Primeira americana a andar no espaço alcança o ponto mais profundo do oceano

A astronauta da NASA e oceanógrafa Dra. Kathryn Sullivan, 68, foi uma das primeiras norte-americanas a andar no espaço. E, recentemente, ela estabeleceu mais um novo recorde: ser a primeira mulher a alcançar o ponto mais profundo conhecido no oceano, o chamado “Challenger Deep”.

Em 7 de junho, Kathryn, acompanhada de Victor Vescovo, um explorador que financiou a missão, mergulhou com o submarino especial Limiting Factor para suportar os 11 mil metros de profundidade no oceano Pacífico, no sul da Fossa das Marianas.

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O passeio no “Challenger Deep” durou cerca de uma hora e meia. A dupla levou quase quatro horas para descer até o ponto mais profundo do oceano.

Como a oitava pessoa na história a atingir essa profundidade, Kathryn, que se tornou a primeira mulher americana a andar no espaço em 11 de outubro de 1984, é agora a única pessoa no mundo a experimentar os dois extremos.

Em seu blog, a astronauta escreveu que visitar a Depressão Challenger submeteu o Limiting Factor a uma pressão “semelhante a de 7.900 ônibus de dois andares”. De acordo com a Business Insider, o casco do Limiting Factor é feito de liga de titânio de quase nove centímetros e ainda foi projetado para suportar essa pressão e se deu bem em outras cinco viagens feitas ao “Challenger Deep”. É o único submersível capaz de fazer esse tipo de mergulho mais de uma vez.

36 years after my space walk, I became the first woman to dive to the deepest known spot in the ocean – the Challenger Deep. #WorldOceansDay pic.twitter.com/KWJxx4fBYR

— Kathy Sullivan (@AstroKDS) June 9, 2020

Na viagem de Kathryn, uma câmera 4K foi acoplada ao submarino e foram produzidas pela Atlantic Productions para o Discovery Channel. A expedição foi coordenada pela a EYOS Expeditions.

“Mas parecia que voava sobre uma paisagem lunar para mim, quero dizer, foi disso que me lembrei”, disse a astronauta para o site IFLScience. “Eu continuava observando feições, cores e sombras que me diziam que realmente existem organismos vivendo lá, o que, é claro, não é verdade na lua… Vou ter que continuar investigando para satisfazer minha curiosidade sobre o que essas criaturas eram. Eu estava vendo.”