Kristen Faulkner desbanca favoritas e fatura o ouro no ciclismo de estrada

Por Redação

Foto: @uci_cycling / @z_w_photography / @swpix_cycling.

A ciclista norte-americana Kristen Faulkner, 31, surpreendeu todas as favoritas para vencer a prova feminina do ciclismo de estrada olímpico, neste domingo (4), em Paris.

A lenda holandesa Marianne Vos e a atual campeã mundial Lotte Kopecky, da Bélgica, conquistaram a prata e o bronze, respectivamente, em um final de sprint decidido por milímetros.

Veja também
+ Caiaque Cross: Ana Sátila avança às quartas e Pepê Gonçalves se despede de Paris
+ Julien Alfred domina 100m rasos e coloca a pequena ilha de Santa Lúcia no mapa
+ Será o fim do domínio queniano nas corridas de longa distância?

Convocada de última hora para a equipe de estrada dos EUA, Kristen Faulkner é uma ex-remadora que passou à se dedicar à bike em 2017. Ela superou todas as expectativas e para tornar-se campeã olímpica neste domingo.

O percurso foi semelhante à corrida do último sábado, na qual Remco Evenepoel levou a melhor e tornou-se o primeiro ciclista masculino a ganhar ouro tanto na prova de estrada quanto no contrarrelógio.

Neste domingo, o pelotão enfrentou 158 km ao redor de Paris, com 1.700m de escalada, incluindo o importante trecho de subidas de paralelepípedos na Montmartre três vezes, antes da chegada plana ao longo do Sena, passando pelo Quai d’Orsay e terminando na Ponte d’Iéna.

Assim como ontem, a corrida ganhou vida quando os ciclistas chegaram a Paris. No entanto, em vez de tudo acontecer na pitoresca colina de Montmartre, foi uma queda antes da primeira subida que moldou os últimos 50 km, enquanto o pelotão circulava pelo circuito urbano.

Chloe Dygert, da equipe dos EUA, caiu sobre sua colega de equipe da Canyon-SRAM, Elise Chabbey, derrubando muitos ciclistas, incluindo a favorita dos Países Baixos, Lorena Wiebes, e Demi Vollering.

As duas ciclistas holandesas ficaram para trás do pelotão da frente, que incluía a italiana Elisa Longo Borghini, Lotte Kopecky, Marianne Vos e as três ciclistas da Grã-Bretanha, Lizzie Deignan, Pfeiffer Georgi e Anna Henderson. Juntas, elas controlavam o ritmo com vários ataques.

No entanto, o grupo não conseguiu se organizar, com nenhuma ciclista disposta a revezar na frente. Mavi Garcia, da Espanha, e a vencedora do Giro d’Italia 2024, Longo Borghini, também se envolveram com alguns ataques próprios para tentar escapar.

Nenhum dos ataques parecia ter sucesso até um ataque de Deignan, seguido pela campeã nacional húngara, Blanka Vas, de 22 anos, acompanhada talvez pela maior ciclista feminina de todos os tempos, Marianne Vos, de 37 anos, que alcançou a ciclista britânica antes de deixá-la para trás.

Parecia que a dupla havia garantido pelo menos uma medalha, mas foi Kristen Faulkner, dos EUA, que avançou na última subida de Montmartre, puxando a campeã mundial Lotte Kopecky, enquanto Georgi e Garcia não conseguiram acompanhar, ficando para trás de Vas e Vos nos últimos 15 km por apenas alguns segundos.

Apesar de Faulkner ter puxado a maior parte dos quilômetros finais, conseguiu se desvincular das demais com um último esforço, indo solo e deixando Vas, Vos e Kopecky para trás. O trio observava-se impotente enquanto a norte-americana aumentava a vantagem para 20, 30 e, eventualmente, 58 segundos ao cruzar a linha de chegada.

Atrás, uma disputa deo sprint emocionante pelas duas últimas medalhas, com Kopecky lançando o primeiro ataque na reta final, mas Vos ultrapassando e derrotando a belga, que, por sua vez, conseguiu superar a jovem húngara em uma chegada de photo finish digna de ser pendurada no Louvre.

Única representante brasileira na prova, Tota Magalhães terminou a disputa na 74a posição.