Viaje para longe das multidões e se hospede em algumas das regiões mais selvagens do planeta
Silêncio profundo na tundra do subártico canadense, o estalo de um glaciar se partindo ouvido de dentro de uma barraca no interior da Groenlândia, o reflexo de picos nevados numa lagoa espelhada no altiplano boliviano. Algumas das experiências de viagem mais impressionantes que já vivi aconteceram em meio à natureza bruta, onde me senti pequeno diante da imensidão do tempo e do espaço — e, ao mesmo tempo, mais conectado ao mundo natural.
Veja também
+ Vídeo: os melhores momentos do Rocky Mountain Games em Juquitiba
+ Dois anos após a implosão do ‘Titan’, documentário da Netflix revela descobertas assustadoras
+ Esse aplicativo bloqueia seu celular até você sair de casa e literalmente tocar na grama
Aqui estão alguns dos lugares mais remotos do mundo onde é possível se hospedar e sentir esse chamado da natureza selvagem. Seja para refletir sobre a vida ou apenas se deixar levar pela beleza do cenário, essas hospedagens oferecem experiências únicas — de um chalé com cinco quartos no meio de uma geleira a um refúgio de mountain bike na borda do “Grand Canyon da África”. E embora o acesso a esses destinos não seja dos mais fáceis — sem falar no custo, às vezes salgado —, a sensação de isolamento absoluto torna a jornada algo verdadeiramente inesquecível.
Sonhando com uma aventura nos cantos mais isolados do planeta? Estes são nove dos lodges e acampamentos mais selvagens do mundo onde você pode realmente sair do mapa.
Sheldon Chalet, Alasca

No Sheldon Chalet, você estará cercado apenas por neve, gelo e céus estrelados. Este refúgio íntimo, acessível apenas por helicóptero, fica no alto de uma crista afiada no meio do Glaciar Ruth, dentro do Parque Nacional de Denali. A cidade mais próxima está a cerca de 80 quilômetros de distância. Não há sinal de celular, Wi-Fi nem TV — apenas vistas infinitas do Denali coberto de neve e da vastidão branca do glaciar logo ali, pela janela. Com apenas cinco quartos, você terá a sensação de ter essa imensidão toda só para você.
O espírito da aventura faz parte da história do local desde o início. Após ajudar a mapear grande parte da Cordilheira do Alasca, o aviador e explorador Don Sheldon e sua esposa, Roberta, construíram a “Mountain House” em 1966, no mesmo local onde hoje está o chalé, como refúgio para alpinistas, esquiadores e viajantes destemidos que buscavam a majestade do Denali. Em 2018, os filhos do casal deram início a uma nova era ao inaugurar o luxuoso Sheldon Chalet. Hoje, as chegadas de helicóptero com champanhe e ostras contrastam com as origens modestas da cabana na montanha, mas a essência da aventura selvagem continua viva.
Dica de aventura: A proposta aqui é explorar o Glaciar Ruth com esquis ou raquetes de neve, sempre com o Denali imponente ao fundo — ou até descer de rapel em suas fendas azuis cintilantes. Do outono à primavera, é possível fazer caminhadas noturnas sob a lua cheia ou assistir ao espetáculo das auroras boreais verdes e rosas dançando no céu. Depois, basta se aquecer em volta da fogueira ou na sauna. No verão, piscinas turquesa surgem na superfície do glaciar, e o estrondo distante de avalanches ecoa pela imensidão branca.
Como chegar: Vá até a cidade de Talkeetna, a cerca de 2 horas de carro de Anchorage, e de lá pegue um helicóptero para um voo de 30 minutos até o chalé. Também há a opção de voar diretamente de Anchorage em um avião monomotor, num trajeto de 1h30. Ambos os traslados estão incluídos na estadia, assim como todas as refeições e experiências. A partir de R$ 23 mil por pessoa, por noite, em regime all-inclusive, com transporte a partir de Talkeetna ou Anchorage.
Ungava Polar Eco-Tours Camp, Canadá

Mesmo nos refúgios naturais mais tranquilos do planeta, é comum ouvir o zumbido de insetos, a água beijando a margem ou, com menos sorte, o barulho de um drone perdido. Mas, ao me deitar de costas e olhar para o céu azul sem nuvens durante uma pausa de fat bike em Nunavik — a região mais ao norte de Quebec, logo abaixo do Círculo Polar Ártico —, não se ouvia sequer um sussurro do vento. Esse silêncio raro e precioso foi parte do que atraiu Jonathan Grenier e James May, fundadores da Ungava Polar Eco-Tours, a estabelecer o acampamento base da empresa de aventuras ao ar livre nesse local remoto.
A empresa é o primeiro empreendimento de ecoturismo 100% administrado e operado por inuítes em Nunavik, levando viajantes para as desabitadas Ilhas Gyrfalcon. Instalado na pequena Ilha Tiercel, às margens da Baía de Ungava, o acampamento é composto por cinco aconchegantes domos aquecidos que remetem aos tradicionais iglus e resistem tanto às tempestades locais quanto à curiosidade de ursos polares. Quando visitei, durante a temporada inaugural em 2024, o primeiro frio do outono já havia transformado a tundra subártica em um mosaico flamejante de tons alaranjados e castanhos. Navegamos por canais desérticos em barcos só nossos, aprendendo sobre a cultura e as tradições inuítes pelo caminho.
Dica de aventura: Os dias aqui são repletos de avistamentos de fauna enquanto se explora a paisagem de fat bike ou a pé, em caminhadas guiadas e interpretativas. Se visitar no fim do verão ou no começo do outono, a tundra se transforma em um verdadeiro banquete de frutas nativas, como crowberries e cloudberries, ideais para petiscar no meio da trilha. No mar, é possível navegar pelo arquipélago em busca de baleias-anãs saltando, focas-barbudas, bois-almiscarados — uma das poucas megafaunas que sobreviveram à Era do Gelo — e lobos árticos patrulhando as margens.
Como chegar: A estadia de uma semana inclui todos os voos, inclusive partindo de Montreal rumo a Kuujjuaq, a maior cidade de Nunavik. De lá, pega-se um voo fretado da Air Inuit até a Ilha Tiercel, pousando diretamente na pista improvisada da tundra — mas não sem antes apreciar uma vista espetacular do acampamento do alto. A partir de R$ 57 mil por pessoa, para uma viagem all-inclusive de sete noites com voos saindo de Montreal.
Ramaditas Mountain Lodge, Bolívia

“Você viaja de Marte à Terra e depois para a Lua nessa jornada”, disse minha guia Aida Belén, referindo-se à Travesía, uma expedição terrestre de uma semana promovida pela Explora. A aventura segue um trecho do Qhapaq Ñan, rede ancestral de caminhos incas que cruza seis países e percorre cerca de 30.500 quilômetros. A rota liga o deserto marciano do Atacama, no Chile, ao sal lunar do Salar de Uyuni, na Bolívia. E quando nosso jipe desceu uma estrada íngreme em meio à poeira levantada por uma manada de vicunhas, a Lagoa Ramaditas lá embaixo parecia tão de outro mundo quanto os dois destinos que emolduram essa jornada.
Localizado a mais de 4.000 metros de altitude, o lodge de Ramaditas se encontra na beira da lagoa espelhada e é um dos dois refúgios da Travesía no trecho boliviano do altiplano. Projetado por Max Núñez, o lodge minimalista elevado sobre pilares tem apenas quatro quartos com vista para a lagoa e, ao longe, para montanhas nevadas e o impressionante planalto desértico da Bolívia. A região oferece aventuras durante o dia, e à noite, você retorna para um banho de chuva quente, uma taça de carménère defumado e um quarto moderno revestido em madeira de mani, com uma grande janela panorâmica.
Dica de aventura: As principais atividades são trilhas e mountain bike pelas planícies varridas pelo vento. Um dos destaques é a caminhada de 8 quilômetros em Pastos Grandes — que, a mais de 4.800 metros de altitude, parece bem mais longa. O percurso leva por entre pedras e vegetação desértica até antigos pictogramas nas paredes de formações rochosas imensas esculpidas pelo vento, antes de uma parada para piquenique e descanso.
Como chegar: A jornada começa em San Pedro de Atacama, no Chile, acessível por um voo de 2 horas a partir de Santiago. O lodge Jirira, que marca o fim da Travesía e fica às margens do Salar de Uyuni, também pode ser reservado de forma independente. O aeroporto mais próximo é o Joya Andina, em Uyuni, com 1h30 de carro sobre o salar na estação seca (abril a novembro), ou 5 horas contornando-o na estação chuvosa (dezembro a março). A partir de R$ 46.000 por pessoa, para uma expedição de sete noites em regime all-inclusive (voos não incluídos).
Three Camel Lodge, Mongólia

A Mongólia é um dos países menos densamente povoados do mundo. E no coração do Deserto de Gobi, uma vasta imensidão de mais de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, está o Three Camel Lodge. Acomodado aos pés da montanha Bulagtai, cada tradicional ger (versão mongol da yurt), aquecido com fogão a lenha, se abre para a estepe infinita, onde o vento sussurra entre as gramíneas douradas. Escondidas nesta paisagem ancestral estão pinturas rupestres da Idade do Bronze e uma história geológica e paleontológica ainda mais antiga.
Parte da coleção Beyond Green, o lodge foi fundado com o propósito de preservar a terra, a fauna e a cultura nômade do povo mongol. Apesar da localização remota, cada hóspede é imerso em cultura local, culinária e histórias, em visitas a famílias nômades — com aventuras no deserto à sua porta.
Dica de aventura: Caminhe pelas Falésias Flamejantes, formações avermelhadas icônicas do Gobi e um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo (foi ali que ovos de dinossauro foram encontrados pela primeira vez, em 1923). Outra opção é caminhar pelo verdejante Parque Nacional do Vale Yol, cheio de flores silvestres e riachos. Cavalos são parte vital da cultura mongol: monte em um deles para visitar uma família nômade e conhecer suas tradições culinárias e artesanais — ou experimente a arqueria mongol.
Como chegar: O acesso ao Three Camel Lodge é feito por um voo de 1h30 saindo de Ulaanbaatar até Dalanzadgad, na borda do Deserto de Gobi. De lá, uma viagem cênica de 1 hora em veículo 4×4 leva até o lodge. A partir de R$ 26.500 por pessoa para duas noites.
Kongde Lodge, Nepal

A trilha até o Acampamento Base do Everest, lugar carregado do espírito de expedições montanhistas tanto lendárias quanto controversas, continua sendo uma das aventuras mais icônicas do mundo. Apesar das críticas recentes sobre superlotação e impactos ambientais e sociais negativos, a Mountain Lodges of Nepal oferece uma alternativa mais sustentável — tanto para a natureza quanto para as comunidades locais.
A viagem de 12 dias, batizada de Everest Base Camp Trail, começa a 2.800 metros de altitude, em Lukla, e termina com um voo de helicóptero direto até o acampamento base, cercado pela imponência mágica das montanhas nevadas do Himalaia. Ao longo do caminho, os viajantes se hospedam em lodges tradicionais e têm contato direto com a cultura local. O ponto alto da jornada é o Kongde Lodge, a quase 4.300 metros de altitude — o mais remoto e elevado do trajeto. Cercado por montanhas e com vista panorâmica para o vale do Khumbu e para o próprio Everest, o cenário é de um isolamento majestoso difícil de superar.
Dica de aventura: A caminhada até o Kongde Lodge atravessa aldeias sherpas, pontes suspensas, florestas de pinheiros e rododendros, além do mosteiro mais isolado do mundo. O ponto central da experiência é a imersão na cultura sherpa — por meio de cantos, danças e da culinária local. Depois de duas noites no lodge, o trecho final da expedição é feito de helicóptero, numa viagem curta e cinematográfica até o Acampamento Base.
Como chegar: Após seis dias de trekking, um helicóptero parte do Deboche Lodge e leva os viajantes até o Kongde Lodge. Um café da manhã com espumante nas nuvens recepciona quem chega por esse trajeto. A partir de R$ 53 mil por pessoa.
Sal Salis Ningaloo Reef, Austrália Ocidental

A costa da Austrália Ocidental guarda algumas das paisagens mais remotas e intocadas do planeta. É lá, quase 1.300 km ao norte de Perth, que está o Sal Salis — um acampamento estilo safári escondido entre dunas de areia branca e banhado pelo azul vívido da Lagoa Ningaloo, Patrimônio Mundial da UNESCO. Com apenas 16 tendas e nenhum vizinho por quilômetros, é o tipo de lugar em que você acorda com o canto dos pássaros e adormece ao som das ondas do oceano.
O recife é um santuário para a vida marinha: baleias jubarte, raias manta, tartarugas marinhas e, entre março e agosto (e também em outubro), enormes cardumes de tubarões-baleia, os maiores peixes do mundo. A temporada ainda coincide com a rara oportunidade de nadar com jubartes durante sua migração rumo à Antártida.
Dica de aventura: Nadar lado a lado com tubarões-baleia e baleias jubarte é uma das experiências selvagens mais emocionantes da Austrália. Mas há muito mais: mergulho com cilindro ou snorkel, passeios de caiaque ou SUP, e trilhas pelo Mandu Mandu Gorge, no Parque Nacional de Cape Range — uma paisagem de calcário erodido, acácias retorcidas e histórias aborígenes milenares.
Como chegar: O Sal Salis está a uma hora de carro ao sul de Exmouth, cidade acessível por voos diários a partir de Perth para o aeroporto de Learmonth. Diárias a partir de R$ 3.500 por tenda.
Fish River Lodge, Namíbia

Embora a África seja mais conhecida por safáris e vida selvagem, a Namíbia oferece um outro tipo de aventura: crua, solitária e profundamente conectada à vastidão da natureza. No sul do país, o Cânion do Rio Fish — considerado o “Grand Canyon africano” — esconde um dos retiros mais espetaculares e pouco explorados do continente.
Com mais de 160 km de extensão e 550 metros de profundidade, o cânion é um gigante silencioso. Bem à beira da fenda está o Fish River Lodge, onde a vista do abismo pode ser admirada de uma piscina suspensa enquanto o rio serpenteia abaixo e o deserto se estende até onde os olhos alcançam.
Dica de aventura: Comece o dia com trilhas ou pedaladas ao longo da borda do cânion. O silêncio absoluto só é quebrado pelo grito dos babuínos ecoando entre os penhascos. Para os mais dispostos, há expedições de dois ou três dias até os acampamentos remotos Camp Eternity e Camp Edge — jornadas de imersão total em uma África sem cercas nem turistas.
Como chegar: Partindo da capital Windhoek, são cerca de oito a nove horas de estrada até o lodge — recomenda-se o uso de um 4×4. Diárias a partir de R$ 1.100 por pessoa (atividades cobradas à parte). Pacotes de trilha e ciclismo também estão disponíveis.
White Desert, Antártica

Apesar de ser sensível ao enjoo, enfrentei com coragem a travessia do temido Estreito de Drake em um cruzeiro rumo à Antártida. Mas, se fosse repetir a jornada, minha escolha seria viajar com a White Desert. Além de evitar os mares mais turbulentos do planeta, graças a um voo fretado a partir da África do Sul, essa expedição oferece acesso ao coração do continente mais remoto da Terra — uma região que poucos têm o privilégio de conhecer. Enquanto os cruzeiros percorrem a costa tomada por icebergs e penhascos rochosos, o interior da Antártica revela um outro universo: túneis de gelo azul, fendas profundas, picos montanhosos recortados e paisagens lunares que parecem de outro planeta.
Durante uma travessia leste-oeste pela Antártida em 2005, Patrick Woodhead — cofundador da White Desert — ficou tão impressionado com a beleza bruta do interior que decidiu, junto com a esposa Robyn, criar uma forma de compartilhar essa experiência com outros aventureiros destemidos. Se a paisagem já não parecer alienígena o suficiente, os dois acampamentos da empresa — Whichaway e Echo — remetem à era das explorações espaciais com sua arquitetura futurista e conforto sofisticado. Apesar de ser uma experiência de luxo incomparável (com preços a partir de R$ 267 mil por pessoa para uma viagem de seis dias), a sustentabilidade está no centro da filosofia da White Desert, que é carbono neutra. Os acampamentos têm impacto ambiental mínimo, os voos utilizam combustível sustentável, e a empresa mantém uma fundação que apoia iniciativas de conservação e pesquisa climática na Antártica.
Dica de aventura: Caminhe por túneis de gelo labirínticos, escale paredes com crampons e piolet, ou desça de rapel por penhascos de 100 metros envoltos por um anfiteatro azul cintilante. Também há bike no gelo, esqui e travessias por cordilheiras inexploradas.
Como chegar: Um voo fretado de cinco horas parte da Cidade do Cabo (África do Sul) e pousa na pista Wolf’s Fang, dentro do Círculo Polar Antártico. A partir de R$ 267 mil por pessoa, para uma viagem de sete dias com tudo incluído, incluindo voos de ida e volta. Também há uma versão de bate-volta de um dia saindo da Cidade do Cabo, por cerca de R$ 86 mil por pessoa.
Nanoq Lodge, Groenlândia Oriental

Assim como na Antártida, evitar os cruzeiros e mergulhar nas paisagens selvagens da Groenlândia é uma escolha recompensadora. Existem lugares por lá que ainda parecem intocados pela civilização. Em uma expedição terrestre de sete dias com a Hinoki Travels, percorri tundras marcadas por vestígios da cultura Thule (ancestrais dos inuítes), acampei às margens de fiordes azul-cobalto e contemplei glaciares e montanhas nevadas. No fundo de vales escavados pelo gelo, o ar cheirava a neve e maresia. Durante toda a semana, nosso pequeno grupo de sete pessoas não cruzou com mais ninguém.
A jornada começa em Kulusuk, uma vila inuíte localizada em uma ilha homônima logo abaixo do Círculo Polar Ártico. É ali que fica o Nanoq Lodge, um chalé de madeira construído à mão que serve como base para os viajantes que partem rumo ao interior gelado da Groenlândia com a Pirhuk — empresa especialista em esqui e montanhismo que opera em parceria com a Hinoki. Durante minha estadia ali, acordei com os uivos dos cães de trenó na alvorada e vi icebergs navegando pela baía. Ajudei a pescar truta ártica e colher azedinha sob um céu azul intenso — ingredientes que viraram nosso jantar depois de uma caminhada até o alto da ilha, de onde víamos as casinhas coloridas brilhando no pôr do sol.
Dica de aventura: Para chegar ao primeiro acampamento da expedição de sete dias da Hinoki Travels, cruzei o Estreito de Tunu de caiaque rumo ao Glaciar Apusiaajik — escoltado por jubartes saltando ao redor. Os dois acampamentos remotos da jornada são acessados a pé, por trilhas sobre glaciares, morros gelados e cavernas de gelo azul que brilham como cristais. Além desse roteiro exclusivo, que mistura cultura local com aventura, a Pirhuk oferece expedições de esqui, trekking, escalada e caiaque ao longo de centenas de quilômetros de costa selvagem.
Como chegar: A ilha de Kulusuk é acessada por um voo direto de menos de duas horas saindo de Keflavik, na Islândia. Do pequeno aeroporto até o lodge, são cerca de 30 minutos de caminhada ou esqui. A partir de R$ 36.500 por pessoa para a expedição de sete noites Interdependence: East Greenland da Hinoki Travels (voos a partir de Reykjavik não incluídos).
*Chloe Berge é repórter da Outside USA.