Depois da divulgação de imagens que mostram o surgimento de pelo menos seis toneladas de lixo hospitalar nas praias do Rio Grande do Norte, novos relatos sobre o destino desse material preocupam: de acordo com moradores, a prefeitura está removendo os detritos da praia, mas mantendo-os na orla.
A própria administração confirmou a informação, alegando que “o lixo está sendo mantido na orla até que se defina seu destino e futura remoção”.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente da cidade, o lixo é o mesmo que tem sido trazido ao litoral desse o dia 16 de abril, e assegura que existe um trabalho de recolha sendo realizado por duas centrais atuando na orla da praia.
Lixo hospitalar na praia
Na montanha de resíduos que chegaram às praias da região foram flagrados materiais hospitalares como seringas, tubos para coleta de sangue, máscaras descartáveis e documentos, além de restos de roupas e sapatos, pedaços de madeira, garrafas pet, isopor e sacos plásticos.
O município nega que haja risco à saúde dos moradores ou ao meio ambiente, garantindo que o lixo não será levado de volta ao mar pela maré, e afirma que o material foi depositado na orla para facilitar a logística de transporte – que ainda não foi definida. Entretanto, o órgão afirma que os resíduos hospitalares já foram removidos.
A região onde o lixo está concentrado engloba a praia de João Pessoa, na Paraíba, e as regiões de Baía Formosa, Canguaretama, Nísia Floresta e Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte. Não há informações oficiais sobre a quantidade despejada nesses locais, mas estima-se que estejam sendo recolhidas entre 3 e 4 toneladas de lixo.