Passo Gavia, grande destino do ciclismo de estrada da Europa

Por Redação

Foto: Shutterstock.

Se o Havaí é a meca do surf, a Itália pode ser considerada facilmente “o” grande destino do ciclismo de estrada. É ali que estão alguns dos desafios ciclísticos mais míticos do esporte — e algumas das mais belas paisagens por onde se pode pedalar nesta vida.

O país todo reserva percursos perfeitos para a bike, como a Toscana, por exemplo. Mas é mesmo na Lombardia onde ficam as montanhas mais duras para quem gosta de sofrência em duas rodas. Stelvio, Mortirolo, Gavia, Muro di Sormano são nomes de subidas que fazem ciclistas de estrada suspirar e sonhar em um dia conquistar antes de morrer.

O Passo Gavia está entre as dez subidas pavimentadas mais altas dos Alpes. São 25 km de piramba, com temperaturas que podem variar muito. A seguir revelamos cinco dicas imprescindíveis para quem quer se aventurar pelo Passo Gavia:

1 – Escolha o lado mais longo (e menos íngreme)

Há dois caminhos para se chegar ao Passo Gavia, localizado a 2.652 metros de altitude. Uma — a mais dura — é a partir da comunidade de Ponte di Legno, ao sul da montanha. É a mais curta (18.9 km), porém bem dura, com trechos íngremes que podem chegar a 16%. A segunda opção é começar por Bormio: aqui, a subida se estende por longos 25 km, porém mais amenos, não tão íngremes e onde se localizam 15 curvas consideradas entre as mais bonitas do ciclismo, com campos de ovelhas, picos nevados e flores à beira da estrada.

2 – Aprenda mais sobre o Gavia antes

Muitos turistas pedalam por essa montanha sem saber quase nada de sua história. Ao longo da estrada, pequenas amostras de sua importância para o povo italiano vão surgindo, como presentes para quem decide desafiá-la. Na Primeira Guerra Mundial, por exemplo, o Gavia foi usado para levar suprimentos ao exército italiano. Um monumento à Batalha de San Matteo, ocorrida em 1918, pode ser visto ali. Há ainda dois lagos: o Negro e o Branco, chamados assim porque, diz a lenda, dois jovens apaixonados foram separados pelas famílias e nunca puderam ficar juntos.

3 – Não subestime essa subida

Com média de 5% de inclinação, o Gavia é apontado como “fácil” por muitos ciclistas. Seja humilde com esta montanha: rajadas de vento congelantes, curvas íngremes (apesar de curtas) e sua longa distância a transformam em um desafio que pode quebrar corpo e mente dos mais metidos a fortões.

4 – Leve roupas adequadas (mesmo!)

Lá embaixo, em Bormio, o sol pode estar brilhando e a temperatura batendo na casa dos 25°C. No bolso da camisa, apenas um corta-vento leve — afinal, é verão na Itália, certo? O topo do Gavia recebe uma ventania de congelar a alma, e mesmo em dias ensolarados o termômetro ali pode chegar a 0°C. Não esqueça luva quentinha de dedo longo, pois a descida torna as mãos duas pedras de gelo.

5 – Não seja bitolado: pare para apreciar a paisagem

Ciclistas bem treinados costumam estar entre os seres mais bitolados do planeta. Vai subir o Gavia pela primeira vez? Pare de olhar seu Garmin, aprecie os imensos campos de flores a sua volta, as montanhas com neve eterna e as ovelhas com seus sinos que transformam o cenário em sonho. Não é sempre que se faz uma viagem dessas na vida. Curta cada momento (e tire fotos!).

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