Você é iniciante e corre só por diversão? Entenda por que fazer uma prova de corrida de trilha será a sua melhor escolha – e conheça o Rocky Mountain Games, o evento perfeito para você estreiar na montanha

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Os esportes outdoor têm uma atmosfera diferente dos demais: menos competição e mais conexão entre os atletas e a natureza. Por isso, quando comecei a correr no asfalto, há cerca de seis meses, já pensava no momento em que iria partir também para as trilhas. 

Mesmo não tendo nenhuma distância como meta (comecei a correr em um momento difícil e o meu único desejo era colocar o corpo e a mente no lugar e experimentar os benefícios da endorfina poderosa desse esporte), pensei que me inscrever em uma prova poderia ser um bom incentivo para manter a constância nos treinos. Sem contar que, morando em São Paulo, as oportunidades de estar na trilha são poucas, então ter uma competição como desculpa para uma escapada para a natureza seria uma boa ideia.

Por aqui, não ligamos pra pace

Decidi que a minha primeira meta na montanha seria correr os 6 km da etapa de Juquitiba do Rocky Mountain Games. Como repórter da Go Outside, mídia oficial do RMG, já estive no evento algumas vezes e sei bem que é tudo muito mais sobre celebração da vida ao ar livre do que sobre grandes preocupações com performance – o que vai totalmente ao encontro da minha relação com a corrida. Não ligo para pace e não queria que a preparação para a prova fosse um fardo nos meus treinos.

Além disso, a etapa de Juquitiba não tem grandes altimetrias, principalmente nas distâncias mais curtas, então a minha falta de experiência não seria um grande problema. Eu havia acabado de entrar para a assessoria Corrida Natural e a Val, minha treinadora, entendeu que o meu único objetivo era completar a prova e começar a me ambientar com o ambiente da trilha.

Em 15 de junho, no Fazendão de Juquitiba, quando a contagem regressiva para a largada começou, eu já estava satisfeita com a escolha de fazer uma prova de corrida de trilha. A atmosfera entre os atletas já era empolgante e eu me sentia dividindo um momento especial com todos, mesmo sem conhecer ninguém que estava ao meu lado.

O receio (besta, mas comum entre iniciantes) de demorar demais para terminar a prova acabou logo no primeiro quilômetro. Entrar no single track no meio da mata atlântica me fez perceber que logo logo o a endorfina iria dominar o meu corpo e eu estaria ali, admirando os visuais da montanha e sentindo o cheiro da natureza que eu tanto amo. Eu poderia demorar horas percorrendo aqueles 6 km porque iria aproveitar cada segundo.

Sofri nas subidas, me diverti nas descidas e sorri de orelha a orelha nos trechos de mata fechada. Vi gente andando, correndo, conversando, sorrindo e tirando foto. O tempo passou voando e, quando percebi, já estava passando pelo pórtico e pegando a minha medalha e uma cerveja Patagonia gelada para celebrar a conquista da primeira prova na montanha.

A sensação era de que tudo passou rápido demais e que eu poderia repetir aquele corre várias e várias vezes! E aí veio a certeza de que o trail é perfeito para quem quer se divertir e, como dizem os atletas de montanha, para “fazer a cabeça”. Sem cobrança, sem comparações.

Menos performance, mais diversão

A ideia de correr por diversão e, no caso do trail, para ter contato com a natureza, atrai muitos iniciantes. A advogada Julia Libeskind, que começou na corrida de asfalto há quatro meses, decidiu experimentar as trilhas por indicação de uma amiga. “Ela me apresentou o esporte e disse que era um local onde ninguém se cobrava por pace ou resultado, apenas a graça de cumprir a prova”, conta.

Julia, assim como eu, usou um número de peito pela primeira vez na trilha nos 6K do Rocky Mountain Games em Juquitiba – e ficou mais que satisfeita com a corrida. “A energia da prova é muito especial: aquele espaço com as ativações, as cadeiras, a música e, especialmente, os cachorros”, diz a advogada.

Marina Grossi, estudante de direito, compartilhou do mesmo sentimento após a prova no Fazendão de Juquitiba – a sua primeira na montanha. Ela já havia gostado da ideia do trail também por conta do relato de uma amiga. “Ela já tinha esse costume e sempre falou muito sobre como a corrida em trilha mudou a visão dela sobre o esporte e eu quis experimentar também”, afirma.

 

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Nos 6 km que correu em meio à mata atlântica, Marina conta que se divertiu muito e sentiu a grande diferença de correr na cidade. “É muito diferente das provas de corrida de rua: a energia de todo mundo se ajudando, ter contato com a natureza e ter coisas novas para olhar é muito legal”, diz a estudante.

Além da prova em si, Marina se encantou com toda a cultura outdoor que o RMG celebra com as demais atividades, como shows, ativações de marcas e comidas. “A arena dos atletas é super completa, foi incrível”, conta.

Mesmo sendo três corredoras iniciantes e sem grandes ambições de performance, eu, Julia e Marina já temos certeza que seguiremos fazendo provas de trail run. “Me senti muito bem participando da minha primeira prova e sinto que está longe de ser a última”, completa Marina.

Conheça o Rocky Mountain Games

O Circuito Rocky Mountain Games 2024 termina em Campos do Jordão em 26 e 27 de outubro. O evento tem patrocínio da Francis e Cerveja Patagonia, com apoio da Tim, Prefeitura de Juquitiba e Mynd. Realização da Rocky Mountain Sports Content e a mídia oficial é a Go Outside.