O pico da felicidade: um safári fotográfico no Monte Kilimanjaro

Por Isabella Rosario

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Renee em seu primeiro dia de escalada do Kilimanjaro.

Quando L. RENEE Blount se juntou à expedição para subir o Kilimanjaro, na Tanzânia, no fim do ano passado, seu objetivo era se divertir e dividir sua experiência com os outros através da fotografia.

“Eu queria capturar a alegria da jornada. Não é só o cume que importa,” diz Blount, que vive na área da Baía de São Francisco. Ela tinha sido convidada para a aventura por Andrew Alexander King, um montanhista de 34 anos de Los Angeles que está treinando para escalar os Sete Cumes.

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Blount caminhou 72 km por três dias e meio por fazendas agrícolas, florestas tropicais, pântanos, um deserto alpino, e zonas árticas, e sofreu do mal de altitude aos 4.500 metros. “Eu não conseguia segurar minha ânsia de vômito, mas por fim superei isso”, conta.

Blount e King chegaram ao topo da montanha de 5.895 metros no dia 29 de dezembro, com a ajuda da Lamagaya Safaris, uma empresa local de viagens cujos guias Blount descreve como “verdadeiros heróis e atletas de elite”.

Mas o destaque de sua viagem aconteceu alguns dias depois. Blount e King foram conduzidos em um safári – uma oportunidade de observar a vida selvagem da segurança de um Toyota Land Cruiser – e aí então seus guias os levaram para conhecer membros de três tribos indígenas do Vale do Rift da África Oriental: os Maasai, os Hadza e os Datoga.

Os Hadza são alguns dos últimos caçadores-coletores do mundo. Foto: L. Renee Blount.

Para Blount, visitar os Datoga parecia um regresso para casa. “Eles ficaram olhando para mim, e então um guia disse: ‘O chefe quer lhe dar as boas-vindas’. Eles tinham certeza de que eu poderia ser da tribo deles”, diz ela. “Acho que não, mas foi interessante ter alguém sentindo que intrinsecamente eu pertencia a eles.”

Foi uma honra, diz Blount, passar um tempo com eles, e tirar fotos de alguns dos “maiores exploradores e sobreviventes do mundo”, com quem ela se comunicava principalmente por meio de risadas e contato visual.

“Não falamos a mesma língua, mas todo mundo sabe rir”, diz ela. “É isso que minhas fotos querem expressar.”

Zebras na Cratera Ngorongoro. Foto: L. Renee Blount.
Um guia em busca de vida selvagem na cratera. Foto: L. Renee Blount.
Um grupo de homens Hadza. Foto: L. Renee Blount.
Um jovem caçador Hadza em um Baobá. Foto: L. Renee Blount.
Renee atravessando a savana até o Kilimanjaro.
Andrew sendo seguido por dois guias no ataque final. Foto: L. Renee Blount.
Uma ferramenta típica. Foto: L. Renee Blount.
Duas mulheres Datoga se vêem na câmera de um guia. Foto: L. Renee Blount.
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Um homem Maasai se divertindo. Foto: L. Renee Blount.
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Os Hadza são frequentemente considerados os últimos arqueiros da África. Foto: L. Renee Blount.
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A equipe da Lamagay Safaris se dirigindo ao pico mais alto da África. Foto: L. Renee Blount.

Matéria originalmente publicada na edição 176 da revista Go Outside.







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