‘Pedra da morte’ do Japão se parte depois de quase mil anos

‘Pedra da morte’ do Japão se parte depois de quase mil anos
A Sessho-seki antes de se quebrar: referência mitológica no Japão. Crédito: Wikimedia Commons

O ano de 2022 já cravou sua relevância na história – não bastasse a sequência da pandemia de covid-19, a Rússia deflagrou uma guerra com sua vizinha Ucrânia, também com reflexos mundiais. Haveria alguma referência paranormal sobre isso? Talvez no Japão: a rocha Sessho-seki (“pedra da morte”), que segundo a mitologia japonesa guarda o espírito de um demônio vingativo do mundo exterior e mata imediatamente qualquer pessoa que a toque, partiu-se ao meio no dia 7 de março.

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Registrada como local histórico em 1957, a rocha vulcânica, localizada em Nasu, na prefeitura (província) de Tochigi (região de Tóquio), seria o cadáver transformado de Tamamo-no-Mae. Ela era supostamente uma bela mulher, conhecida por responder a qualquer pergunta que lhe fosse feita, cujo espírito estava possuído por uma raposa de nove caudas, ou kitsune – um espírito demoníaco conhecido por truques e ilusões usando disfarces. Tamamo-no-Mae fazia parte de um plano para seduzir e matar o imperador Toba, que reinou entre 1107-1123. Toba ficou doente como resultado da trama.

Descoberto, o espírito da raposa foi exposto e caçado por dois guerreiros mitológicos, e acabou por se incorporar na pedra Sessho-seki como último recurso. Ele liberava um gás venenoso que matava quem o tocasse. Supostamente, o kitsune só se acalmou depois que um sacerdote budista realizou rituais para fazer o espírito descansar.

Rachaduras e erosão

De acordo com o jornal The Guardian, o que aconteceu com a rocha foi provavelmente resultado da erosão natural. Há vários anos se observavam rachaduras nela, um acesso para a água, que ajudou a erodir a pedra por dentro. Mas muitos japoneses se manifestaram nas redes sociais sobre a ocorrência, dizendo que “sentiam ter visto algo que não deveriam”.

O jornal japonês Shimotsuke Shimbun informou que autoridades dos governos regional e nacional vão se reunir para debater o futuro da pedra, segundo. Uma possibilidade levantada por um funcionário de turismo de Nasu é a de devolver a rocha Sessho-seki à sua forma original. De qualquer modo, se havia algum espírito preso nela, ele deve mesmo ter escapado, temem os que acreditam na lenda.







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