As 14 melhores ilhas do mundo para aventuras ao ar livre

Por Alexandra Gillespie

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Uma vista do alto na Lagoa das Sete Cidades, em Açores, Portugal. Foto: Marco Bottigelli / Outside.

Ilhas são muito mais do que praias e coqueiros. Ao longo das minhas viagens, descobri que elas são lugares onde aventuras raras florescem — sua localização isolada permite que o tempo e a tradição moldem experiências que você não encontrará no continente.

Embora a ideia de paraíso em uma ilha seja diferente para cada pessoa (sem julgamentos se você prefere relaxar à beira da piscina), eu sou atraída por ilhas que me desafiam a novas aventuras.

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Amo um lugar onde posso descer até um cânion em uma caminhada num dia e mergulhar entre corais no outro, depois mergulhar em uma cultura completamente diferente — como andar de moto em uma cidade no Vietnã, trocar goles de saquê no Japão ou tentar (e falhar) cortar espirais em um minúsculo abacaxi nas Ilhas Maurício.

O famoso restaurante The Rock, construído sobre uma ilha rochosa flutuante em Zanzibar. Foto: Paul Biris / Outside.

Seja você um aventureiro em busca de trilhas escondidas, penhascos para escalada ou pistas de esqui com vista para o oceano, ou apenas alguém querendo relaxar na praia perfeita, esta lista tem tudo o que você precisa. Estas ilhas selvagens estão entre as mais belas e impressionantes do mundo.

1. Channel Islands, Califórnia

O farol da Ilha Anacapa foi construído devido a acidentes marítimos nas águas de Channel Islands, que são frequentemente envoltas em neblina e apresentam fortes correntes. Foto: Tim Hauf / timhaufphotography.com / Outside.

Cinco das seis Ilhas do Canal —Anacapa, Santa Bárbara, Santa Cruz, San Miguel e Santa Rosa — formam o Parque Nacional de Channel Islands, um dos menos visitados do país (50º entre os 63 parques nacionais dos EUA). Um passeio de balsa, que pode durar de uma a quatro horas dependendo da ilha escolhida, transporta você para uma paisagem de vistas deslumbrantes do Pacífico, pradarias abertas e montanhas recortadas.

Pegue o caminho menos percorrido em uma caminhada de ida e volta de 14 milhas (cerca de 22,5 km) na trilha Point Bennett, na Ilha San Miguel, que termina em uma praia inclinada repleta de pinípedes. Quando cheguei lá, fui recebida pelo rugido ensurdecedor de centenas de focas e leões-marinhos. (Mas cuidado: nesta ilha em particular, não saia da trilha demarcada — detritos de exercícios militares da metade do século XX ainda representam risco de explosivos não detonados em áreas não verificadas.)

Se optar por passar a noite em qualquer uma das ilhas do parque, seja acampando em áreas remotas ou em locais mais acessíveis, a recompensa será a mesma: um céu californiano intocado pela poluição luminosa.

Separada do parque nacional está a Ilha Catalina, onde búfalos selvagens pastam nas colinas, remanescentes de uma filmagem da Era de Ouro de Hollywood. Aqui, você pode percorrer os impressionantes 62 km da Trilha Trans-Catalina, uma travessia desafiadora marcada por vegetação árida e vistas do oceano.

No mar, baleias-cinzentas emergem no inverno, enquanto baleias-azuis deslizam no verão, transformando o oceano em palco para os maiores espetáculos da natureza. Sob a superfície, as águas são um verdadeiro espetáculo de vida.

Cada ilha tem sua personalidade única. No Casino Point, em Catalina, você pode mergulhar diretamente no mar por escadas que levam a florestas de algas repletas de garibaldis e, se tiver sorte como eu, enormes robalos-do-pacífico.

Ou então, embarque em uma expedição de mergulho de um dia para explorar os encantos de Anacapa, onde nudibrânquios Spanish shawl e peixes-cabra-californianos deslizam por entre as altas florestas de algas. Já em Santa Cruz, você pode explorar cavernas marítimas de caiaque. Para os visitantes do parque que possuem licença de pesca da Califórnia, a recompensa pode ser deliciosa: nenhuma vieira jamais teve um sabor tão bom quanto a que eu arranquei de uma rocha na costa de San Miguel, carreguei por quilômetros em uma bolsa cheia de água do mar e fritei na manteiga clarificada ao pôr do sol.

2. Kauai, Havaí

As dramáticas falésias, ou pali, da Costa Na Pali, em Kauai, são melhor vistas de barco. Da água, é possível apreciar a altura—de até 1.200 metros—das falésias, além de observar cachoeiras e praias desertas. Foto: Tasha Zemke / Outside.

Em Kauai, a natureza reina absoluta. Com 90% de suas exuberantes florestas tropicais, falésias recortadas e praias escondidas inacessíveis de carro, este paraíso selvagem exige ser explorado a pé, de caiaque ou pelo ar.

Ao longo da Costa Na Pali, percorra a lendária Trilha Kalalau, de 18 km, que se agarra a falésias que despencam no Pacífico turquesa. Depois, reme pelo Rio Wailua, atravessando uma floresta densa até cachoeiras sagradas ocultas. Talvez prefira se aventurar em uma tirolesa que corta as copas da selva ou descer de boia por túneis escavados em rochas vulcânicas há séculos.

Para os surfistas, Kauai é um chamado irresistível. A cada inverno, as lendárias ondas da Baía de Hanalei se transformam em paredes de água furiosas, testando até os surfistas mais experientes, enquanto as ondulações do verão são mais suaves e acolhem iniciantes. Novatos podem pegar suas primeiras ondas nas marolas tranquilas de Poʻipū ou encontrar o ritmo nas ondas confiáveis da Praia de Kealia. Para os caçadores de adrenalina, há os perigosos recifes afastados da Praia Shipwreck e de Polihale, onde as ondas quebram com força avassaladora.

Mergulhe nas águas cristalinas de Poʻipū para nadar com tartarugas marinhas ou sobrevoe os picos ondulantes do Cânion de Waimea em um helicóptero. À noite, viva a cultura tradicional de Kauaʻi em um luau, onde a música e a dança trazem à tona a vibrante alma da ilha.

3. Isle Royale, Michigan

Um trekking ao lado de arbustos da flor silvestre conhecida como thimbleberry, que cresce abundantemente na ilha. Foto: Cortesia NPS / Outside,

Isle Royale reduz a natureza à sua essência mais pura, com trilhas que cortam florestas imponentes e se abrem para vistas infinitas sobre a água. Situada nas águas frias e cristalinas do Lago Superior, este Parque Nacional de Isle Royale — 98% intocado —é um refúgio para aventureiros da primavera ao outono. Percorra os 64 km da Trilha Greenstone Ridge para apreciar panoramas que fazem você se sentir no fim do mundo. Ou mergulhe nas profundezas do lago para explorar os destroços fantasmagóricos do Emperor, um cargueiro de aço de 160 metros, ou do Glenlyon, com 100 metros—lembranças assombrosas do poder implacável do Lago Superior.

Lobos-cinzentos e alces vagueiam livremente, em uma dança inquietante de predador e presa, parte de um icônico estudo de décadas sobre as dinâmicas populacionais voláteis da região.

O céu noturno é uma obra-prima celestial, intocado pelas luzes da cidade. Observar as estrelas em Scoville Point pode até lhe render um vislumbre das enigmáticas Luzes do Norte.

Seja pescando trutas, remando por águas serenas ou apenas absorvendo a imponência silenciosa do lugar, Isle Royale exige que você se perca em seu interior selvagem.

4. Ilha Grande da Terra do Fogo, Patagônia Chilena e Argentina

Caiaques encalhados na Isla Merino Jarpa, na costa da Patagônia Chilena. Foto: Jake Stern / Outside.

Terra do Fogo, uma terra de picos recortados, costas castigadas pelo vento e uma beleza arrebatadora, é o último sussurro do mundo antes da Antártica. Caminhe ao longo do Canal de Beagle pela Senda Costera ou desafie-se na íngreme Trilha Cerro Guanaco para vistas deslumbrantes de montanhas mergulhando em águas geladas. Para os mais audaciosos, há a Trilha Dientes de Navarino—uma das rotas de trekking mais austrais do planeta.

No Parque Nacional da Terra do Fogo, guanacos pastam, condores planam e golfinhos cortam as baías cristalinas. Faça um passeio no Trem do Fim do Mundo, que percorre um trecho pitoresco de 6,4 km da ferrovia mais ao sul do planeta, originalmente construída para transportar prisioneiros.

Mergulhe na história na Estância Harberton, uma fazenda rural administrada pela quarta, quinta e sexta geração dos primeiros missionários europeus permanentes a chegarem aqui—uma experiência que oferece uma visão rara das primeiras relações entre os Yámana e os colonos.

No inverno (de junho a outubro), deslize pela neve fresca de Cerro Castor, a estação de esqui mais ao sul da Argentina, ou aventure-se em trilhas de raquetes de neve e corridas de trenós puxados por cães.

5. Dominica

Dominica está situada entre o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe. Esta imagem mostra a costa atlântica, perto de Calabishi, uma vila localizada na deslumbrante costa nordeste da ilha. Foto: Bob Krist / Outside.

Dominica é intocada e inesquecível. Calce suas botas para percorrer os 185 km da Waitukubuli National Trail, a trilha mais longa do Caribe, que atravessa florestas tropicais vibrantes, cachoeiras imponentes e picos envoltos em névoa. Depois, caminhe até o Boiling Lake, um caldeirão de água fumegante no meio da selva, onde você pode relaxar em fontes termais vulcânicas naturais e banhos de lama.

Para os amantes da água, Dominica lançou recentemente uma inovadora trilha de caiaque de 32 milhas náuticas ao redor da ilha — uma jornada de seis dias por águas intocadas. Você pode mergulhar de snorkel ou cilindro no Champagne Reef, onde fontes vulcânicas borbulham do fundo do oceano, criando um espetáculo subaquático deslumbrante.

A observação de baleias aqui vai muito além de um simples avistamento de barco. Em Dominica, lar de uma população residente de cachalotes, o encontro acontece na água. Nadar ao lado desses gigantes gentis é uma experiência transformadora.

6. Bay Islands, Honduras

Caiaque no Mar do Caribe, Roatán, Honduras. Foto: Antonio Busiello / Getty / Outside.

Bay Islands são três joias de beleza natural e maravilhas subaquáticas: Roatán, Utila e Guanaja. Caminhe pelos Jardins Botânicos Carambola, em Roatán, explorando 40 hectares de floresta tropical até mirantes que revelam o mar infinito. Ou suba até o topo da Pumpkin Hill, em Utila, para uma vista panorâmica que se estende até o horizonte. A biodiversidade das ilhas, de pássaros tropicais a criaturas marinhas, envolve você em cada passo.

Essas ilhas são um paraíso para mergulhadores. De março a abril e de outubro a dezembro, tubarões-baleia—gentis gigantes maiores que um ônibus escolar—deslizam pelas profundezas. O naufrágio do Halliburton repousa eternamente sob as águas, enquanto outro ponto de mergulho revela recifes de corais vibrantes.

Caiaque pelas florestas de manguezais de Utila ou reme pelas águas tranquilas de West End, em Roatán, onde sua única companhia será o canto dos pássaros e o som suave dos remos tocando a superfície.

7. Ilha Cát Bà, Vietnã

Torres se erguem sobre as águas verde-esmeralda da Baía de Lan Ha. Foto: Alexandra Gillespie / Outside.

Minhas memórias da Ilha Cát Bà são como fotografias Polaroid desbotadas, suavizadas pelo tempo. Mesmo depois de seis anos, ainda revisito mentalmente as cenas daquela ilha rústica e linda em um dos meus países favoritos.

A Baía de Lan Ha é a joia de Cát Bà, onde imponentes formações de calcário emergem da água verde-jade, criando uma paisagem de outro mundo. Pense na Baía de Ha Long, mas sem as multidões. Você pode remar de caiaque por lagoas escondidas e deslizar ao lado de vilarejos flutuantes de pescadores. Quando estive lá em 2018, um passeio de barco privado para duas pessoas custava apenas US$ 80, incluindo uma excursão de caiaque.

Para os escaladores, há quase 200 vias esportivas com corda ou a opção de deep-water soloing, onde, ao cair, você mergulha diretamente no mar—ou simplesmente salta do topo por pura adrenalina.

No interior da ilha, sob sua superfície, cavernas labirínticas sussurram histórias assombrosas da guerra, e um hospital à prova de bombas, usado durante a Guerra Americana (conhecida no Ocidente como Guerra do Vietnã), ainda permanece de pé como um museu.

Na superfície, o Parque Nacional Cát Bà cobre um terço da ilha, com trilhas que serpenteiam por selvas, sobem picos envoltos em névoa e atravessam terrenos ricos em vida selvagem. Caminhe por 2,4 km quase verticais e úmidos até o topo do Pico Ngu Lam para vistas deslumbrantes (apesar das rochas escorregadias que quase torceram meu tornozelo), ou enfrente a desafiadora trilha de Ao Ech, que corta a floresta até a remota Vila Viet Hai.

Quando chegar a hora de relaxar, pegue uma balsa para a vizinha Ilha dos Macacos, onde primatas atrevidos garantem boas risadas na praia. Ou chegue lá a pé, após uma noite no Monkey Island Resort, que serviu um churrasco de frutos do mar fresco que ainda aparece nos meus sonhos.

8. Taiwan

A cidade de Taipei, com a icônica torre Taipei 101, cercada pelas montanhas. Foto: Chan Srithaweeporn / Getty / Outside.

Em Taiwan, aventura se encontra com paisagens deslumbrantes e uma cultura vibrante. Comece pelas trilhas: explore os penhascos de mármore do Desfiladeiro de Taroko ou assista ao nascer do sol sobre florestas ancestrais em Alishan. Para um desafio urbano, suba a Montanha do Elefante e contemple o horizonte de Taipei, com o icônico Taipei 101 perfurando as nuvens.

As montanhas selvagens de Taiwan, como a Jade Mountain—com quase 4.000 metros de altitude, o pico mais alto da região, localizado no Parque Nacional Yushan—convidam os aventureiros a subirem acima das nuvens, onde ursos-negros de Formosa rugem e aves raras, como o faisão-mikado endêmico, cruzam o caminho.

Se o mar chamar seu nome, siga para o Parque Nacional Kenting, onde recifes de coral vibram com vida sob as ondas, ou pegue a prancha e surfe na Praia de Jialeshui.

Os ciclistas podem percorrer rotas que contornam o famoso Lago Sol e Lua ou desafiar as colinas ondulantes da Rota Nantou. Para escalada, os penhascos de arenito de Long Dong se erguem acima de ondas furiosas, oferecendo uma experiência tão intensa quanto a paisagem ao redor.

9. Lofoten Islands, Noruega

A aurora boreal sobre o pico Festhelltinden e Hamnøy, nas Ilhas Lofoten, Noruega. Foto: Francesco Vaninetti Photo / Getty / Outside.

Esculpidas por geleiras e suavizadas por águas geladas, as Ilhas Lofoten são um paraíso nórdico para aventureiros. No verão, caminhe pela espinha dorsal do arquipélago na Long Crossing, uma trilha de 160 km, ou suba o Reinebringen para uma vista panorâmica inesquecível. Para um desafio maior, enfrente os picos mais altos, como o Hermannsdalstinden, ou escolha rotas mais curtas, como Festvågtind, onde cada paisagem parece saída de um cartão-postal.

As ilhas são conhecidas pelo clima imprevisível, mas a estação mais seca ocorre de maio a agosto, enquanto outubro costuma ser o mês mais chuvoso. Esse período seco também oferece os dias mais longos, com uma média de sete a oito horas de luz. De maio a meados de julho, o Sol da Meia-Noite ilumina o céu sem descanso. Já a Noite Polar—quando o sol não aparece no horizonte por mais de 24 horas—vai do início de dezembro ao início de janeiro e coincide com altos índices de precipitação.

De janeiro a março, troque as botas de caminhada pelos esquis e deslize por encostas que mergulham em fiordes reluzentes. Estações como a Lofoten Ski Lodge oferecem descidas cobertas de neve com vistas para o oceano, uma experiência única no mundo do esqui. Se preferir estar na água, reme pelos majestosos fiordes cercados por montanhas nevadas ou lance uma linha para pescar bacalhau nas águas gélidas onde os vikings uma vez pescaram.

E se estiver por lá entre outubro e janeiro, vista um traje seco e mergulhe ao lado de orcas enquanto elas caçam arenques nos fiordes cristalinos—um encontro visceral e eletrizante com o predador supremo do oceano. Ao cair da noite, olhe para o céu: as Luzes do Norte frequentemente dançam em tons de verde e roxo (especialmente de outubro a meados de março).

10. São Miguel, Açores, Portugal

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Açores, Portugal. Foto: Marco Bottigelli / Outside.

São Miguel é um playground vulcânico à deriva no Atlântico, onde a aventura pulsa em trilhas escondidas, ondas encapeladas e fontes termais fumegantes.

Explore as cristas escarpadas de Sete Cidades, onde lagos gêmeos azul-safira brilham abaixo dos caiaques, ou siga os caminhos sinuosos até a Lagoa do Fogo, um lago de cratera de beleza surreal. Encare os desfiladeiros da Ribeira dos Caldeirões, descendo de rapel por cachoeiras até piscinas secretas. Ou mergulhe nas águas cristalinas ao largo de Vila Franca do Campo, onde baleias e golfinhos deslizam ao lado do barco. O surfe em Portugal não se resume às ondas gigantes de Nazaré: surfistas experientes podem enfrentar as poderosas ondulações da Praia de Ribeira Grande, em São Miguel.

São Miguel também é um lugar para saborear com calma. Quando quiser desacelerar, percorra a Gorreana, a única plantação de chá da Europa, onde a brisa salgada do oceano impregna cada folha. Depois, relaxe nas fontes termais ricas em minerais de Furnas, onde a terra borbulha sob seus pés, ou passeie pelo paraíso botânico do Parque Terra Nostra, lar de mais de 600 variedades de camélias, uma das maiores coleções do mundo. Termine o dia com um Cozido das Furnas, um ensopado tradicional cozido no subsolo pelo calor geotérmico—uma experiência culinária tão autêntica e intensa quanto a própria ilha.

11. Córsega, França

Trail run pelos desfiladeiros de Spelunca, em Ota, Córsega. (Foto: Steve Roszko / Outside.

A Córsega é uma aventura onde montanhas, mar e céu se encontram. Para os caminhantes mais experientes, a GR20 é uma trilha épica de 180 km que atravessa as cadeias rochosas da ilha, onde picos de granito e vistas imensas lembram o quão pequeno somos diante da natureza. Mas há opções para todos: leve a família para um passeio costeiro no Cap Corse ou maravilhe-se com as torres serrilhadas das Aiguilles de Bavella. Para os escaladores, os penhascos vermelhos das Calanques de Piana oferecem uma experiência desafiadora com vista para o Mediterrâneo.

As águas da Córsega são cristalinas. Mergulhe na Reserva Natural de Scandola, um Patrimônio Mundial da UNESCO, onde falésias mergulham em um ecossistema marinho vibrante, repleto de caranguejos, golfinhos-nariz-de-garrafa e mais de 450 espécies de algas marinhas. Reme ao longo do Golfo de Porto para descobrir enseadas escondidas ou faça snorkel nos recifes coloridos da Praia de Palombaggia.

Mesmo no inverno, a Córsega continua chamando. Esquie em Val d’Ese para vistas que se estendem até o mar, ou encare as sete pistas de Ghisoni, onde as montanhas e o oceano se encontram no horizonte.

12. Moorea, Polinésia Francesa

Início da trilha Les Trois Cocotiers, parte da corrida de trilha Xterra Tahiti, em Moorea. Foto: Rebecca Taylor / Outside.

Moorea é um paraíso que costura a linha entre picos exuberantes e mares cristalinos. Suas trilhas revelam cenários em constante mudança, desde as subidas íngremes e emocionantes do Monte Rotui—com vistas panorâmicas para duas baías—até os caminhos sombreados pela floresta tropical na Trilha dos Três Cocos. Para quem busca uma caminhada curta, mas recompensadora, a Trilha da Montanha Mágica, com apenas 3 km, se eleva a mais de 400 metros de altitude para revelar um panorama de águas azul-turquesa. Para uma dose extra de adrenalina, as tirolesas do Tiki Parc oferecem uma vista aérea impressionante da paisagem verdejante.

Mas as verdadeiras maravilhas de Moorea estão sob suas águas. As lagoas cristalinas da ilha são santuários para mergulho com snorkel, onde recifes coloridos florescem. Reme em um caiaque de fundo transparente, vendo o oceano se desenrolar sob seus pés, ou explore de perto os recifes mergulhando na Praia de Temae. Moorea coloca você frente a frente com os gigantes gentis do oceano—seja ao observar os golfinhos residentes brincando na esteira de um barco ou ao testemunhar a majestade das baleias-jubarte.

13. Zanzibar, Tanzânia

Stone Town, na Ilha de Zanzibar, Tanzânia, faz parte do antigo porto comercial da Cidade de Zanzibar. A cidade abriga mesquitas, um antigo palácio do sultão com uma torre de relógio e um forte histórico com um anfiteatro de pedra. Foto: Reprodução / Outside.

Zanzibar é um cruzamento dos sentidos. Sob suas águas azul-turquesa, os recifes ganham vida—mergulhe no Atol de Mnemba, onde a biodiversidade marinha rivaliza com a de qualquer aquário, ou explore os vastos jardins de corais de Nungwi. Para os mais aventureiros, o Recife de Kizimkazi oferece mergulhos remotos, onde golfinhos rodopiam nas correntes e tubarões de recife deslizam em silêncio elegante.

Acima das ondas, os ventos constantes e as águas rasas da Praia de Paje fazem dela um verdadeiro paraíso para o kitesurfe, atraindo entusiastas do mundo todo. E, muito acima do mar, paraquedistas planam sobre as paisagens exuberantes da ilha, com o Oceano Índico cintilando à frente e aterrissagens raras diretamente na areia branca da praia.

Prefere algo mais tranquilo? Reme de caiaque pelas costas serenas de Zanzibar, entre manguezais e lagoas intocadas pelo tempo.

Mas Zanzibar vai além de suas praias—ela respira história. Em Stone Town, uma cidade comercial costeira de influência suaíli e patrimônio da UNESCO, cada esquina conta uma história. Visite o Antigo Forte, perca-se na agitação do Mercado Darajani ou descubra os sabores únicos da ilha em um tour gastronômico que mescla influências suaílis, árabes e indianas.

14. Ilha Grande, Brasil*

Praia do Aventureiro, na Ilha Grande. Foto: Shutterstock.

A Ilha Grande é um refúgio de vida selvagem no litoral do Rio de Janeiro. Com águas cristalinas e praias intocadas, ela oferecem o cenário perfeito para velejar entre enseadas escondidas ou encarar as ondas em picos como Lopes Mendes, uma das praias mais bonitas do mundo.

Para os escaladores, os paredões de granito oferecem desafios em meio à Mata Atlântica preservada, enquanto trilhas sinuosas conectam a ilha de ponta a ponta. O trekking até o Pico do Papagaio, a 982 metros de altitude, recompensa os aventureiros com uma vista panorâmica espetacular do oceano e das montanhas cobertas de verde.

Além da adrenalina, Ilha Grande convida à contemplação. Faça snorkel nas águas cristalinas da Lagoa Azul, explore as ruínas do presídio de Cândido Mendes ou simplesmente deixe-se levar pelo ritmo tranquilo da ilha, onde a natureza dita o tempo.

Alexandra Gillespie é uma jornalista free lancer especializada em viagens aquáticas e ao ar livre. Foi editora da revista Scuba Diving e agora contribui para a Outside.

*Trecho adaptado para a Go Outside.