A Rússia enfrentou sua pior temporada de incêndios florestais da história moderna do país, de acordo com dados recentes da Agência Florestal Russa analisados pelo Greenpeace. Mais de 18,16 milhões de hectares de floresta foram destruídos em 2021, maior número desde que o país começou a monitorar as queimadas florestais com satélites em 2001.
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O recorde anterior foi estabelecido em 2012, quando os incêndios cobriram 18,11 milhões de hectares de floresta. Essa marca foi ultrapassado no final da semana passada, após uma longa temporada de queimadas que também produziu níveis sem precedentes de emissões globais de incêndios florestais. As informações são do Guardian.
Esses incêndios afetaram principalmente comunidades na Sibéria durante verões secos e quentes. Em Yakutia, uma região do norte que foi especialmente atingida, a poluição atmosférica cobriu a capital por semanas e os moradores tiveram que se unir em esforços de última hora para salvar suas casas.
Os incêndios florestais na Rússia ajudou a produzir algumas das piores emissões globais dos últimos meses. O Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus da UE descobriu que os incêndios florestais liberou 1,3 gigatoneladas de dióxido de carbono no mês passado, o valor mais alto desde que a organização iniciou as medições em 2003.
As florestas de taiga da Sibéria liberaram 970 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera entre junho e agosto – mais do que todas as florestas do resto do mundo juntas. Os incêndios em Yakutia desempenharam um papel importante nisso, à medida que a temporada de incêndios se prolonga e empurra mais para o norte, em meio a altas temperaturas e umidade do solo mais baixa do que o normal.
De acordo com o Greenpeace Rússia, os incêndios em Yakutia continuam, incluindo o norte do Círculo Polar Ártico. “Isso não é característico desta época do ano”, disse a organização.
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