Visitar entes queridos durante a pandemia tornou-se uma tarefa difícil. Tem pessoas que resolveram fazer travessias atlânticas para rever os pais. E há histórias como a do menino Romeo Cox, de 11 anos, que decidiu caminhar com o seu pai da Itália até a Inglaterra para abraçar sua avó.

Romeo, que vive em Palermo, na região da Sicília (Itália), não via a sua avó, Rosemary, 77, desde o ano passado, quando seus pais se mudaram da Inglaterra para a Itália.

Em junho, não havia voos de sua nova casa para Reino Unido, o que impedia a família de fazer a viagem. Então, o menino, cheio de saudades da avó, decidiu que queria de qualquer forma encontrá-la. Junto com o sue pai, Phil Cox, 46, eles partiram em uma jornada a pé no dia 25 de junho rumo à Londres.

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5.15am e andiamo! ?????

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Pai e filho cruzaram quatro países no trajeto completo, completando 2,8 mil quilômetros no dia 21 de setembro, após 93 dias de caminhada. Mas, assim que chegaram em Londres, o menino ainda cumpriu junto com seu pai um período de 14 dias em quarentena antes do tão esperado abraço na avó.

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Os pais do menino demoraram a ser convencidos, mas Romeo finalmente convenceu-os a deixá-lo fazer a viagem. “Eu perguntei aos meus pais e eles disseram não mais do que 50 vezes”, disse ele ao The Daily Mail. “Eventualmente, eles concordaram – desde que planejássemos que tudo fosse seguro para a Covid.”

Antes da viagem, Romeo transformou seus planos em ação. “Eu desenhei um mapa. Eu andaria e pegaria barcos e faria isso naturalmente para ajudar o planeta”, disse ele ao Times. “E eu levaria papai. Seria útil ter um adulto.”

No decorrer de suas viagens, pai e filhos passaram muitas noites sob as estrelas. Eles também foram forçados a se defender de cães selvagens, se perderam uma ou duas vezes, ficaram com os pés doloridos, fizeram amizade com um burro selvagem e foram voluntários em um campo de refugiados no norte de Calais, na França.

Mas Romeu tinha outro motivo além de encontrar sua avó. Durante a viagem, ele queria arrecadar dinheiro para ajudar crianças refugiadas. Seu melhor amigo, Randolph, é refugiado, e sua  família muitas vezes foi forçada a marchar quilômetro após quilômetro enquanto viajavam de Gana para a Itália.

“Ele caminhou ainda mais longe do que eu nesta viagem, mas sem comida e água e com medo. Ele estava arriscando sua vida ”, disse Romeo ao Metro News. “Randolph me ajudou quando eu vim para a Sicília, então eu queria ajudá-lo e também a outras crianças vulneráveis.”

Romeo conseguiu arrecadar cerca de £ 14.000 (cerca de R$ 103 mil) em doações para o Refugee Education Across Conflicts Trust, e está bem perto de sua meta de £ 15.000.

Veja o encontro emocionante:

 







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