Você precisa melhorar sua tolerância ao CO₂ para que suas células recebam oxigênio — esse é o Efeito Bohr em ação
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Pode parecer estranho, mas não é o oxigênio que falta para você performar melhor — o que você realmente precisa é aumentar sua tolerância ao dióxido de carbono (CO₂).
É o CO₂ que permite que o oxigênio seja liberado pela hemoglobina e chegue às suas células, nutrindo seus músculos. Se você hiperventila, perde CO₂, e seu corpo trava, mesmo com ar sobrando. Esse é o Efeito Bohr, descoberto em 1904, e a ciência já provou que treinar essa tolerância é chave para melhorar resistência, retardar a fadiga e elevar sua performance.
Agora, imagine sua respiração como uma alavanca que você pode controlar para acessar níveis mais profundos de energia, calma e foco. Essa é a parte poética — quando você aprende a respirar menos e melhor, deixa o pânico e o estresse de lado, abraça a tensão e se torna capaz de ir além do que imaginava.
Essa habilidade não é só para corredores ou alpinistas; é para todo atleta de aventura que quer ultrapassar limites, resistir ao desconforto e conquistar seu melhor resultado.
Não se trata de ser “mais forte”, mas sim de ser mais eficiente. Respire pelo nariz, pratique retenções controladas, segure o ar após a expiração e mantenha a calma mental — tudo isso treina sua tolerância ao CO₂ e turbina sua oxigenação celular.
Sua maior fraqueza pode ser a porta para sua maior potência. Aprenda a controlar o CO₂, oxigene melhor, e transforme sua relação com a performance.
Respire e reaja diferente.
*Claudia Faria é praticante de Yoga há mais de 20 anos, escaladora e criadora do Método Yoga Adventure, que integra técnicas de respiração, meditação e biohacking para otimizar a performance mental e física em esportes de aventura. Já abriu uma via de 600 metros no maior monolito do Brasil em Pancas (ES), fez cume no El Capitan, em Yosemite