Pesquisadores encontraram pegadas de dinossauros em áreas próximas ao Rio Nioaque, na cidade com o mesmo nome, a 165 km de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A descoberta foi feita por cientistas do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica “Journal of South American Earth Sciences”.
Os pesquisadores também coletaram fósseis de um pequeno animal invertebrado em uma espécie de toca cavada por animais extintos que viviam em abrigos subterrâneos, locais chamados de paleotoca.
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A pesquisa foi assinada pelos paleontólogos Rafael Costa da Silva, do Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Serviço Geológico do Brasil, Maria Izabel Lima de Manes e Sandro Marcelo Scheffler, que ambos são da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Pegadas de dinossauro
O paleontólogo Rafael Costa da Silva disse ao G1 que as rochas onde foram encontradas as pegadas de dinossauros são do tipo Botucatu, características de um extenso deserto que cobriu uma ampla área entre o Uruguai e o Mato Grosso do Sul há 140 milhões de anos.
Foram identificadas pegadas e trilhas tanto de dinossauros carnívoros quanto herbívoros. O tamanho dos animais, segundo cálculos dos pesquisadores a partir das pegadas, variava de um até seis metros de comprimento.
Os resultados da pesquisa publicados na revista foram coletados em 2017 e 2018. Rafael explica que, após a coleta, foram necessários longos estudos de observação e análise das pegadas até chegar a uma conclusão.
O paleontólogo também falou que a expedição em busca de resquícios do período jurássico começou em 1990 na cidade de Nioaque, com um pesquisador sul-mato-grossense. Na época, Gilson Martins encontrou as primeiras pegadas na região e, desde então, as pesquisas na Serra da Bodoquena aumentaram.