Menos azul, mais verde: por que os oceanos estão mudando de cor

Por Redação

Menos azul, mais verde: por que os oceanos estão mudando de cor
Foto: Shutterstock

Os oceanos estão mudando de cor e a culpa pode ser da crise climática, sugere um novo estudo da Universidade de Southampton, na Inglaterra. A pesquisa mostra que as águas azuis oceânicas estão cada vez mais verdes, principalmente nas regiões de baixas latitudes, próximas ao Equador.

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Os autores do estudo, realizado pelo Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton e publicado na revista Nature, afirmam que a mudança é preocupante porque a cor do mar é um reflexo das mudanças no estado do ecossistema.

A pesquisa avaliou 20 anos de observações do satélite Modis-Aqua da Nasa e procurou padrões de mudança na tonalidade do oceano por meio de um espectro de cores mais completo, incluindo vermelho e azul.

A observação da cor se faz a partir dos plânctons, que em de tamanhos diferentes espalham a luz de maneiras variadas; assim como o plâncton com pigmentos diferentes absorve a luz de maneira diferente. Assim, examinar as mudanças na cor dos oceanos pode dar aos cientistas uma imagem mais clara das mudanças nas populações de plâncton em todo o mundo.

Os cientistas então compararam essas mudanças de cor com as hipóteses de um modelo de computador que simula como seriam os oceanos se o aquecimento global causado pelo homem nunca tivesse ocorrido – e observaram uma clara diferença.

As mudanças foram detectadas em mais de 56% dos oceanos do mundo – uma área maior do que toda a terra na Terra. As mudanças na cor são mais significas em quase todo o oceano dos trópicos ou subtrópicos.

Os autores explicam que os oceanos estão mudando de cor, em sua maioria, para o verde, mas também há lugares onde as cores vermelha ou azul estão subindo ou descendo.

“Estas não são mudanças ultramassivas que destroem ecossistemas, elas podem ser sutis”, diz BB Cael, cientista do Centro Nacional de Oceanografia da Universidade de Southampton e autor do estudo. “Mas isso nos dá uma evidência adicional de que a atividade humana provavelmente está afetando grandes partes da biosfera global de uma maneira que não conseguimos entender.”







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