Há um bom tempo, equipes de resgate em montanha têm usado drones para ajudar a vasculhar grandes áreas em busca de pessoas desaparecidas. Agora, novas pesquisas investigam se a adição de tecnologia de IA poderia reduzir ainda mais o tempo de busca.
Trekkeiros e montanhistas desaparecem o tempo todo em lugares remotos, e as enormes áreas onde eles podem sempre foram um grande desafio para as equipes de resgate.
Veja também
+ Veja como ficou a arena da escalada esportiva para os Jogos de Paris
+ Corpo de talentoso atleta do caiaque extremo é encontrado na Suíça
+ 7 hábitos saudáveis para você começar bem o dia
Recentemente, um artigo descrevendo o sistema de drones baseado em IA foi apresentado por três engenheiros da Universidade de Glasgow, na Escócia.
Eles apontam que métodos tradicionais de busca e resgate, como aqueles realizados a pé e de helicóptero, podem ser demorados e têm cobertura limitada em áreas selvagens.
Assim, os autores observam que, embora os drones já forneçam um método de busca mais rápido e versátil, otimizar seus caminhos de busca seria essencial para economizar tempo e recursos preciosos.
Os engenheiros usaram a técnica do ” aprendizado por reforço profundo” – ensinando a máquina a tomar decisões com base em tentativa e erro – para maximizar a probabilidade de encontrar sujeitos desaparecidos, inserindo dados sobre trilheiros desaparecidos anteriormente, como quais caminhos eles tomaram e onde foram encontrados, bem como detalhes como idade e razões para fazer a trilha inicialmente.
Inserindo os dados milhões de vezes, a IA foi capaz de prever os caminhos mais prováveis que um trekkeiro perdido tomaria.
Em um cenário da vida real, os engenheiros propõem que os drones seriam então enviados para procurar nessa área específica e poderiam localizar pessoas desaparecidas muito mais rapidamente.
“Comparando seus métodos com outros algoritmos, os pesquisadores concluem que o reforço profundo supera outros algoritmos em mais de 160%, uma diferença que pode significar vida ou morte em operações de busca no mundo real”, escrevem os autores.
A pesquisa, que ainda não foi revisada pelos pares acadêmicos, ressalta que se a tecnologia fosse empregada por equipes de busca e resgate, isso poderia reduzir a mão-de-obra e os custos envolvidos nas missões de resgate, além de encontrar trekkeiros feridos ou doentes mais cedo, o que aumentaria suas chances de sobrevivência.