A Itália está mostrando ao mundo que aprendeu a lição de casa e continuará adotando medidas para conter o aumento de casos de Covid no país: a partir desta semana, será exigindo de cada morador com idade acima de 12 anos de idade o passaporte sanitário, documento digital ou impresso que comprova que a pessoa recebeu a vacina e/ou está livre do vírus.
+ Turismo na pandemia: UE lança plataforma de passaporte sanitário
+ Austrália estuda abrir fronteiras quando vacinar 80% da população
+ “É como ficar preso sob uma onda grande,” diz surfista que pegou covid
+ Covid-19: saiba como amenizar efeitos de reação da vacina
Vale dizer que, por enquanto, a decisão vale para uso de transporte público e atividades de lazer – tais quais piscinas públicas, cinemas, teatros, feiras, congressos, eventos esportivos, shows e áreas cobertas de bares e restaurantes.
Em um futuro próximo, a medida deve ser estendida para atividades culturais, escolas e universidades – tudo para estimular a vacinação no país e atingir a tão sonhada imunidade coletiva.
Estima-se que até o momento cerca de 65% da população na Itália esteja ao menos parcialmente vacinada contra o novo coronavírus, e pelo menos 54% das pessoas estão completamente imunizadas. Entretanto, os números vêm caindo e o governo notou que concluíram o ciclo de vacinação, mas o ritmo de aplicação das primeiras doses vem caindo nas últimas semanas, de acordo com informações divulgadas pelo governo do premiê Mario Draghi.
“As coisas estão indo bem para a economia italiana, e espero que sejam ainda melhores, mas para que as coisas melhorem, os italianos precisam se vacinar e respeitar as regras”, declarou Draghi.
O passaporte sanitário
Também conhecido como “passe verde”, o passaporte sanitário é um documento que pode ser digital ou impresso, e foi instituído pela União Europeia como alternativa ao avanço da doença no continente, além de permitir o controle dos números de imunizações na região.
Ele pode ser obtido por pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 ou que tenham pelo menos tomado a primeira dose do imunizante há pelo menos 15 dias; pessoas comprovadamente curadas da doença há no máximo seis meses; ou indivíduos que tenham testado negativo em exames PCR ou de antígeno há no máximo 48 horas.
Por enquanto estão sendo consideradas para o passaporte na Itália toda vacina oficialmente em circulação local (AstraZeneca, Janssen, Moderna e Pfizer), e o governo abriu uma exceção para os voluntários que participaram das fases 1 e 2 de ensaios clínicos do imunizante da farmacêutica italiana ReiThera, que ainda não tem eficácia comprovada.