Um evento raro de morte misteriosa de pássaros está atualmente varrendo diversas regiões dos Estados Unidos, principalmente Sul e no Centro-Oeste. Ainda não se sabe se as mortes em massa são causadas por uma doença ou condições climáticas, mas um conjunto de sintomas comuns está tomando forma e sendo analisado por especialistas.
O que sabe por enquanto é que, aparentemente, esses pássaros que têm sido encontrados mortos aos milhares se comportam como se fossem cegos, e não evitam os humanos. As aves apresentavam olhos inchados e cobertos por um tipo de crosta, ainda não confirmados como causa da ‘cegueira’.
É possível, também, que a doença ou condição que vem causando a morte misteriosa dos pássaros esteja afetando a saúde neurológica das aves, já que muitas delas foram vistas perdendo o equilíbrio e tremendo de uma forma que poderia indicar convulsões.
O caso já foi relatado em vários estados, incluindo Kentucky, Washington D.C., Ohio, Indiana, Maryland, Virgínia e West Virginia. Embora já se saiba que a condição não se limita a uma única espécie de aves, uma postagem no Facebook do Departamento de Recursos de Pesca e Vida Selvagem de Kentucky indica que algumas aves parecem ser mais comumente afetadas pela doença do que outras.
“Estamos recebendo relatos de pássaros doentes e moribundos com inchaço nos olhos e secreção crostosa, bem como sinais neurológicos. Nenhuma causa definitiva de morte foi identificada até o momento, mas sabemos que espécies como Blue Jays, Grackles Comuns e estorninhos europeus estavam entre as espécies afetadas.”, diz o post.
De acordo com um relatório da NBC News, a bióloga Laura Kearns, da Divisão de Vida Selvagem de Ohio, expressou que doenças infecciosas, pesticidas e até mesmo um surto de cigarras são suspeitos. Ainda não se sabe se as mortes podem estar também relacionadas ao evento parecido de mortalidade de aves que aconteceu no Novo México, no ano passado.
Uma investigação está em andamento para tentar identificar a causa ou causas por trás das mortes em massa, embora as respostas, segundo os especialistas, ainda devam demorar.