Pesquisadores anunciaram a descoberta de uma nova colônia de pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) em uma ilha remota na Argentina.
Os pinguins foram encontrados no lado leste da Isla de los Estados, no extremo leste do Parque Nacional Terra do Fogo, no extremo sul do continente sul-americano.
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Biólogos da Wildlife Conservation Society (WCS) fizeram a descoberta enquanto pesquisavam uma colônia conhecida de pinguins-saltadores – uma espécie diferente – que vinham acompanhando por câmeras remotas há dois anos.
Quando os pesquisadores finalmente acessaram uma área inexplorada da Colônia de Rockhopper, descobriram as tocas de ninhos de pinguins de Magalhães escondidas.
Se han registrado más de 60 colonias de #pingüinos de Magallanes en las costas argentinas, y alrededor de un millón de parejas, pero la presencia de una #nuevacolonia siempre resulta una GRAN NOTICIA, porque algunas de ellas están en declive. pic.twitter.com/HYfniyZPAO
— @WCSArgentina (@wcsargentina) 20 de janeiro de 2020
De acordo com a WCS, o número exato de pinguins permanece desconhecido, mas o perímetro da nova colônia foi definido. Um censo será realizado para estimar o tamanho da população e algumas amostras de sangue foram coletadas de indivíduos para determinar sua saúde e dieta.
“Nossa equipe ficou incrivelmente empolgada ao descobrir esta nova colônia de pinguins. Quanto mais colônias soubermos existir, mais poderemos advogar por sua proteção”, disse Andrea Raya Rey, pesquisadora associada da WCS e equipe da CADIC – CONICET.
A descoberta aumenta a lista crescente de mais de 50 colônias conhecidas de pinguins de Magalhães. A maior colônia está na Reserva Provincial de Punta Tombo, uma área protegida criada na Argentina com a ajuda da WCS há mais de 50 anos.
O pinguim de Magalhães está listado como “quase ameaçado” na Lista Vermelha da IUCN. Estima-se que a população global é entre 1,1 e 1,6 milhão de pinguins e está diminuindo. As principais ameaças às espécies são mudanças climáticas, mortalidade por emaranhamento de equipamentos de pesca; pesca excessiva de espécies de presas; poluição do petróleo; coleta de ovos e ecoturismo não regulamentado.