Prêmio Outsiders 2016

aquecimento
Foto: Julia Hembree Smith

FELIPE FOGUINHO: Destaque do skate brasileiro em 2015, Foguinho une talento, suor e ousadia para dominar o mundo das piscinas de concreto, em um ágil salto ao topo dos pódios.

NATURAL DE: Guaratinguetá (SP)

IDADE:
21 anos

ESPECIALIDADE:
Skate (bowl)

PRINCIPAIS FEITOS:
Campeão do Red Bull Generation 2015 (etapa do mundial de bowl) e vencedor da etapa de skate da prova multiesportes Rocky Man 2015.

PATROCÍNIOS:
Nike SB, Drop Dead, Evoke, Independent, Layback.

(+) @foguinhosk8

O MUNDO DO SKATE ESTAVA de olho na disputa do Red Bull Generation 2015, quando o prata da casa e pentacampeão mundial de bowl Pedro Barros torceu o pé. A reação geral foi uma mistura de espanto e desânimo. “Peguei essa vibe e transformei em incentivo. Eu tinha que trazer o caneco para o Brasil”, lembra Felipe Caltabiano, o Foguinho, que aproveitou a deixa para faturar sua primeira etapa de mundial de bowl na carreira, com apenas 21 anos.

O bowlrider de Guaratinguetá (SP) viveu mesmo um 2015 dos sonhos: viajou e competiu na Austrália, na França e nos Estados Unidos, com direito a passagem pelo Havaí. “Os resultados não saíram logo no começo, mas fui crescendo, absorvendo as culturas desses lugares e evoluindo como skatista e pessoa”, conta. “Aprendi que sou capaz de fazer tudo, só preciso lutar para isso”, conclui Foguinho, que também celebrou no ano passado sua estreia na Mega Rampa, outro evento de destaque no skate.

O estilo atirado nos bowls, nas ruas e nos half pipes fica claro ao ver Foguinho em ação. Mas a evolução no seu skate também vem acompanhada de uma dedicação pouco vista fora das pistas. Uma equipe multidisciplinar cuida de seu treinamento, tratamento e prevenção de lesões. Os hábitos mais regrados de atleta não tiram a onda original do skate, defende Foguinho. “Para fazer tudo o que eu quero, preciso estar bem preparado”, resume. “Só que skatista vai ser sempre underground, não tem jeito: precisa se jogar, colocar o corpo em risco e, às vezes, cair e se quebrar”.

A força para se reerguer depois dos tombos tem levado Foguinho a voos mais altos. “Já não encaro o skate só como diversão, pois quero evoluir sempre. Se busco uma manobra, posso ficar três dias tentando até sair”, garante. Sua persistência e ousadia já ganharam respeito de lendas desse esporte e ajudaram a levar o Brasil ao topo do mundo. Um sonho real para o garoto que ganhou o primeiro skate (e herdou o mesmo apelido) do pai, na época em que a prancha com rodinhas servia para não se perder a base do surf, lazer preferido dos tempos de criança. A brincadeira hoje é outra. E, agora, Foguinho está tirando onda de verdade.







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