Novas imagens tiradas do espaço fornecem uma perspectiva chocante sobre a atual crise na Floresta Amazônica, onde um número recorde de queimadas gerou uma preocupação internacional.

Até quinta-feira, 22 de agosto, dados de satélite coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostraram um total de cerca de 75.000 incêndios na Amazônia desde o início do ano. Isso é um aumento de 84% em relação ao mesmo período de 2018.

Como se os números de queimadas já não fosse alarmantes, novas evidências visuais divulgadas pela NASA e pela NOAA realmente mostram a escala da emergência.

NASA / NOAA

A imagem acima, extraída do satélite Suomi NPP em 20 de agosto, revela a extensão da fumaça nos estados brasileiros do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. Um dia antes, enormes nuvens de fumaça pretas haviam descido sobre a cidade de São Paulo, a cerca de 2.700 quilômetros do incêndio, provocando uma escuridão na cidade no meio da tarde.

NASA / NOAA
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A NASA Worldview fornece outra imagem (acima) da extensão das chamas, com cada ponto vermelho na imagem acima representando um incêndio ou uma “anomalia térmica”.

Incêndios florestais não são incomuns na Amazônia durante a estação seca, que vai de julho a outubro, e muitas vezes começa naturalmente. No entanto, o aumento da atividade humana na região está levando a uma escalada do problema, já que a queima é vista como a maneira mais eficaz de desmatar a terra para a agricultura.

Entretanto, ambientalistas estão colocando a no atual governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que removeu as restrições ao desmatamento ilegal e incentivou agricultores e madeireiros a limpar a terra.

Bolsonaro respondeu a essas acusações com acusações suas, dizendo que ambientalistas e ONGs começaram deliberadamente os incêndios a fim de constranger ele e seu governo, depois que o financiamento para a conservação foi cortado. Ele ainda não apresentou nenhuma evidência para provar essas alegações.

Além disso, o governo brasileiro diz que não tem recursos para combater as queimadas, levando a temores de que a maior floresta tropical do mundo – que produz cerca de 20% do oxigênio do planeta – possa sofrer danos significativos antes do fim da estação seca.