Fundações fazem doação histórica de US$5 bi pelo meio ambiente

Bilionários se unem em ação que levanta dinheiro suficiente para preservar natureza ate 2030
Espaços verdes ao redor de casas e escolas estão correlacionados a um melhor desenvolvimento cognitivo em crianças e melhor função mental em adultos.

Algumas das pessoas mais ricas do planeta, incuindo o multimilionário Jeff Bezos, estão se mobilizando para ajudar a preservar a natureza e o  meio ambiente e a salvar áreas já degradas e em perigo iminente: um grupo de nove fundações filantrópicas anunciou uma doação recorde de US$5 bilhões para financiar ações de proteção que correspondem a 30% do necessário para a preservação de solo e mares até o final desta década.

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Otimistas, os ambientalistas acreditam que esse movimento pode anunciar uma nova era verde de doações, já que temas como a natureza e a crise climática se tornaram um foco de atenção entre milionários. Sorte do meio ambiente que, com essa doação única, pode contar com programas voltados à preservação de florestas e mares até 2030, conforme prevê a agenda unificada das nove fundações envolvidas.

Entre os bilionários participantes dessa rodada de aporte financeiro estão o empresário suíço Hansjörg Wyss, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos, transformando a doação de dinheiro para a natureza em importante palco.

Esse montante de dinheiro seria suficiente para cobrir os custos estimados pela ONU, em uma de suas Metas do Milênio, para o meio ambiente. O valor também cobriria planos para eliminar a poluição de rios, o descarte de plásticos na natureza e reduzir o uso de pesticidas, retardando, assim, o risco de extinção de especies da fauna e flora.

“Podemos resolver a crise que a natureza enfrenta”, disse Hansjörg Wyss no lançamento da ação, completando: “Mas será necessário que as nações mais ricas e os indivíduos mais ricos se comprometam a reinvestir suas enormes recompensas aqui na Terra, salvaguardando a natureza e protegendo nosso solo, águas e a vida selvagem”, afirmou.

Avanço lento, mas necessário

Apesar dos avanços financeiros e dos exemplos de grande visibilidade, a filantropia ambiental permanece ofuscada por outras áreas, respondendo por apenas cerca de 8% das doações, de acordo com a ONG Rockefeller Philanthropy Advisors. Contribuições explicitamente para a conservação e proteção da biodiversidade ainda não parecem prioridade, mas há sinais de que este cenário esteja mudando.

“Nenhum de nós pode fazer tudo, mas todos devem fazer algo”, disse o CEO da Salesforce, Marc Benioff durante o Fórum Econômico Mundial. Dono da empresa com valor estimado em US $ 10 bilhões, ele criou e financia a iniciativa de replante de trilhões de árvores em florestas de todo o mundo, e é um dos doadores da ação bilionária.

Governos x ONGs

“Essa é uma quantidade enorme vinda de entidades não governamentais. Os governos deveriam fazer a parte do leão no aumento do financiamento, mas acho que nunca vi um montante tão grande vindo de organizações não governamentais ”, disse o diplomata e representante da ONU, Basile van Havre, ao The Guardian. Ele acrescentou, ainda, que doações desse tipo podem contribuir para o déficit de financiamento estimado em US$ 700 bilhões por ano para a ações de cuidado com a natureza.

“É muito barato salvar a natureza, que é uma força incrivelmente poderosa. Ele se recupera muito rapidamente se você lhe der espaço. Não é como construir um hospital, tijolo por tijolo, máquina por máquina. Nenhum grande investimento é necessário para fazer as coisas acontecerem com a natureza”, finalizou Ben Goldsmith, irmão do Ministro britânico para o Meio Ambiente, e outro ‘medalhão’ envolvido no projeto bilionário.







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