Pior chuva em mil anos: pelo menos 25 são mortos na China

Por Redação

Pior chuva em mil anos: pelo menos 25 morrem na China
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Pelo menos 25 foram mortos em Henan, na região central da China após o que autoridades meteorológicas chamaram de “a pior chuva em mil anos”. Uma dúzia das vítimas estavam em uma linha do metrô na capital da província, Zhengzhou, que foi inundada. As informações são da Agência Brasil.

Cerca de 100 mil pessoas foram retiradas de suas casas na capital Zhengzhou, onde os transportes ferroviário e rodoviário foram interrompidos, com represas e reservatórios cheios em níveis alarmantes e milhares de tropas realizando uma operação de resgate na província.

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Autoridades municipais disseram que mais de 500 pessoas foram resgatadas do metrô inundado, com imagens das redes sociais mostrando passageiros de trem no escuro, com água até o peito, e uma estação reduzida a uma grande piscina marrom.

“A água bateu no meu peito”, escreveu um sobrevivente nas redes sociais. “Fiquei com muito medo, mas o mais aterrorizante não foi a água, mas a falta de ar dentro do trem.”

A chuva interrompeu os serviços de ônibus na cidade de 12 milhões de habitantes, localizada cerca de 650 km ao sudoeste de Pequim, afirmou um morador de sobrenome Guo, que havia passado a noite no escritório. “É por isso que muitas pessoas usaram o metrô, e a tragédia aconteceu”, disse Guo à Reuters.

Pelo menos 25 foram mortos na chuva torrencial que atingiu a província da China desde o último fim de semana, e há sete desaparecidos, disseram as autoridades em uma entrevista coletiva na quarta-feira (21).

Entre sábado e terça-feira, 617,1 milímetros (mm) de chuva caíram em Zhengzhou, quase o equivalente à média anual de 640,8 mm.

Como em ondas de calor recentes nos Estados Unidos e no Canadá e enchentes na Europa Ocidental, as chuvas na China são quase certamente relacionadas ao aquecimento global, disseram cientistas à Reuters.

“Eventos climáticos extremos como esse provavelmente acontecerão com mais frequência no futuro”, afirmou Johnny Chan, professor de ciência atmosférica na City University de Hong Kong.

“É necessário que os governos desenvolvam estratégias para se adaptar a essas mudanças”, acrescentou, referindo-se às autoridades em níveis municipal, estadual e nacional.

Muitos serviços de trem foram suspensos ao redor de Henan, um grande polo logístico com população de cerca de 100 milhões de pessoas. As estradas também foram fechadas, com voos adiados ou cancelados.

Escolas e hospitais foram abandonados, e as pessoas pegas pelas enchentes se abrigaram em bibliotecas, cinemas e até mesmo museus.

“Estamos com 200 pessoas de todas as idades em busca de abrigo temporário”, afirmou um funcionário com sobrenome Wang no Museu de Ciência e Tecnologia de Zhengzhou.

“Demos macarrão instantâneo e água quente para eles. Eles passaram a noite em uma grande sala de reuniões.”