A Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês), em parceria com a rede ferroviária britânica Network Rail, passou a usar a Inteligência Artificial para monitorar a vida selvagem em larga escala no Reino Unido.

Na fase inicial do projeto, os pesquisadores instalaram 32 câmeras e 33 sensores acústicos em três locais da Grande Londres: Barnes, Twickenham e Lewisham. As câmeras capturaram quase 40 mil imagens e milhares de horas de dados de áudio.

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“O ponto crucial é a escala da operação. Capturamos dezenas de milhares de arquivos de dados e milhares de horas de áudio desses locais de teste e identificamos todo tipo de animais a partir deles. Não teríamos conseguido em tal escala usando observadores humanos. Somente a IA tornou isso possível”, afirma Anthony Dancer, especialista em conservação da ZSL, em depoimento ao The Guardian.

Em todos os três locais, os raposas foram os mamíferos mais comuns, e os pombos as principais aves capturadas pelas câmeras.

A IA também identificou dezenas de outros animais, como veados, ouriços, seis espécies de morcegos e 30 espécies de aves, incluindo melros, chapins e felosas-comuns, que são bons indicadores de biodiversidade.

Todas as três espécies requerem ecossistemas saudáveis para prosperar. “Detectá-las nos locais é encorajador e fornece uma base importante para medir a biodiversidade no futuro”, explicou Neil Strong, gerente de biodiversidade da Network Rail, empresa que possui 52 mil hectares de terras próximas às linhas férreas no Reino Unido.

O projeto também contribuirá para o trabalho de conservação da vida selvagem; a IA identificou cinco espécies de aves ameaçadas do Reino Unido. A pesquisa também identifica as localizações exatas dos abrigos de morcegos sob pontes ferroviárias, o que permitirá à Network Rail proteger esses locais.

Agora, o projeto pretende expandir a atuação no Reino Unido, para além das áreas da Network Rail. Conforme explica Dancer, a expectativa é que a tecnologia dê informações sobre como as espécies estão se movendo em resposta às mudanças climáticas e como devemos administrar a vegetação, não apenas ao lado das ferrovias, mas também nas margens das estradas e em outros lugares.







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