Mordida por cobra jararaca três vezes, médica pegou Covid mas tem alta

Por Redação

cobra jararaca
Reprodução Instagram

Dieynne Saugo, a médica picada por uma cobra jararaca durante um banho de cachoeira no Mato Grosso, teve alta, depois de mais de 20 dias hospitalizada, sendo dez deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A médica passou por três cirurgias e ainda foi diagnosticada com covid-19, mas finalmente estará liberada do hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP).

“Depois de todas essas complicações. Depois de todo esse combate. Depois de ter tido o livramento da morte. Chegou a hora mais esperada: voltar pra casa curada e recuperada!!!”, escreveu a médica em uma publicação em sua conta de Instagram.

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O tratamento terá custo de cerca de R$ 300 mil e a família está arrecadando recursos por meio de uma vaquinha virtual. Já foram arrecadados R$ 229 mil. De acordo com familiares, só os custos da internação no Albert Einstein correspondem a R$ 200 mil, além dos R$ 50 mil de traslados entre Mato Grosso e São Paulo.

Cobra jararaca: três picadas

O acidente foi insólito: enquanto ela tomava banho de cachoeira em Nobres, no Mato Grosso, uma cobra jararaca de cerca de dois metros de comprimento caiu junto com a água e picou-a duas vezes. É possível vê-la gritando por socorro em um vídeo feito por amigos. Ela foi atendida prontamente e ficou internada desde 3 de setembro em São Paulo. Por conta da potência do veneno da cobra jararaca, ela precisou de vários procedimentos cirúrgicos, como uma cirurgia no braço, além de sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.

A picada da cobra jararaca causou inchaço e sem cuidados imediatos, poderia ter tido sequelas como necrose e até amputação do membro. O atendimento imediato foi em um hospital em Cuiabá, onde passou por cirurgia e foi internada em estado grave na UTI. A pousada em que a médica estava hospedada não tinha soro antiofídico. Na quinta-feira (3), ela foi transferida de táxi aéreo do Complexo Hospitalar de Cuiabá para São Paulo, onde passou por uma cirurgia no braço na sexta-feira (4).

Por ter passado por uma traqueostomia, ela não conseguia falar. Mas a médica gravou um vídeo, legendado, em que diz: “Eu sou a prova viva de que os milagres existem!!! E que o bem sempre vence”.