Mads Pedersen recompensou o trabalho árduo de sua equipe Lidl-Trek ao conquistar sua primeira vitória na etapa 8 do Tour de France 2023, realizada neste sábado, 08 de julho. O ex-campeão mundial superou o vencedor de três etapas, Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), chegando à linha de chegada em Limoges, acelerando cedo na subida e segurando seu adversário da camisa verde.
Ausente do sprint final estava Mark Cavendish (Astana-Qazaqstan), que abandonou a corrida com uma clavícula quebrada após um acidente com pouco mais de 60 km para o fim. O terreno acidentado afastou vários dos velocistas mais conhecidos e favoreceu Pedersen. Ele saltou à frente de Wout van Aert (Jumbo-Visma), que teve que frear quando seu lançador Christophe Laporte não conseguiu se desvencilhar com Pedersen à sua direita e Mathieu van der Poel liderando Philipsen à sua esquerda.
Philipsen tentou desesperadamente ultrapassar Pedersen, mas o dinamarquês tinha forças suficientes para impedi-lo. Van Aert voltou com força antes de ficar sem espaço, garantindo o terceiro lugar. “Quando passamos [a linha], eu sabia que tinha vencido, mas, nossa, foi um sprint longo“, disse Pedersen. “Essa subida foi realmente dolorosa. Eu estive muito perto [aproxima os dedos indicador e polegar] de me sentar faltando 50 metros, mas acho que Jasper teve que fazer um sprint muito bom vindo de trás e chegando tão perto quanto ele. Uma batalha difícil, mas não importa se você vence por dois metros ou um centímetro.”
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Ele foi agressivo no início da etapa, mas acabou contendo-se e economizando energia para mais tarde. “Não sabíamos hoje de manhã se seria uma fuga ou um sprint. Mas parecia realmente que as equipes dos velocistas não queriam que fosse um dia de fuga. Então, ficamos calmos e, cara, os rapazes fizeram uma liderança perfeita hoje. Mesmo com o sprint longo, eu ainda tinha pernas para finalizar. É realmente bom vencer uma etapa mais cedo do que na etapa 13.”
Não houve muitas mudanças na classificação geral, com muitos dos ciclistas no top dez permanecendo como estavam. No entanto, Simon Yates (Jayco-AlUla) caiu a 5,9 quilômetros do final, assim como Mikel Landa (Bahrain-Victorious). Eles chegaram 47 segundos depois. Yates caiu do quarto para o sexto lugar, sendo ultrapassado por Carlos Rodríguez (Ineos Grenadiers) e seu irmão Adam Yates (UAE Team Emirates).
Landa caiu três posições para o 14º lugar geral. Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) continua liderando a classificação geral, 25 segundos à frente de Tadej Pogačar (UAE Team Emirates) e 1’34” à frente de Jai Hindley (Bora-Hansgrohe). Eles terão um grande confronto na etapa de domingo até o topo do Puy de Dome, que retorna à corrida após 35 anos.
A 8ª etapa do Tour de France apresentou um percurso variado – e perigoso. O trajeto de Libourne a Limoges tinha 200,7 km de extensão e apresentava principalmente estradas planas no início, seguidas por um terreno mais acidentado nos últimos 75 quilômetros. Isso incluía uma escalada de terceira categoria e duas subidas de quarta categoria, além de várias colinas que não receberam classificação, mas que já castigariam as pernas doloridas.
Dada a possibilidade de uma fuga ter sucesso, houve uma série de ataques após a largada. Alguns dos primeiros a tentar incluíram os ex-campeões mundiais Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) e Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), Kasper Asgreen (Soudal-Quick Step) e Edvald Boasson-Hagen (TotalEnergies). Andrey Amador e Magnus Cort (EF Education-EasyPost) também estavam muito ativos.
No entanto, o trio que teve sucesso foi Tim Declercq (Soudal Quick-Step), Anthony Delaplace (Arkéa-Samsic) e Anthony Turgis (TotalEnergies), que se destacaram após aproximadamente 21 km. Eles tinham cinco minutos de vantagem na chegada intermediária do dia, onde Delaplace venceu Turgis e Declercq. No pelotão, Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) reforçou sua camisa verde com o quarto lugar, logo à frente de Jordi Meeus e Danny van Poppel (ambos da Bora-Hansgrohe), Mark Cavendish (Astana-Qazaqstan) e Bryan Coquard (Cofidis). A fuga enfrentou a escalada de terceira categoria do dia, a Côte de Champs-Romain (km 130,4), onde Turgis chegou em primeiro lugar, à frente de Declercq.
Acidente de Mark Cavendish
Houve uma notícia impactante a 61,2 quilômetros do fim para a fuga, com Cavendish caindo duramente no pelotão e abandonando a corrida. O diagnóstico médico posterior confirmou uma clavícula fraturada. A Lidl-Trek liderava a perseguição para ajudar Pedersen. Kasper Asgreen (Soudal Quick-Step) atacou do pelotão com 37 km para o fim e perseguiu com afinco, mas foi alcançado 15 km depois. A diferença naquele ponto era de 1’12” e caiu para menos de um minuto com 20 km restantes. A subida de quarta categoria, Côte de Masmont, viu Turgis se distanciar de seus companheiros de fuga e tentar resistir ao pelotão que se aproximava rapidamente. Ele permaneceu na frente até depois do topo da subida de quarta categoriaCôte de Condat-sur-Vienne, mas foi alcançado a 8,2 km do fim.
O terreno acidentado eliminou velocistas como Meeus, Alexander Kristoff (Uno-X Pro Cycling Team), Fabio Jakobsen (Soudal-QuickStep), Phil Bauhaus (Bahrain-Victorious) e Sam Welsford (Team DSM-Firmenich) e encorajou os ciclistas atacantes. Victor Campenaerts (Lotto Dstny) tentou um movimento a 7,5 km do final e foi perseguido por Fred Wright (Bahrain-Victorious), mas nenhum deles chegou longe antes de serem alcançados.
A Lidl-Trek liderou no último quilômetro, trabalhando para Pedersen. A Jumbo-Visma assumiu a dianteira para Van Aert e, em seguida, Matthieu Van der Poel lançou-se na tentativa de preparar o terreno para Philipsen. No entanto, Pedersen tinha força demais e conseguiu se manter para a vitória.
Confira o ranking geral até agora:
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