Lago foi fechado após um drástico declínio das populações de águas-vivas em 2016
Depois de ficar fechado por dois anos para permitir a recuperação da população de águas-vivas, o Jellyfish Lake, uma das atrações mais famosas de Palau, na Micronésia, no Oceano Pacífico ocidental, foi reaberto.
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De acordo com autoridades marinhas, milhares de novas águas-vivas d’ouro apareceram no lago.
“O monitoramento contínuo conduzido pela Fundação Coral Reef Research Foundation (CRRF) indicou que as populações de águas-vivas estavam se recuperando depois das quedas que foram resultado das condições de seca experimentadas em Palau em 2016”, disse um comunicado do governo do Estado de Koror, em Palau.
O lago já foi o lar de 10 a 20 milhões de águas-vivas d’ouro, atingindo 30 milhões em seu pico em 2005. O número estabilizou para cerca de cinco milhões em 2007 até a crise da seca em 2016, quando praticamente o animal marinho desapareceu do lago.
Em entrevista à CNN, Gerda Ucharm, bióloga pesquisadora do CRRF, diz que há agora cerca de 630 mil águas-vivas, de acordo com a última pesquisa realizada em dezembro de 2018.
“Com base no número de dezembro de 2018, a população ainda não se recuperou completamente. Se as condições climáticas continuarem normais, estamos otimistas de que o número continue subindo”, disse Ucharm.
Jellyfish Lake
O lago das águas-vivas, que tem 400 metros de comprimento e 30 metros de profundidade, faz parte da Ilha do Sul de Rock Island, na Ilha de Rock, um Patrimônio Mundial da UNESCO nesta nação da Micronésia no oeste do Oceano Pacífico.
O lago é de água salgado, pois no passado era ligado ao Oceano Pacífico. Quando o nível do mar baixou, as águas-vivas ficaram isoladas no local, onde se desenvolveu um ecossistema próprio a espécie e sem risco de predadores. Os animais marinhos foram ao longo dos anos perdendo seus ferrões, tornando-se inofensivos aos humanos.
Confira uma filmagem feita no lago em 2015:
Especialistas culparam o El Nino por causar o encolhimento da população de águas-vivas a partir de 2006. O resultado seria o aumento da temperatura da água, levando a uma diminuição no crescimento de algas, fonte de alimento das águas-vivas
A atividade humana também trouxe impactos. Em 2017, o Jellyfish Lake registrou as maiores concentrações de filtros solares entre lagos e lagos na área, de acordo com pesquisa conduzida pela Coral Reef Research Foundation.
Para os biólogos, até mesmo uma minúscula pedrinha ou fragmento pode ter um pequeno organismo vivo que pode se tornar um potencial invasor no lago. Como resultado, os visitantes são solicitados a tirar toda a areia de seus sapatos e esvaziar seus bolsos antes de entrar na área do lago.