Único glaciar de topo de montanha remanescente na Suécia – e que até 2019 também era o pico mais alto do país – o maciço do Kebnekaise perdeu mais de dois metros de altura no último ano devido ao aumento da temperatura causado pelo aquecimento global, diz um estudo divulgado pela Universidade de Estocolmo.
+ Viagem do sonho: As belezas da Patagônia chilena
+ Como é uma prova de corrida de montanha
+ Metade dos glaciares do mundo pode desaparecer até 2050
Em 2019, o pico sul do Kebnekaise já havia sido rebaixado para o segundo lugar no ranking das montanhas mais altas da Suécia depois que um terço de sua geleira derreteu. O pico norte do Kebnekaise, onde não há geleira, é agora o ponto mais alto do país nórdico.
“No dia 14 de agosto, o pico sul do Kebnekaise foi medido a 2.094,6 metros (6.912 pés) acima do nível do mar por pesquisadores da estação de pesquisa Tarfala. Esta é a altura mais baixa que foi medida desde que as medições começaram na década de 1940 ”, aponta o relatório divulgado pela Universidade.
“A diminuição do pico e a mudança na sua aparência podem ser explicados principalmente pelo aumento da temperatura do ar, mas também pela mudança das condições do vento, que afetam onde a neve se acumula no inverno”, acrescenta o texto.
Cientistas da Universidade de Estocolmo dizem ainda que as mudanças refletem um aquecimento de longa data do clima da Suécia, citando o recente relatório do painel climático da ONU, que disse que o aquecimento global causou um derretimento sem precedente das geleiras e estava perto de uma espiral fora de controle.
O pico sul de Kebnekaise media até 2.118 metros em meados da década de 1990. O maciço está localizado a cerca de 150 km ao norte do Círculo Polar Ártico, na cordilheira das Montanhas Escandinavas, que se estende por grande parte do norte da Noruega e da Suécia, e faz parte do Patrimônio Mundial de Lapônia.