O ciclismo de estrada é uma das atrações dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e o Brasil terá cinco atletas em busca do pódio no Fuji International Speedway.
+ Francesa revela que disputou Olimpíada de Tóquio grávida
+ Estátua budista no Japão recebe máscara em ato simbólico
Pedro Barros: “Espero mais skate para crianças que não têm condições”
A modalidade é uma das que mais entrega medalhas no Japão, sendo dividida em quatro classes e diversas subclassificações. Nos Jogos Paralímpicos serão 34 eventos, sendo 20 para homens, 13 para mulheres e 1 misto.
Ana Raquel Lins (classe C5), André Luiz Grizante (C4), Carlos Soares (C1), Jady Malavazzi (H3) e Lauro Chaman (C5) são os representantes brasileiros na disputa, que começa na próxima segunda-feira (30) com as provas de contrarrelógio.
Medalhista na Rio 2016 (prata e bronze), Lauro Chaman é um dos destaques da delegação. Ele nasceu com o pé esquerdo virado para trás e depois de uma cirurgia mau sucedida para corrigir o membro. Assim, acabou perdendo o movimento do tornozelo.
Sua carreira de atleta é notória: Lauro começou no MTB convencional competindo contra ciclistas sem deficiências. Aos 22 anos, ele testou a sorte no ciclismo paralímpico. Além das medalhas no Rio, Lauro já foi campeão mundial em 2017 e Pan-Americano em 2019.
Ver essa foto no Instagram
Jogos Paralímpicos: ciclismo de estrada
O ciclismo é um dos esportes mais praticados no mundo por pessoas com deficiência e a prova de estrada já é tradição nas Paralimpíadas. Desde Moscou, em 1980, até Tóquio 2020, a modalidade evoluiu, adotou novas categorias e hoje engloba atletas de ambos os sexos com dificuldade de locomoção, amputados, cadeirantes e pessoas com deficiência visual.
No ciclismo paralímpico, os atletas são divididos em quatro tipos de classes. As que começam com H (H1, H2, H3 e H4) possui ciclistas que se posicionam deitados no banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do tronco para impulsionar a bike.
Atletas da T1 são mais debilitados que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5, quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, na tandem, exclusiva dos deficientes visuais, um dupla pedala.
Classes*:
H1 a H4: Ciclistas utilizam a handbike, sendo H1 para atletas mais debilitados e H4, menos.
T1 e T2: Ciclistas com paralisia cerebral cuja deficiência os impede de andarem e que competem em triciclos.
C1 a C5: Classes direcionadas aos competidores com deficiência físico-motora e amputados que competem em bicicletas convencionais. A C1 é para graus mais severos de deficiência e a C5, para menores graus.
Tandem: Classe destinada aos deficientes visuais, que utilizam a bicicleta de dois lugares.
Ver essa foto no Instagram
Ver essa foto no Instagram
CALENDÁRIO
30/08
Homens
Contrarrelógio: C1 e C2; H1, H2, H3, H4 e H5
Mulheres
Contrarrelógio: C1-3, C4 e C5; H1-3 e H4-5
31/08
Homens
Contrarrelógio: T1-2; C3, C4 e C5; B
Corrida de estrada: H1-2 e H5
Mulheres
Contrarrelógio: T1-2; B
01/09
Homens
Corrida de estrada: H3 e H4; C1-3
Mulheres
Corrida de estrada: H1-4 e H5; C4-5
02/09
Homens
Corrida de estrada: T1-2; C4-5
Mulheres
Corrida de estrada: T1-2; C1-3
Misto
Corrida de estrada: H1-5
03/09
Homens
Corrida de estrada: B
Mulheres
Corrida de estrada: B
Onde assistir
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 começaram na última terça-feira (24) e vão até o dia 5 de setembro. Na TV por assinatura, é possível acompanhar as emoções ao vivo pelo SporTV 2.
Para assistir aos jogos pela Internet, é possível recorrer ao Globoplay, que libera o sinal do SporTV 2 para assinantes do plano Globoplay + canais ao vivo.
*Fonte: Agência Brasil