Nasa vai impulsionar a criação de aviões elétricos

Por Redação

Nasa vai impulsionar a criação de aviões elétricos
Imagem: Harbour Air Group/EPA

Durante o próximo ano, a Nasa quer impulsionar a criação de aviões elétricos para ajudar a diminuir a emissão de carbono na indústria da aviação, o que é considerado um dos maiores desafios da crise climática.

A medida da agência acontece depois de uma pressão do presidente norte-americano Joe Biden, que deseja diminuir a emissão dos gases do efeito estufa drasticamente nos Estados Unidos e em todo o mundo.

De acordo com o The Guardian, a Nasa está pressionando as empresas a mostrarem maneiras alternativas de fornecer energia às aeronaves por meio de baterias, e não de combustível. O objetivo é fazer a transição para voos elétricos nos EUA nos próximos 15 anos.

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A Nasa vai trabalhar com companhias da área de propulsão elétrica, com testes de demonstração sub supervisão do Centro de Pesquisa de Voo Neil A. Armstrong, da prórpia agência, localizado ao norte de Los Angeles.

“A indústria costumava zombar da ideia de aviões elétricos, mas não é mais o caso. Eles estão muito interessados ​​nisso”, disse Jim Heidmann, gerente de tecnologia avançada de transporte aéreo do Centro de Pesquisa John H. Glenn da Nasa. O órgão opera uma instalação de teste de voo elétrico perto Cleveland, no estado de Ohio.

Missão antiga

A Nasa tem trabalhado no desenvolvimento dos aviões elétricos em toda a última década — mas essa não é uma missão simples. Para abastecer um jato do tamanho 737 com eletricidade, por exemplo, seria necessário ter uma bateria do tamanho do próprio avião. “Isso simplesmente não é viável, seria muito pesado para decolar, quanto mais para voar”, explicou Jim.

Por essa questão de peso, voos internacionais em grandes aviões teriam que contar com um modelo híbrido de bateria e combustível. Mas avanços na tecnologia, como o desenvolvimento de bateria de íon-lítio e outros componentes, também estão levando à criação de aeronaves elétricas movidas a hélice com baterias menores.

A Nasa já criou o X-57, um avião elétrico experimental de dois lugares. Enquanto isso, as empresas privadas focam em voos domésticos para um primeiro passo. Em 2020, um Cessna modificado que pode transportar nove passageiros fez um voo de 30 minutos bem sucedido no estado de Washington. A viagem foi mais econômica, limpa e silenciosa, de acordo com a AeroTEC e magniX, empresas que desenvolveram a aeronave.

Aviação e a emissão de carbono

O setor de aviação é responsável por cerca de 2% das emissões globais de carbono. A expectativa ainda é que essa parcela aumente à medida em que os voos se recuperarem, após a pandemia da Covid-19, e outros setores comecem a adotar a energia renovável.

Pesquisadores alertaram que as viagens aéreas podem consumir até um quarto do “orçamento de carbono” que o mundo tem antes de chegar a um aquecimento global de mais de 1,5 °C, que pode levar a desastres climáticos severos.







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