
No próximo dia 14 de junho, o Rocky Mountain Games volta ao Fazendão de Juquitiba, um verdadeiro refúgio dos esportes outdoor, para a sua segunda etapa da temporada.
Localizado no entorno do Parque Estadual Jurupará, a pouco mais de 80 km de São Paulo, o Fazendão reúne 70 km de trilhas sombreadas pela Mata Atlântica, muitas delas coladas na represa Cachoeira do França — um cenário perfeito para suar a jersey e curtir a natureza ao mesmo tempo.
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E o maior festival de esportes e cultura de montanha do Brasil traz mais uma vez um cardápio generoso para quem ama correr, nadar ou pedalar.
As modalidades em disputa são: Trail Run (6 km, 12 km, 21 km), Trekking Experience (6 km), Canicross, Aquathlon, que combina natação e trail run, Desafio Rocky: (trail run 12 km + MTB 25 km), além do retorno da Natação em Águas Abertas, com as distâncias de 750m, 1.500m e 3.000m
Já para os ciclistas, a prova promete muita adrenalina, natureza e diversão nas modalidades MTB (25 km e 50 km), Gravel (40 km) e e-MTB, a novidade da etapa, dividida nas categorias Turbo Pro (50 km) e Super Light (25 km). Como é de praxe, o RMG Juquitiba foi pensado para todos os estilos no pedal — do iniciante ao mais experiente. É o tipo de prova em que você pode buscar performance ou apenas curtir o rolê em meio à natureza.
Mas não se engane com o visual bucólico do Fazendão: o Rocky Mountain Games é, sim, uma prova técnica. Muitos percursos atravessam bosques fechados, margeiam a represa Cachoeira do França e exigem atenção redobrada — com subidas duras, descidas rápidas e trechos que colocam à prova a pilotagem de qualquer um. “Tudo é pedalável, mas não quer dizer que seja fácil”, alerta o experiente Wagner Quirino, atual vice-campeão no MTB de Juquitiba, em depoimento no vídeo abaixo:
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Para José Roberto de Carvalho Pupo, mais conhecido como Zé Pupo, que conhece como poucos os atalhos do Fazendão, o pedal no RMG entrega uma trilha cheia de desafios para os experientes, mas também é um ótimo batismo para quem está começando. “O mais legal é que a estrutura está no ponto: trilhas bem cuidadas, sinalização caprichada e uma organização que realmente pensa no atleta. Dá pra acelerar ou curtir no seu ritmo, sem pressão”, afirma o diretor de percurso.
Modalidades do pedal em Juquitiba
MTB
O Mountain Bike em Juquitiba terá características de cross country, bem diferente das etapas de Campos do Jordão e Atibaia. São muitos singletracks, cheio de descidas e retomadas, que exigem técnica e atenção constantes, tanto para garantir um melhor desempenho, quanto para evitar quedas. “A altimetria – 1.500 metros nos 50km e 750m nos 25km – é desafiadora, enquanto nas outras provas você tem um subidão e depois a descida, aqui são muitas variações e as ações são bem mais dinâmicas”, explica Pupo. Segundo o diretor de percurso, a retirada do loop utilizado nos primeiros anos separa melhor as provas de 50km e 25km, o que evita problemas de ultrapassagens tanto para os líderes como para os retardatários, e ainda permite passar por duas vezes, no caso dos 50 km, em algumas das melhores trilhas para a modalidade.
Gravel
Na etapa de Juquitiba, o percurso de gravel foca em trazer uma experiência melhor e perfeitamente encaixada a tudo que essa modalidade tem de bom para oferecer. O percurso será contínuo e quase exclusivo: ou seja, as trilhas quase não coincidem com o percurso do MTB, especialmente no início da prova, compartilhando apenas um trecho de na última parte, quando os atletas já tiveram a dispersão natural. Isso deixará a galera da gravel mais à vontade para desfrutar e entregar tudo na competição. Combinando várias trilhas na parte oeste do Fazendão, o traçado teve também um incremento no trecho de asfalto do começo, deixando a prova mais fluida, competitiva, divertida e ágil.
e-MTB
O e-MTB chega para ampliar o leque de modalidades com uso bicicletas de pedal assistido. Ele será disputado nos mesmos percursos do MTB nas distâncias de 25 km e 50 km, em duas divisões: na Turbo Pro não há limite para potência máxima do motor, nem para consumo máximo de bateria, enquanto a velocidade máxima assistida vai até 32 km/h. Na Super Light (SL), a potência do motor é de 350 watts ou até 55 Nm de torque, com capacidade máxima da bateria de 400 watts/hora e velocidade máxima assistida: até 25 km/h.
Se você ainda precisa de um empurrãozinho para se inscrever, listamos cinco bons motivos para pedalar no RMG em Juquitiba. As inscrições para a etapa de Juquitiba seguem abertas e podem ser feitas diretamente aqui.
Mais informações no site oficial do Rocky Mountain Games.
1. Porque há uma prova para cada tipo de ciclista
Não importa se você é iniciante, entusiasta ou colecionador de medalhas. A etapa de Juquitiba é construída para acolher — e desafiar — todos. A organização, reconhecida pela excelência em logística e cuidado com o atleta, desenhou percursos com graus distintos de exigência, mas todos com uma característica em comum: são pedaláveis e em meio à natureza.
O MTB 25 km, por exemplo, é ideal para quem está começando e quer experimentar uma prova em um terreno técnico, mas fluido. Já o MTB 50 km exige mais preparo, mas entrega em troca trechos longos por entre bosques e áreas de sombra, com subidas que testam as pernas e descidas que pedem atenção e domínio. E o melhor: é possível curtir o trajeto sem pressa, absorvendo a paisagem como quem percorre um caminho ancestral.
2. Porque o Fazendão é mais do que um local de prova — é uma experiência
Imagine um lugar com 1.150 hectares de Mata Atlântica preservada, à beira da represa Cachoeira do França, com trilhas que serpenteiam entre árvores e revelam, a cada curva, um novo tipo de natureza. Esse é o Fazendão, área de entorno do Parque Estadual do Jurupará, um dos últimos grandes respiros verdes a menos de 80 km de São Paulo.
Os percursos passam por trechos margeando a represa, zonas de reflorestamento, e trechos de mata densa. Em dias quentes, as antas descem para beber água no final da tarde. Há quem diga que é quase impossível passar pela represa sem ver ao menos um bicho. E não qualquer bicho: tem anta, lontra, capivara, tamanduá, tatu… O Fazendão é um santuário onde a natureza resiste.
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3. Porque gravel é a mistura perfeita entre aventura e leveza
Se o mountain bike exige robustez e técnica, e o ciclismo de estrada pede potência e cadência, a gravel é o ponto de encontro entre os dois mundos. Modalidade que só cresce no Brasil, ela permite fluir com velocidade em estradas de terra, trilhas abertas e descidas de cascalho — o tipo de terreno que Juquitiba oferece.
É como se o Fazendão tivesse sido desenhado com uma gravel em mente. São dezenas de quilômetros de trilhas e estradões, conectando subidas suaves e trechos de puro embalo. Pedalar de gravel por ali é viver a sensação rara de se mover rápido em meio ao mato sem abrir mão da sensação de pertencimento ao ambiente. É uma prática que celebra o caminho tanto quanto o destino.
4. Porque a e-MTB é mais do que praticidade — é inclusão
Há quem torça o nariz para as bicicletas elétricas. Mas basta uma volta no Fazendão com uma e-MTB para entender: esse tipo de bike não rouba o esforço, apenas redistribui. Democratiza o acesso a trilhas mais desafiadoras, permite que mais gente explore percursos técnicos, e estende a aventura para quem talvez não encarasse 50 km de subidas com as próprias pernas.
No Rocky Mountain Games, a categoria e-MTB é tratada com o mesmo cuidado das demais. O trajeto é praticamente o mesmo das bikes convencionais, o que significa que os desafios continuam existindo — só que com uma forcinha a mais. Em tempos de debates sobre inclusão e acessibilidade no esporte, a presença dessa categoria é mais do que justa: é necessária.
5. Porque Juquitiba está logo ali — e parece outro mundo
Chegar ao Fazendão é uma das mágicas do evento. Saindo de São Paulo, em menos de duas horas você já está cercado por árvores centenárias, ouvindo o canto das aves e cruzando trilhas onde o tempo parece correr mais devagar. Juquitiba fica a apenas 80 km da capital, mas ao chegar lá é como se o asfalto e a pressa tivessem ficado para trás.
A localização estratégica faz com que o evento seja acessível para quem quer ir e voltar no mesmo dia. E as provas não se resumem ao momento do disparo da largada: há o café antes, as conversas depois, show, cinema ao ar livre, um mergulho na represa, e claro, a troca de histórias. Tudo isso compõe a experiência.