uma forcinha a mais. Em tempos de debates sobre inclusão e acessibilidade no esporte, a presença dessa categoria é mais do que justa: é necessária.

5. Porque Juquitiba está logo ali — e parece outro mundo

Chegar ao Fazendão é uma das mágicas do evento. Saindo de São Paulo, em menos de duas horas você já está cercado por árvores centenárias, ouvindo o canto das aves e cruzando trilhas onde o tempo parece correr mais devagar. Juquitiba fica a apenas 80 km da capital, mas ao chegar lá é como se o asfalto e a pressa tivessem ficado para trás.

A localização estratégica faz com que o evento seja acessível para quem quer ir e voltar no mesmo dia. E as provas não se resumem ao momento do disparo da largada: há o café antes, as conversas depois, show, cinema ao ar livre, um mergulho na represa, e claro, a troca de histórias. Tudo isso compõe a experiência.