Atualização, 20 de maio: Vários veículos de notícias relataram que o segundo montanhistas mongol, Purevsuren Lkhagvajav, foi confirmado morto no Monte Everest. Segundo o Everest Chronicle, Pemba Sherpa, diretor administrativo da 8K Expeditions, disse que as autoridades identificaram o corpo de Lkhagvajav a 8.290 metros de altitude. No domingo, 19 de maio, autoridades da empresa de expedição informaram ao The Himalayan Times que os socorristas recuperaram um celular de um dos montanhistas. Os socorristas examinaram o aparelho e viram uma imagem da dupla no cume da montanha.
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Matéria original, 17 de maio: Uma tragédia atingiu a montanha mais alta do mundo.
Na sexta-feira (17), autoridades da empresa de guias 8K Expeditions confirmaram a morte do montanhista mongol Usukhjargal Tsedendamba, informando aos veículos de notícias que seu corpo foi encontrado logo abaixo do cume do Monte Everest, a aproximadamente 8.530 metros de altitude.
Tsedendamba era um dos dois montanhistas mongóis desaparecidos na montanha desde segunda-feira, 13 de maio. Ele e seu companheiro de equipe, Purevsuren Lkhagvajav, perderam contato com o Campo Base após partirem do Campo IV na tarde de domingo. O desaparecimento deles desencadeou uma busca no cume, que foi dificultada por ventos fortes e mau tempo. Na quarta-feira, dois alpinistas que chegaram ao cume disseram ter visto dois corpos logo abaixo do topo. Então, na sexta-feira, os buscadores confirmaram que um dos corpos era de Tsedendamba.
Pemba Sherpa, gerente da 8K Expeditions, disse ao Explorersweb que os socorristas ainda não confirmaram se o segundo corpo é de Lkhagvajav.
“A equipe de busca e resgate encontrou um dos alpinistas desaparecidos nesta manhã no Cume Sul do Everest, a aproximadamente 8.550 m”, disse Lakpa Sherpa. “Outro corpo foi encontrado um pouco mais abaixo, logo acima da Face Triangular, mas sua identidade ainda precisa ser verificada. Os socorristas só conseguiram tirar fotos do corpo antes de recuar em condições difíceis.”
Os dois homens desapareceram enquanto tentavam alcançar o cume durante uma breve janela de bom tempo. Na sexta-feira, 10 de maio, uma equipe de fixadores de cordas nepaleses chegou ao topo do Everest, e seu sucesso motivou uma onda inicial de montanhistas a tentar o cume. Mas as condições calmas rapidamente deram lugar a ventos fortes na segunda-feira, 13 de maio. Segundo o Explorersweb, a mudança dramática no clima forçou várias dezenas de montanhistas a voltar acima do Campo IV.
Três dias após o início da busca, o site Everest Chronicle citou um oficial nepalês dizendo que seria “milagroso” se os dois fossem encontrados.
“Nenhum alpinista, que eu me lembre, sobreviveu por tanto tempo naquela altitude”, disse o oficial. Ambos os homens desapareceram na chamada “zona da morte” acima de 8.000 metros, onde a baixa concentração de oxigênio cria um ambiente letal, mesmo para alpinistas usando oxigênio suplementar.
Segundo o Everest Chronicle, tanto Tsedendamba quanto Lkhagvajav faziam parte de uma expedição de nove pessoas da Mongólia que havia contratado a 8K Expeditions para a temporada de 2024. Autoridades da empresa de guias disseram que a equipe mongol havia solicitado apenas serviços no Campo Base—eles não buscaram apoio de Sherpas nem oxigênio engarrafado extra para a escalada real.
“Eles estavam confiantes em suas habilidades e força, nos disseram que eram montanhistas profissionais e não precisavam de suporte de Sherpas”, disse Lakpa Sherpa ao Everest Chronicle. “Nós até oferecemos nossos guias de graça, mas eles recusaram a oferta.”
A descoberta de Tsedendamba marca a primeira fatalidade confirmada da temporada de 2024 e ocorre relativamente tarde no ano. Em 2023, três trabalhadores de alta altitude morreram em 13 de abril quando uma torre de gelo desabou no Khumbu Icefall; um americano chamado John Sugarman morreu em 1º de maio devido a uma doença. No total, 18 montanhistas morreram, igualando o recorde de mais mortes em uma temporada.