O que esperar do ciclismo de estrada feminino nos Jogos Olímpicos de Paris

Por Redação

A brasileira Tota Magalhães é a única representante do país na categoria e vai para a sua primeira Olimpíada. Foto: Reprodução / Instagram.

As mulheres vão encerrar os eventos de ciclismo de estrada das Olimpíadas de Paris 2024, neste domingo (4), antes que as atenções se voltem para as corridas de pista no velódromo, de 5 a 11 de agosto.

Serão 158 km de prova, com 1.700 metros de subida, e início e final no Trocadéro, na capital francesa.

As ciclistas vão passar por cinco trechos de escalada, com o final em um trecho plano que corta a icônica área de Montmartre.

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A chegada será à sombra da Torre Eiffel, na Ponte d’Iéna, que atravessa o Rio Sena entre os jardins do Trocadéro e o Campo de Marte.

A brasileira Tota Magalhães será a única representante do país na categoria e vai para a sua primeira Olimpíada, depois de dois anos competindo na elite de estrada europeia.

A carioca de 23 anos vive um bom momento, após se destacar no Giro D’Itália no último mês de julho.

Mas ela terá um grande desafio pela frente, já que o pelotão conta com nomes que brilharam nas “Clássicas da Primavera”, como o Tour de Flandres e a Liège-Bastogne-Liège.

A disputa terá alguns dos principais nomes da modalidade, como a belga Lotte Kopecky, atual campeã mundial, a norte-americana Chloé Dygert, atual campeã mundial de contrarrelógio, e a francesa Juliette Labous, que terá o apoio da torcida local.

Outros nomes de peso no pelotão são Lorena Wiebes (HOL), Elisa Longo Borghini (ITA), Pfeiffer Georgi (GBR), além das austríacas Christina Schweinberger e Anna Kiesenhofer, e as australianas Grace Brown e Ruby Roseman-Gannon.

Diferente das principais competições internacionais, focada nas equipes, a disputa olímpica é mais individual, como destacou a própria Tota Magalhães em entrevista recente ao canal Olímpiada Todo Dia.

“É uma corrida que você não tem rádio de comunicação então você corre um pouco mais a cegas digamos assim não recebe informação do diretor da sua equipe. Então é interessante por exemplo os países que tem mais atletas, nem sempre eles correm como time, podendo se atrapalhar na comunicação entre eles, então como eu estou sozinha isso me ajuda um pouco”, destacou a brasileira.

Para Paris, Tota não tem um objetivo claro. Ela apenas quer entregar o seu melhor e aprender para suas futuras participações.

“Primeiro, obviamente, é entregar a corrida que eu sei que posso entregar em termos de performance. Porque acaba que tem muitas coisas no ciclismo que não depende apenas de você. E também acho que aprender. Porque sei que minha evolução e meu caminho até as Olimpíadas foi meio rápido. Mas entregar o melhor que eu puder e aprender ao máximo com essa experiência para chegar mirando o ouro em Los Angeles”, afirmou.

A corrida de estrada feminina acontece neste domingo, 4 de agosto, às 9 horas (de Brasília). Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV transmitem os Jogos Olímpicos no Brasil.