A empresa Hybrid Air Vehicles (HAV), com sede no Reino Unido, divulgou os detalhes do seu novo dirigível híbrido na quarta-feira (26). A tecnologia possui uma pegada de carbono muito menor do que um avião convencional.
A aeronave Airlander 10 acomodará até 100 passageiros e vai operar com 90% menos emissões do que as aeronaves convencionais, disse a empresa em um comunicado à imprensa. O dirigível requer menos combustível do que os aviões comuns devido a uma combinação de “sustentação flutuante do hélio, sustentação aerodinâmica e empuxo vetorial”, de acordo com o HAV.
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A HAV divulgou um conjunto de renderizações do interior da cabine para mostrar como será voar no Airlander 10. “Como você pode ver, é uma cabine grande, espaçosa e acessível”, disse o presidente da empresa, Tom Grundy, à CNN.
“O dirigível tem baixo ruído e baixa vibração, muito pouco em relação a qualquer efeito de turbulência com que as pessoas se preocupam em outros aviões”, acrescentou.
A aeronave também possui uma cabine despressurizada e é construída para suportar altas e baixas temperaturas, ventos fortes e até mesmo relâmpagos, seguindo os mesmos padrões regulamentares de outros aviões, diz a HAV.
Rotas do novo dirigível
As viagens aéreas do Airlander 10 não competirão com voos de longa distância ou rotas já bem servidas por conexões ferroviárias de alta velocidade, disse Tom à CNN, mas se concentrarão em unir cidades a algumas centenas de quilômetros de distância.
Algumas das rotas do dirigível serão, por exemplo, Liverpool a Belfast, Seattle a Vancouver e Estocolmo a Oslo. Tom também falou que o dirigível seria particularmente útil em países insulares como a Indonésia ou em áreas remotas do norte do Canadá.
O Airlander tem uma vantagem significativa em relação aos outros aviões convencionais porque “não dependemos da infraestrutura do aeroporto, então podemos decolar e pousar de qualquer superfície razoavelmente plana, isso inclui água”, explicou Tom.
Em termos de emissões de carbono, uma viagem do Airlander de Liverpool a Belfast, percorrendo 271 km em cinco horas e 20 minutos, produziria 4,75 kg de dióxido de carbono, enquanto um avião convencional faria 67,75 kg.
“Nossa pergunta é: por quanto tempo mais vamos pensar que é aceitável entrar nesses aviões rápidos para fazer trechos tão curtos?” disse Tom à CNN.
A empresa planeja ter três dirigíveis voando até 2023, com os primeiros passageiros sendo recebidos a bordo em 2025 para experiências de viagens de luxo, informou Tom.
Depois disso, a HAV quer entrar em negociações sobre suas primeiras rotas, nas quais os preços estarão dentro da faixa de opções de viagem existentes, finaliza o presidente da empresa.