A carreira de Mark Cavendish o levou pelos quatro cantos do globo, do Rio de Janeiro a Melbourne, do Ártico à África do Sul. Mas a lenda do ciclismo ainda não havia pisado em um dos grandes celeiros do ciclismo de estrada mundial: a Colômbia.

Isso mudou recentemente, quando Mark chegou à América do Sul para o Tour Colômbia, que começa nesta terça-feira (6). A corrida de seis dias retorna ao calendário após uma pausa de quatro anos. É o início da rota improvável de Cavendish em direção ao seu objetivo final neste ano, vencer uma etapa do Tour de France.

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“Não posso acreditar que depois de tantos anos, é minha primeira vez na Colômbia”, disse Cavendish em depoimento no Lago Sochagota, a três horas ao norte da capital, Bogotá.

“Passamos uma semana em Medellín, que foi incrível, e depois viemos para cá, para Paipa [onde a corrida começa]. O único problema foi que não consegui respirar por duas semanas. Mas agora entendo por que os ciclistas da Colômbia brilham quando descem ao nível do mar.”

Cavendish passou por um intenso treinamento de três semanas em altitude na Colômbia. A viagem é parte do seu cronograma de treinos até o Tour de France, onde tentará conquistar mais uma vitória de etapa – sua 35ª – e se distanciar do recorde do Tour que compartilha com o belga Eddy Merckx.

O Tour de France é sempre rotulado como brutal e implacável quando a rota é divulgada, mas a corrida deste ano será particularmente desafiadora para um ciclista de força como Cavendish, com quatro chegadas no topo de montanhas, além de um dia percorrendo estradas de cascalho.

“Fiquei um pouco em choque depois de ver a apresentação”, disse Cavendish sobre a rota revelada em outubro. “E eu realmente pensei que o ano passado já havia sido difícil.”

E assim, com um Tour tão exigente, vem todo um treinamento à altura. Não se trata apenas de preparar-se para o que pode ser seu último Tour, Cavendish vai à Colômbia para vencer.

“Claro, eu sempre penso no Tour de France”, disse ele na segunda-feira. “Sempre pensei no Tour de France em toda a minha carreira. Mas isso não significa que você deve pegar leve nas outras corridas. Como sprinter, especialmente, você é julgado pelas suas vitórias. Segundo, terceiro, quarto ou quinto não importa, você é avaliado pelas suas vitórias, então é sempre importante vencer ao longo do ano. E, tanto do ponto de vista físico quanto mental, a motivação que você obtém das vitórias no início do ano pode te levar até julho.”

A Colômbia é um dos países mais apaixonados pelo ciclismo no mundo, e camisas de futebol amarelas do país sempre podem ser vistas em grande número ao longo das Champs-Elysées no último dia do Tour de France.

É um país produtivo também, com uma longa tradição que remonta a Luis Herrera, o primeiro vencedor de etapa do Tour de France da Colômbia, conquistado no Alpe d’Huez em 1984.

Uma série de escaladores talentosos surgiram na última década, incluindo vencedores de grandes voltas como Nairo Quintana, Richard Carapaz e Egan Bernal, e todos eles estão competindo esta semana, com Bernal representando uma equipe nacional colombiana em vez dos ausentes Ineos Grenadiers.







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