Entenda a polêmica da vacina nos Jogos de Tóquio

Vacina ainda é motivo de polêmica nos Jogos Olímpicos
Vacina ainda é motivo de polêmica nos Jogos Olímpicos

O Japão é mundialmente conhecido e admirado pelo altíssimo poder de recuperação após crises, e considerado um país com potencial incrível de reconstrução e espírito de comunidade. É exatamente por isso que a tornou-se polêmica a questão da vacina nos Jogos Olímpicos: às portas de estrear o evento, o Japão tem apresentado um número muito mais baixo que o esperado entre sua população vacinada, e não divulgou estratégia específica para a competição, marcada para ter início em 23 de julho.

O andamento da distribuição da vacina no Japão até agora tem sido muito mais lento do que em outros países. Até a segunda quinzena de maio, o país administrou apenas 4,4 milhões de doses para uma população que chega a 126 milhões de pessoas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirma que está trabalhando com autoridades japonesas e também com os demais países participantes dos Jogos para incentivar e auxiliar todos os atletas, oficiais e equipes de apoio. Entretanto, a vacina não será obrigatória.

Isso significa que, apesar da dinâmica dos testes que, segundo os organizadores, serão realizados diariamente ou a cada dois dias, não há garantia de que as pessoas que fazem parte do evento estejam imunizadas. E esse é um dos principais argumentos de quem defende um novo adiamento ou até mesmo o cancelamento do evento.

Alguns atletas, incluindo o velocista jamaicano Yohan Blake, também expressaram relutância em se vacinar. Alegando “razões pessoais”, o medalhista afirmou que prefere ser banido da competição, caso as regras mudem e a imunização passe a ser exigida, do que se vacinar.

Outro desafio para os organizadores é lidar com as particularidades de cada país, que têm ritmo e acesso variado às vacinas. Ao passo que nos Estados Unidos as crianças a partir de 12 anos de idade começarão a ser vacinadas, no Brasil, por exemplo, está chegando a hora das pessoas na faixa dos 40 anos de idade.

Os organizadores garantem que a competição será realizada, e não existe risco de adiamento ou cancelamento. Novas diretrizes deverão ser divulgadas nos próximos dias – e devem apaziguar a polêmica em torno da vacina nos Jogos Olímpicos.







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